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Política, ética E Democracia.

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Por:   •  20/1/2014  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  268 Visualizações

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Às vezes a novela critica os preconceitos de cor, gênero e orientação sexual. Logo em seguida, o programa de humor ri de mulheres, gays e nordestinos. Segundo Renato Janine Ribeiro, esse é um dos modos pelos quais a televisão manipula e banaliza o afeto das pessoas.

O autor reflete sobre o papel da televisão dentro de uma sociedade democrática.

Boa Política-Democracia e republica / socialismo e liberalismo (conflitantes e antagonicos), no liberalismo a ideia de que o homem e dono de si mesmo e no socialismo a idéia de critica a propriedade privada.

Como fazer com que as pessoas seguem as regras?

Democracia idéia de poder, regime político

Quando lemos as histórias exemplares da república romana, são histórias de pessoas que, diante de alguma situação em que o bem da pátria está em jogo, sacrificam a própria vantagem, o próprio afeto pessoal.

Quanto à democracia, não sabemos muito bem o que é, ou o que são relações democráticas. Assim, o que nós temos é uma construção da política que deixou, a tal ponto, de lado a questão afetiva, que o afeto acabou ficando puramente autoritário. O afeto não foi re-trabalhado, não foi re-elaborado, democraticamente. Não se construiu uma cultura democrática a par da cultura autoritária. E, talvez, o grande desafio do nosso tempo, hoje, seja: como construirmos uma cultura democrática. Cultura, no sentido mais próximo daquilo que os antropólogos dizem; cultura das belas obras de arte. Obras de arte democráticas eu tenho medo do que possam ser. Porque se começarmos por aí, teremos que excluir uma boa parte de obras que são francamente não-democráticas; tem uma parte de Shakespeare, uma parte de Homero ... De modo que não vale a pena nem pensar nisso em voz alta.

O que se tentou fazer de "cultura democrática" foi, na maioria das vezes, muito ruim, embora hoje haja obras que vão nessa direção.

Mas, o outro sentido da palavra interessar é um sentido carregado de afeto: "o povo se interessa por", "eu me interesso por tal pessoa"; ou seja, eu gosto. Pode ter várias dimensões; desde a dimensão da amizade até a dimensão do amor, do desejo. E, ao mesmo tempo, a palavra interesse, de certa forma, congrega uma boa parte do pensamento ocidental, não só da política, mas do social.

O descaso então com a mudança, na plebes, quando muito, resulta no que? Na construção de uma plebes que se torne populus, mediante um sistema de educação intenso, tipo instrução universal na França, no século XIX, a partir de mil oitocentos e setenta e pouco; na Argentina, pelo menos na época de Sarmiento; são dois países que têm uma experiência política muito próxima. Essas são maneiras pelas quais se investe na razão. O afeto dessas pessoas não se mexe nele, como é a reação afetiva. E esse vai ser um problema grande porque essa dimensão afetiva permanece conservadora, autoritária. O máximo que se introduz é uma cunha: separa-se uma dimensão racional, que é progressista, da igualdade, da universalidade e uma dimensão afetiva, que é rancorosa, temerosa etc.

Por que o afeto autoritário, então? As teses que sustento nesse ponto são: primeira, a política ocidental se construiu pela exclusão da questão

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