QUAL O CAMINHO PARA A RECONSTRUÇÃO DE NOS MESMOS?
Por: AnaVidor • 7/10/2016 • Dissertação • 360 Palavras (2 Páginas) • 174 Visualizações
QUAL O CAMINHO PARA A RECONSTRUÇÃO DE NOS MESMOS?
Como reconstruir o que ainda não está construído? Simplesmente não é possível. Pessoas lidam com escolhas (caminhos são escolhas) diariamente a muitos anos. E é com essas escolhas que essas pessoas se constroem, ou seja, pessoas estão constantemente em construção. E a vida não passa de uma jornada de aquisição gradual da essência de cada pessoa.
Para Jean Paul Sartre (1905-1980) filosofo francês, o homem vive de escolhas e são essas escolhas que vão exprimir sua existência, ou seja, a existência precede a essência. É a existência que constrói as pessoas. Todas as pessoas possuem a Liberdade de escolha, e de não escolha, que é também, uma escolha. Como sita o autor; "o homem está condenado a ser livre".
Uma verdade básica da condição humana é a existência, porém a variável é a essência. Essa essência é moldada a partir dessa liberdade de escolha. Cada essência é única. Isto é, ninguém pode ser todo mundo, porem alguém pode ser qualquer um. Onde Sartre define como, as pessoas sendo suas próprias escolhas.
“Estou condenado a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos meus atos. Estou condenado a ser livre. Isso quer dizer que nenhum limite para minha liberdade pode ser estabelecido exceto a própria liberdade, ou, se você preferir; que nós não somos livres para deixar de ser livres."
-Jean Paul Sartre
E isso cria uma angustia existencial, diante dessa existência sem justificativa. Essa angustia é, na verdade, o medo diante da liberdade. Uma angustia diante da responsabilidade de si próprio e de sua existência. O medo da liberdade vem da não compreensão dessa liberdade.
As pessoas estão vivendo sua existência, elas estão em um processo de construção de suas essências. Por tal motivo uma ‘reconstrução’ na essência não é possível. Porém uma diferente forma de completar a construção da essência é plausível
O homem será apenas o que projetou ser, assim sendo o homem fruto de sua liberdade de escolha. Segundo Sartre, o homem não é o que ele quer ser, mas sim a formação do que se está vivendo. Sendo essa formação uma escolha, no qual a conseqüência é o próprio homem.
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