Plano de aulas e O Homem e a Natureza

Produção Teórica

Tema – Relação Homem-Natureza-Homem

        O Homem com sua grande capacidade de adaptabilidade e compreensão da natureza conseguiu através de sua percepção meios para preservar o conhecimento acumulado para seus descentes e esse processo foi-se desenvolvendo e aperfeiçoando conforme a necessidade, assim Homem adquiriu as competências indispensáveis para dominar as técnicas e aprimorar esses dados (empíricos) através a comprovação cientifica.

        Compreender as leis sobre a natureza foi fundamental para essa evolução, assim estabeleceu um nexo de ligação do conhecimento cientifico com a intenção de controlar a natureza, e para fundamentar os métodos foram realizadas inúmeras observações, questionamentos, experimentações e a necessidade de comprovação das proposições teóricas que foram (e são) amplamente debatidas para não pairar dúvidas na validação cientifica. Descartes foi um dos precursores da concepção moderna defendendo em suas teses que as coisas materiais são essencialmente caracterizadas em termos de suas quantidades, extensões, velocidade, aceleração, massa e a necessidade de matematização da natureza, assim a Ciência Moderna disseminou um conjunto de transformações na sociedade e na cultura.

        A partir dessas conquistas a ciência determinou novos horizontes para a chamada sociedade hodierna provocando profundas mudanças no seio social e alterações na relação Homem-Natureza-Homem que foi usurpada pelo avanço tecnológica cientifico transformando a cultura singular de cada região numa grade aldeia global, influenciando nos valores culturais, sociais, políticos e econômicos de cada País.

        Numa visão global o Homem “Dominou a Natureza” (será?) (Matematização) galgando novos patamares, com isto vivemos um momento impar da história da humanidade pela intima relação do conjunto de saberes acumulado e com pujança da utilização da alta tecnologia em benefício da Humanidade. Nesse avanço cientifico que supostamente contempla o Homem cabe-nos questionar o impacto da ruptura do homem com a natureza, e relação da nova concepção dessa tríade: Homem-Natureza-Homem,[pic 2][pic 3][pic 4]

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ou seja, quais são as causas-consequências desencadeadas nessa relação conflituosa desse processo sistêmico.

        Numa síntese do esboço acima acredita-se que, o Homem desde seus primórdios até o presente momento, tenha dificuldades no relacionamento entre seus pares e que esse problema tenha sido intensificado após o surgimento da Ciência Moderna devido as novas premissas para obtenção do conhecimento e controlar a natureza. Apesar de grandes dificuldades delineou propósitos bem definidos e superou suas expectativas resultando no domínio do conhecimento cientifico e o desenvolvimento de tecnologias de ponta.

        Na relação Homem-Natureza, o primeiro elemento não poupou esforços para obter o conhecimento e assim que foi conseguindo foi dando asas para sua imaginação, mas sem preocupar com os impactos ambientais, essa alteração no meio ambiente representa uma ameaça para o equilíbrio de todo ecossistema provocando graves prejuízos tanto para fauna e flora quanto para os Homens, em outras palavras podemos entender que a natureza está “contestando” essas irresponsabilidades dos Homens, tornando-se incompreensível esse comportamento pelo fato que a essência do Homem está intrinsicamente ligado a própria natureza.

Nessa óptica surge uma indagação aos bravos revolucionários de conquista e domínio científicos - A Ciência com todo aparato cientifico desenvolveu mecanismos para integrar o Homem como um ser racional (que raciocina com causas e consequências de suas atitudes) além de ser livre de juízo de valor nesse processo? De maneira generalizada acredita-se que ciência avançou na busca pelo conhecimento e nessa jornada não houve uma preparação para inclusão racional do indivíduo, assim faz-se necessário que o rico saber seja uma fonte inesgotável de conhecimento construtivo para sociedade e não um conhecimento tendencioso pactuado com a alienação exploratória.  

Contudo, emerge como viés nas escolas brasileiras o ensino de Filosofia que pode ser considerado como um ponto de ignição para possíveis respostas reflexivas em relação ao comportamento atitudinal, e enriquecer a edificação dos Valores Cognitivos na aprendizagem. E através dessas Concepções Filosóficas torna-se possível equalizar os conflitos por intermédio de sensatas técnicas com premissas na educação em valores e ênfase no ensino-aprendizagem. 

Projeto Geral de Aulas

Tema do Projeto - Valores cognitivos

O presente trabalho consiste no projeto de aula sob o título “Valores Cognitivos ” visto que a palavra foi citada diversas vezes nesse Núcleo Temático (Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência e seu ensino), além da importância da valoração desse conceito no aprendizado e na vivência no mundo.

Nesse momento surge um questionamento - O que são Valores Cognitivos? Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa – Michaelis, “refere ao processo mental de percepção, juízo, memória e raciocínio”, assim podemos estender esse conceito como uma capacidade de adquirir ou de absorver conhecimentos.

Baseado nesse entendimento faz-se necessário colocar em ação o desenvolvimento de princípios práticos e consistente dentro da sala de aula em consonância com a forma de atuação do educador que pode contribuir significamente no desenvolvimento de potencialidades nos aprendizes no que tange principalmente aos Valores Cognitivos, enquanto vivemos numa sociedade fadada ao individualismo com resquícios ditatoriais e impregnada pela banalidade dos valores morais e da ética.

Assim, a proposta para o plano de trabalho é refletir sob possíveis ações que correspondam à aplicação prática de métodos eficazes na implantação de uma metodologia baseada na educação em valores com propostas fundamentas não somente em aulas sistematizadas, mas também na formação ética do cidadão possibilitando sua participação na sociedade de forma crítica e autônoma.