Religião Uma Pratica Universal
Por: Thiago Coely • 13/11/2017 • Resenha • 612 Palavras (3 Páginas) • 202 Visualizações
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
RELIGIÃO: UMA PRÁTICA UNIVERSAL
Pode-se dizer que a religião é um conjunto de símbolos e rituais que possuem significados amparados pela crença de um grupo de fiéis que se identificam com a organização religiosa. Os símbolos de uma religião carregam significados que representam parte do contexto de crenças seguidas. Várias são as formas da experiência religiosa.
É preciso entender que a religião não está necessariamente ligada a uma crença monoteísta, ou seja, na crença de uma única divindade suprema. Como também, ela nem sempre está interligada a preceitos morais. Como o do pensamento de que os deuses estão interessados na conduta comportamental da sociedade, pois, para algumas religiões isso não existe. Assim também, como não se pode fundamentar a religião apenas sobre um mito criacional do mundo, embora muitas se ocupem com isso. Do mesmo modo, que não podemos inferir que uma das características chave da religião seja apenas, uma busca pelo sobrenatural (deuses, fantasmas, demônios). Há religiões que vivem pela busca da harmonia com o cosmos, se interessam em conviver bem, e não se preocupam com o sobrenatural, com o que está além dos nossos sentidos.
Porém, as religiões possuem alguns aspectos em comum. Um desses pontos é que, todas as religiões possuem um conjunto de símbolos, que compõe sua orbita de ser. Eles são manifestados através dos ritos e das cerimonias, onde os fiéis atuam ativamente. Os ritos são de extrema importância para as religiões, pois são possuidores de significados específicos.
O rito coloca ordem, classifica, estabelece as prioridades, dá sentido do que é importante e do que é secundário. O rito nos permite viver num mundo organizado e não-caótico, permite-nos sentir em casa, num mundo que, do contrário, apresentar-se-ia a nós como hostil, violento, impossível (Terrin: 2004:19).
Por meio deles é impressa a identidade religiosa, bem como a edificação da religiosidade dos fiéis. Nesse meio nascem às músicas, as artes, literaturas, entre outros. O que deixa claro, o tamanho da influência que as religiões possuem na vida dos seus fiéis.
Outro ponto em comum entre as religiões, é a relação do sagrado com o profano. Eliade em sua compreensão sobre esse tema, nos apresenta o grande fascínio que o sagrado exerce sobre os seres humanos “o sagrado e o profano constituem duas modalidades de ser no Mundo, duas situações existenciais assumidas pelo homem ao longo de sua história” (ELIADE, 1992, p. 20). Fala que o sagrado se manifesta no mundo mental de quem nele crê. A isso dá o nome de hierofanias.
A manifestação do sagrado se dá de maneira dialética: ele se manifesta e se esconde, desse modo, o movimento é sempre um dar-se a conhecer seguido de um afastamento. É o próprio sagrado quem autoriza ao homem a conhece-lo, enquanto ele permanece em sua condição de totalmente diferente, do grande outro para o humano. Todas as religiões estão dentro dessa atmosfera da relação do sagrado com o profano.
As hierofanias são manifestações que ocorrem na realidade profana. No profano que é ilimitado, amplo, que não possui referências. Somente a experiência do sagrado torna capaz a possibilidade de estabelecer limites, de referenciar. Essa manifestação é comum em todas as religiões, o que difere é a referência que dão ao que é o mundo profano e ou que é o mundo sagrado por meio de sua doutrina.
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