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Relatório do filme: Ponto de mutação

Por:   •  24/4/2015  •  Resenha  •  540 Palavras (3 Páginas)  •  663 Visualizações

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RELATÓRIO

FILME: PONTO DE MUTAÇÃO


        O filme “Ponto de Mutação” narra um encontro entre três pessoas em uma ilha na França, um político, um poeta e uma cientista, que discutem sobre a natureza e o ser humano. A abordagem de diferentes faces e diferentes pontos de vista faz uma conexão do conhecimento humano dentro do ponto político, físico e literário e mostra como cada campo em discussão pode enriquecer a visão do outro.

        O ponto central da discussão é a crise de percepção pela qual a humanidade tem passado e a necessidade de uma nova visão de mundo. A proposta do filme é a de que é mais correto se falar em inter-relações como a descrição da realidade do que dizer que certas partes atuam de tal forma para definir o todo.

        A cientista defende que embora Descartes tenha sido muito importante para a humanidade, seu pensamento mecanicista atrapalha a sociedade atual. Enxergar apenas as partes e não o todo foi o erro de Descartes e fez com que as nações se interessassem somente por suas próprias partes, criando o individualismo.

        Ela utiliza exemplos, como o desmatamento da floresta amazônica e a morte de crianças por desnutrição e doenças evitáveis em todo o mundo, para defender seu ponto de vista sobre a individualidade das pessoas, demonstrando que grandes potências mundiais exploram países menores em busca de seus próprios interesses.

Segundo a cientista “os lucros privados são hoje obtidos às custas de exploração social ou ambiental”.

        Por outro lado, o político apresenta a ideia de que o modelo de Descartes ainda é válido e que o único meio de conseguir mudanças através da política é fazendo isso por pequenas partes, sendo impossível mudar o sistema como um todo. Um exemplo utilizado por ele é a taxação da venda de carne vermelha para diminuir o consumo e melhorar a saúde da população, além de degradar menos o meio-ambiente. Quando questionado pela cientista o motivo disso ser impossível, ele explica que essa mudança afetaria todo o comércio envolvendo a carne vermelha e colocaria em risco a economia do país.

        O poeta, diferentemente da cientista e do político que fazem uma análise objetiva de tudo, nos faz analisar a subjetividade das coisas. Não podemos sobreviver apenas da lógica se quisermos evoluir, nossa visão de mundo e pensamentos são subjetivos. Devemos trabalhar a nossa visão crítica e entendermos que o mundo não é feito apenas de uma coisa ou outra, mas feito de tudo. Ele questiona se o homem é uma ilha. O homem não pode ser uma ilha, pois se relaciona em sociedade e com a natureza para sobreviver.

Por fim, podemos concluir que para que a humanidade mude e evolua é necessário que essa crise de percepção seja superada e que os problemas deixem de ser pensados de forma isolada, mas que lembremos que fazemos parte de um todo: o universo. Não se deve olhar para os problemas do mundo tentando solucioná-los separadamente. Devemos entender as conexões entre eles para depois resolvermos os problemas.

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