Quem tem medo do feminismo negro?
Por: 99076281 • 7/10/2019 • Resenha • 297 Palavras (2 Páginas) • 245 Visualizações
Quem tem medo do feminismo negro? Da filósofa e feminista Djamila Ribeiro é um livro que traz reflexões profundas sobre o feminismo negro e questões raciais. A leitura é fluida e traz um pouco da trajetória da autora que mostra de forma clara e sem floreios como o racismo é cruel no Brasil, intolerância religiosa de matriz africana e a política de cotas raciais, machismo e o sexismo, mas sem esquecer-se de falar sobre a diferença do Feminismo tradicional e branco, o qual deixa as demais mulheres, principalmente as negras, de lado. Mesmo estando no século XXI, às mulheres negras ainda são vistas como inferiores às brancas e tratadas como meros objetos sexuais, tendo até mesmo uma representação limitada em programas de televisão e representada como a escrava, a empregada, um corpo sexual. Com isso há grande falta de representatividade negra para as crianças e a autoestima da mulher negra é colocada para baixo, tentando convencê-las de que estão fora dos padrões impostos por uma sociedade doentia e altamente racista. Independentes da década que vivemos a vida de jovens negros ainda são tratadas como sem importância, como uma morte esperada e por alguns até mesmo aguardados. A mídia e a sociedade lidam com o racismo de uma forma repugnante e propriamente preconceituosa, propagando esses atos indecentes e auxiliando para que o racismo continue sendo espalhado em nossas terras. E por conta disso chega a ser escondido à importância de Djamila Ribeiro que discute abertamente sobre essas problemáticas no Brasil, tão atuais e vívidas assim como era há séculos. Assim a autora, ao mesmo tempo em que encaixa em seus textos dados estatísticos e pesquisas, “abre o jogo” sobre notícias machistas e opiniões venenosas, o famoso argumento de uma opinião preconceituosa disfarçada em livre arbítrio.
Palavras-chaves: Feminismo. Racismo. Sexismo.
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