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Regra Da Fiolosofia

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Por:   •  16/9/2014  •  Resenha  •  764 Palavras (4 Páginas)  •  234 Visualizações

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m sua obra Metafísica, o filósofo grego Aristóteles conceitua limite como "(...) a extremidade de uma coisa, isto é, do primeiro ponto além do qual não mais é possível apreender em nada a coisa e o primeiro ponto aquém do qual está seu todo." (apud RUSS 1994: 167). Ou seja, limite seria o ponto além do qual não existe mais a coisa e aquém do qual ela é na totalidade. A partir dessa definição o filósofo buscará distinguir diferentes significados para o termo, assim limite seria o que separa duas regiões, coincidindo com o conceito de fronteira; limite pode ser também o ponto final de algo; e enfim, a essência de uma coisa, sua forma. Fundamentados em Aristóteles compreendemos o ato de limitar como aquele que coloca fim a algo, que obsta, impede. Neste sentido é significativo lembrar que a palavra "limite" é frequentemente usada por aqueles que educam como sinônimo de barrar, impedir, o que vai ao encontro do sentido etimológico da palavra. Limite tem sua origem na palavra latina "limes" que pode ser traduzida como "muralha".

Entendemos o humano como ser em constante desenvolvimento, o que o incompatibiliza com as tentativas de impor limites. Como por fim ao que por essência está em transformação incessante? Colocar limites seria possível se pudéssemos barrar o processo de humanização.

Sabemos que mesmo perante as maiores agruras, mesmo nas condições mais adversas e opressoras, homens e mulheres desenvolvem-se e encontram formas de burlar e elidir os limites, às vezes de forma genial, como nos mostram diversos artistas, que com suas criações expandem os horizontes revolucionando os contextos em que estão inseridos, às vezes de forma agressiva e violenta. O importante é que sejam quais forem as muralhas, elas serão ultrapassadas e não mais responderão aos anseios e problemas porque os humanos serão outros e a realidade também.

Diante da impossibilidade de estabelecer limites duradouros à tendência, a saída pode ser não colocar padrão algum de comportamento, afinal eles serão superados mesmo. Mas será possível vivermos em sociedade sem que hajam condutas pautadas por um padrão, sem que existam limites?

Hobbes, filósofo inglês autor de O Leviatã, afirma que os limites sociais surgem da necessidade de organizar a sociedade e de impedir que os homens e mulheres se destruam. Neste quesito concordamos com o filósofo, pois defendemos que sejam estabelecidos limites para as condutas humanas. Estes, porém, não devem ter a pretensão de serem intransponíveis por todo o sempre, não podem ser impedimento ao desenvolvimento. Os limites sociais devem transmutar-se em regras.

Etimologicamente, "regra" possui a mesma origem da palavra "régua", vem do latim "regula", que podemos traduzir como "instrumento usado para colocar reto". As regras serão os procedimentos que regulam o desenvolvimento eficaz de uma determinada atividade1, serão os mecanismos que colocam a ação na direção correta para a obtenção de seus objetivos. Estes mecanismos surgem do embate entre o domínio empírico (real/moral) e o domínio racional do dever (ideal/ética).

Como os homens e mulheres são seres que estão em constante processo de mutação de si e do meio que os envolve, o real e o ideal humanos estarão sempre em alteração, o que

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