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Quem são os sofistas depois à

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Por:   •  24/6/2013  •  Artigo  •  426 Palavras (2 Páginas)  •  615 Visualizações

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SOFISTAS

Etimologicamente, o termo sofista significa sábio, entretanto, com o decorrer do tempo, ganhou o sentido de impostor, devido, sobretudo, às críticas de Platão.

Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloquência e sagacidade mental, ou seja, tinham fácil oratória e eram astuciosos. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados. Os mestres sofistas alegavam que podiam melhorar seus discípulos, ou, em outras palavras, que a virtude seria passível de ser ensinada.

As lições sofísticas tinham como objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação, da habilidade de discursos primorosos, porém, vazios de conteúdo. Eles transmitiam todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários.

O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento desse tipo de atividade praticada pelos sofistas. Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembleias democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam a necessidade de aprender a arte de argumentar em público para, manipulando as assembleias, fazerem prevalecer seus interesses individuais e de classe.

Os Sofistas foram os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São também considerados por muitos os guardiões da democracia na antiguidade.

Protágoras (481 a.C. - 420 a.C.), Górgias (483 a.C. - 376 a.C.), e Isócrates (436 a.C. - 338 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos. Protagoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro como pagamento dos seus ensinamentos.

Protágoras alegou que o homem é a medida de todas as coisas, tanto das coisas que são o que são como das coisas que não são o que não são. Isto significa que tudo é como parece ao homem, não apenas aos homens em geral, mas a cada indivíduo em particular. Esta tese leva a um relativismo total, sem possibilidade alguma de verdade absoluta.

Górgias foi ainda, mais radicalmente oposto à natureza e a seu estudo. Escreveu um livro no qual formulou uma tripla alegação:

1) Nada há;

2) Mesmo que houvesse alguma coisa, não poderíamos conhecê-la;

3) Mesmo que pudéssemos conhecê-la não poderíamos comunicá-la aos demais.

Além de Protágoras, Górgias e Isócrates podemos destacar outros sofistas, como Hípias, Pródico, Crítias, Antifonte e Trasímaco. Todos eles prezavam pelo desenvolvimento do espírito crítico e pela capacidade de expressão. Uma consequência importante que se fez pelos sofistas foi a abertura da filosofia para todas as pessoas das polis que antes era somente uma seita intelectual fechada formada apenas por nobres.

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