Qual é a Temática Central da Obra e Como ela se Estrutura?
Por: Isadora Santos • 19/5/2019 • Trabalho acadêmico • 959 Palavras (4 Páginas) • 220 Visualizações
1) Qual é a temática central da obra e como ela se estrutura?
A obra se passa em 399 a.c, no julgamento de Sócrates, onde o autor, Platão, escreve sobre a defesa de Sócrates ás acusações que lhe foram feitas. A obra é composta por três partes, "A defesa de Sócrates", "A pena" e "Do esperado da pena" e a ultima "Apos a condenação" e "Aos que votaram contra".
Por meio de diálogos são encontradas as denuncias feitas pelas acusadores de Sócrates, na primeira parte, depois a missão de Sócrates na Terra e os argumentos de defesa usado por ele, e por ultimo a indiferença com a morte e sua relação com o divino.
2) "Cumpre, Atenienses, me defenda, em primeiro lugar, das primeiras aleivosias contra mim e dos primeiros acusadores; depois, das recentes e dos recentes. Com efeito, muitos acusadores tenho junto de vós, há muitos anos, que nada dizem de verdadeiro. A esses tenho mais medo que aos a roda de Ânito, posto que estes também são terríveis." ( DS, p. 6). Considerando essas palavras de Sócrates, quais foram as principais acusações feitas ao referido filósofo?
As principais acusações feitas ao referido filosofo, foram a respeito do seu estudo sobre a terra e o céu, prevalecendo a razão mais fraca. Foi suspeito também de repassar esse aprendizado para algumas pessoas da população ateniense. Alem dessas incriminações, houve também outras que o acusava de corromper a mocidade a crer em outros deuses, outras divindades diferentes do que o povo acreditava e de cobrar e receber pelos ensinamentos.
3) Cite 3 argumentos usados na defesa de Sócrates.
Para se defender das acusações, que ele alega serem falsas, Sócrates usa de argumentos verdadeiros para comprovar sua sabedoria.
Na denúncia sobre corromper a mocidade, Sócrates alega não ser ignorante para praticar o mal para alguém que pode causar danos futuros a ele. Ele declara também, que caso realmente tenha corrompido a juventude, não ter sido por mal ou proposital, e por isso, caso seja culpado precisa de aprender lições sobre como não fazer isso, e não ser julgado em um tribunal.
Quando acusado de cobrar e receber pelos ensinamentos passados, Sócrates pede provas e comprovantes de que isso havia acontecido, o que os acusadores não tinham, e para evidenciar também que era inocente dessa acusação Sócrates declara sua nítida pobreza, o que segundo ele não poderia acontecer caso recebesse pelos ensinamentos.
Para a incriminação feito por Meleto, de acreditar em outros poderes demoníacos e outras divindades diferente da que o povo acreditava, o filosofo se defendeu afirmando que caso acreditasse em outras divindades e poderes, teria que acreditar em demônios, o que os atenienses acreditam ser deuses, ou filhos de deuses, logo Sócrates acredita nessas divindades.
4) "Afinal, Sócrates, qual é a tua ocupação? Donde procedem as calúnias a teu respeito? Naturalmente, se não tivesses uma ocupação muito fora do comum, não haveria esse falatório, a menos que praticasses alguma extravagância. (...)"
Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência. (...)
"Para testemunhar a minha ciência, se é uma ciência, e qual é ela, vos trarei o deus de Delfos. Conhecestes Querefonte, decerto. Era meu amigo de infância e também amigo do partido do povo e seu companheiro naquele exílio de que voltou conosco. Sabeis o temperamento de Querefonte, quão tenaz nos seus empreendimentos. Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou essa consulta ao oráculo – repito senhores; não vos amotineis – ele perguntou se havia alguém mais sábio do que eu; respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio." (DS, p. 7)
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