Pedagogias Históricas Sociais E Outras Tendências.

Pedagogias históricas sociais e outras tendências.

1. Teorias socialistas

Após a revolução Russa de 1917, guiada por Lênin que focava modificar a forma social de agir e pensar da nação iniciou-se as mudanças na concepção educacional. Essas mudanças ocorreram principalmente porque o índice do analfabetismo naquela época era muito grande, e o anseio de se igualar aos índices de nações desenvolvidas eram primordiais, devido a isso foram inseridos novos modelos pedagógicos afim de melhorias na área educacional, tais medidas adotadas eram:

• Inclusão de oficinas profissionais, sendo elas, bem recebidas e proveitosas pelos alunos, havendo assim a junção do trabalho intelectual e o manual.

• Priorizar o coletivo acima do individualismo, onde o segundo, era visto como algo que gerava discordância e gerador de conflitos.

• O poder da razão e do entendimento estarem sempre equilibrados, estruturados e organizados, se via a importância de intelectuais, elaborando ideias convincentes. Onde até mesmo a classe dominada se deixava aderir a tais.

• Escola unitária, sendo ela a igualdade entre as crianças, trabalhando a crítica dentro de cada ser pensante.

Nos primeiros 4 (quatro) anos da década de 60, o crescimento de organizações que promovem a cultura, a desalfabetização, vividos naquele momento deram a origem a pedagogia libertadora e a crítico-social dos conteúdos, sendo essas as tendências pedagógicas utilizadas até os dias de hoje, tais como:

Tendência progressista libertadora onde o seu objetivo é elevar o nível de consciência do educando, a fim de torná-lo capaz de buscar a sua emancipação econômica, política, social e cultural.

Pedagogia progressista libertária acredita na liberdade total, onde o processo de aprendizagem grupal é mais importante do que aos conteúdos ensinados.

Pedagogia progressista "crítico-social dos conteúdos” ao professor escolhe os conteúdos mais significativos para o aluno, contendo um significado humano e social.

2. A concepção histórico-cultural de Vygotsky

Devido ao contexto vivo por a Vygotsky que era a grande Revolução Comunista, na Rússia ele teve seus estudos influenciados pelos seus colaboradores, especialmente Luria e Leontiev que focavam principalmente o desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, como resultado de um processo sócio histórico.

Vygotsky defendia a teoria sócio-cultural do desenvolvimento cognitivo, onde dizia que as mudanças históricas na vida do individuo ou de uma sociedade produz mudanças na natureza humana. Assim, as pessoas se transformam e são transformadas por meio das interações sociais dentro de uma determinada cultura.

Ao estudar a relação entre o pensamento e a linguagem, Vygotsky divergiu em relação as propostas apresentadas de behavioristas e Piaget. Pois para os behavioristas, o desenvolvimento da linguagem passa pelo discurso oral e pelo murmúrio até atingir o discurso interior, e para Piaget, o desenvolvimento ia do pensamento autístico para o discurso socializado e o pensamento lógico através do discurso e do pensamento egocêntrico, enquanto para Vygotsky “a verdadeira trajetória de desenvolvimento do pensamento não vai no sentido do pensamento individual para o socializado, mas do pensamento socializado para o individual” (VYGOTSKY, 1984)

Segundo Vygotsky, o nível de desenvolvimento mental de um aluno não pode ser determinado apenas pelo que consegue produzir de forma independente, é necessário conhecer o que consegue realizar, muito embora ainda necessite do auxílio de outras pessoas para fazê-lo.

Para Vygotsky a ZDP (zona de desenvolvimento proximal) hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã – ou seja aquilo que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã.” (VYGOTSKY 1998).

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