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RELATIVIDADE DA FELICIDADE EM RELAÇÃO A PERSPECTIVA ESTOICA E EPICURISTA

Por:   •  20/10/2015  •  Resenha  •  958 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

FILOSOFIA

JOSÉ CERQUEIRA DOS SANTOS

RELATIVIDADE DA FELICIDADE EM RELAÇÃO A PERSPECTIVA ESTOICA E EPICURISTA

RIBEIRA DO POMBAL - BA

2015

JOSÉ CERQUEIRA DOS SANTOS

RELATIVIDADE DA FELICIDADE EM RELAÇÃO A PERSPECTIVA ESTOICA E EPICURISTA

Trabalho apresentado no curso de graduação ao Claretiano – Centro Universitário. Curso de Filosofia.

Profª. Ricardo Matheus Benedicto

RIBEIRA DO POMBAL - BA

2015

1) Qual a relação que podemos estabelecer entre a filosofia antiga e a vida cotidiana? Há um esquecimento da filosofia nos dias atuais?

De acordo com Danilo Marcondes (2004), compreende-se que no principio a filosofia surgiu aos pouco, para substituir os mitos e também as crenças religiosas, na tentativa de melhor compreender o mundo e os seres que nele habitavam. O pensamento filosófico aconteceu depois da passagem do mito (mythos) para a razão (logos). Os deuses têm sua importância relativizada pela razão a partir dos elementos existentes na natureza estudados pelos pré-socráticos considerados como os filósofos de um primeiro período do pensamento grego, os quais podiam ser denominados como naturalistas, sendo que esses tinham como objetivo descobrir a substância única, a causa, o principio do mundo natural, de uma forma inteligente para todos os fenômenos que ocorriam na natureza, e não somente para a mitologia.

Na atualidade a filosofia passa por um período onde o pensamento é voltado somente para a ciência exata, isto ocorre devido ao fato de que o conhecimento nos oferecer respostas muito mais precisas e aparentemente incontestáveis, possibilitando assim uma certeza sobre a considerada verdade do conhecimento tendo como consequência disso uma aparente solução para todo problema. Ocorre que a filosofia não traz esta certeza sobre a verdade, não possui o caráter de solucionar um problema de forma a torná-lo incontestável. Na realidade a filosofia traz outros questionamentos para o filosofo na buscar pela verdade, sendo que essa verdade esta sempre em progresso, ou seja, esta sempre evoluindo e despertando novos conceitos, características que antes não seriam percebidos.

Devido a este caráter nas mudanças das respostas que a filosofia traz para aquele que a estuda, acaba-se por acreditar que o pensamento filosófico possui menor importância que o técnico-científico. É certo que, filosofar é exatamente isso, questionar, porém se não há mais debates filosóficos, não há mais questionamentos, conseqüentemente não se discute mais os assuntos o que provoca um esquecimento da filosofia. O abandono da filosofia é um perigo já que não se questionara mais a formulação de respostas a partir de posicionamentos e idéias diferentes, levando a sociedade a responder seus posicionamentos sempre da mesma forma, a partir de respostas já estabelecidas. A filosofia possui sua importância baseada exatamente na busca por novas respostas e em um novo modo de pensar a realidade do mundo em que vivemos.

2) Discuta com seus colegas a partir do campo ético, os conceitos de felicidade de acordo com a perspectiva estoica e epicurista, buscando relacionar com a concepção de felicidade presente hoje em nossa sociedade capitalista.

Lima Vaz (1999), fala que para os Epicuritas a felicidade era onde o individuo tinha direito a um prazer continuo viver sempre daquilo que gostasse e que lhe desse muito prazer, era sinal de felicidade, mostrando ser ele uma pessoa feliz. Para o Epicuro, a presença do prazer era sinônima de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição como a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc. E exemplos de 'felicidade' para os epicurista era ter a: Liberdade, a Amizade e um Tempo para meditar. No pensamento dos estóicos, o fim supremo, o único bem do homem, não é o prazer, a felicidade, mas a virtude; não é concebida como necessária condição para alcançar a felicidade, e sim como sendo ela própria um bem imediato. Com o desenvolvimento do estoicismo, todavia, a virtude acaba por se tornar meio para a felicidade da tranqüilidade, da serenidade, que nasce da virtude negativa da apatia, da indiferença universal. A felicidade do homem virtuoso é a libertação de toda perturbação, a tranquilidade da alma, a independência interior.

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