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Parmênides de Eléia (530 a.C - 460 a.C) "O Ser é e o não ser não é"

Resenha: Parmênides de Eléia (530 a.C - 460 a.C) "O Ser é e o não ser não é". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/5/2014  •  Resenha  •  2.062 Palavras (9 Páginas)  •  815 Visualizações

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Parmênides de Eléia (530 a.C - 460 a.C)

"O Ser é e o não ser não é"

Não se consegue definir com exatidão o ano em que a Filosofia tem seu surgimento e seu reconhecimento como uma ciência. Mas sua origem é na Grécia Antiga, e sua definição é composta por duas palavras de origem grega: Filos que significa amor e Sofia, que faz referencia a sabedoria, e ou, conhecimento. Sua finalidade é estudar os problemas relacionados ao conhecimento, existência e verdade.

É a Pitágoras de Samos (571 a.C. – 496 a.C.) que se atribui a invenção da palavra. Este, quando solicitado por um rei a demonstrar seu saber, disse-lhe que não era sábio, mas Filósofo, ou seja, amante da sabedoria.

Após esta primeira concepção, Platão (428 a.C. – 347 a.C.) tenta definir filosofia como carência do saber.

Ante o surgimento da filosofia, o que se tinha era a mitologia, que era o caminho dado para explicar a existência e verdade do mundo e tudo existente nele. Relações com ocorrências de fenômenos naturais eram atribuídos aos deuses e não se preocupava com a origem desta explicação. Com o tempo questões sobre como, porque e de onde, passaram a fazer parte de uma nova forma de busca destas verdades e assim o surgimento de filósofos e suas ideias sobre o surgimento de várias ocorrências, dando sentido mais intelectual aos acontecimentos. E, Parmênides de Eléia (530 a.C - 460 a.C) era um filosofo de grande influencia na política de Atenas e tem como seu maior admirador Platão (427 a.C. - 347 a.C.), o discípulo de Sócrates ( 470 a.C - 399 a.C). principal objeto de estudo.

Foi discípulo pitagórico, porem refutou as teorias que aprendeu na escola e criou sua própria teoria da existência de dois caminhos para a compreensão da realidade.

Fundador da escola de Eleia, expos seus pensamentos com conceitos filosóficos, teve como primeiro e principal centro de suas reflexões a busca do pensamento humano para atingir o conhecimento genuíno e a compreensão - elemento chamado de arché (αρχη), ou princípio. Sua doutrina se distingue das anteriores, principalmente, pelo monismo e pelo imobilismo.

Considerado e muito admirado pelos seus contemporâneos por ter uma vida exemplar e regrada, embora pouco se tenha de informações sobre sua vida em si. Em meados do século 5 a.C, sabes-se que ele esteve em Atenas, onde conheceu e se tornou amigo de Sócrates( 470 a.C - 399 a.C.).

Ficou conhecido por ser o mais influente dos filósofos que precederam Platão427 a.C. - 347 a.C.). Logo, mais tarde, seu pensamento influenciou a chamada "teoria das formas".

Parmênides contrapõe fortemente ideias e pensamentos que diretamente foram defendidas por Heráclito, no que se refere à ideia de que tudo está em constante transformação e nada é estático.

“Essa verdade, o domínio do "ser", corresponde às coisas que são percebidas pela mente; o que é percebido pelas sensações, por outro lado, é enganoso e falso, e pertence ao domínio do "não ser". Trata-sede uma oposição direta ao dinamismo preconizado por Heráclito de Éfeso, para quem tudo passa nada permanece" (Pl. Cra. 402ª).

A filosofia de Parmênides se apresenta como um contraste entre a verdade e a aparência. Ele se foca no ser, tendo sua em arché o ser como seu como objeto de estudo. Parmênides é considerado um dos pais do pensamento monista, no que tange à explicação da physis, “a verdadeira constituição das coisas”.

Tendo dois tipos de conhecimento, via da verdade e via opinião ou aparência.

Via da verdade representa a teoria que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, perfeita, indivisível e, portanto, imóvel — o que alguns chamam de "doutrina do Uno", ou seja, o ser é e apenas é e não há nenhuma possibilidade de alteração.

A seguir um texto que elucida a compreensão destas vias:

O Caminho da verdade: o ser é

“Parmênides indica que na via da verdade, o homem se deixa conduzir apenas pela razão. Nessa primeira via, ele afirma o princípio ontológico da identidade. Este princípio pode assumir a formulação: o ser é e o não ser não é.

Só por meio da razão é possível desvelar a verdade e a certeza. Através desta afirmação o homem pode evidenciar o que é é, e o que não pode deixar de ser.

Na segunda afirmação, o princípio evidenciado é o da imutabilidade. O ser é demonstrado com todo rigor lógico: o que é é sendo o que é, tem que ser único, “além do que” só existiria se fosse possível o diferente dele: o que não é. O qual seria absurdo afirmarmos pois assim estaríamos atribuindo a existência do não-ser.

Parmênides diz que ao se comprometer com a via da verdade, o homem sábio perceberá que há indícios sobre o que é o ser. O ser é, portanto, alheio a todo devir, está além de toda geração e corrupção, é uno e contínuo, indivisível, igual ao todo, não pode ser mais ou menos que ele mesmo. O ser é imóvel; o ser é perfeito.

Em Parmênides o uno é o todo, e o todo é um. Se existissem dois todos, um limitaria a abrangência do outro. Como o ser é infinito, ilimitado, só pode ser um.

Historicamente, Parmênides extraiu a noção de unidade das cosmogonias precedentes, tanto mítica quanto filosófica, mas a elaborou à sua maneira. Parmênides tirou desses princípios cosmogônicos seu rigor lógico que centraliza na noção de unidade. Diante de tudo, Parmênides optou pela unidade, pelo absoluto, pelo ser, rejeitando tudo que se pudesse se contrapor .”

Via da opinião ou da aparência é o que captamos pelo nosso campo dos sentidos e sensorial, só nos traz o ilusório, o que não existe; a percepção, é o campo da doxa, a opinião é o não-ser, o nada. Uma citação dele é:

Percebe-se que para Parmênides não existe ilimitada possibilidade de investigação, há poucos requisitos a se levar em conta para o conhecimento da verdade. Além desse caminho apenas resta a via da opinião, e avia do engano, da qual ele nos manda afastar o pensamento, pois não se chega à verdade permanente no nível da opinião.

Parmênides foi o primeiro filósofo a afirmar que o mundo percebido por nossos sentidos é um mundo ilusório de aparências. Ele também foi o primeiro a contrapor a esse mundo mutável. A aparência sensível das coisas da natureza não possui a realidade. Parmênides foi o primeiro a contrapor o ser ao não ser, concluindo que o não-ser não é.

Parmênides afirmava

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