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Resenha Crítica

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Por:   •  14/4/2014  •  621 Palavras (3 Páginas)  •  344 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

No filme é possível ver também a essência do que é a doutrina cristã. Nunca paramos para pensar no que acreditamos e Hipatia diz isso a um de seus discípulos que se tornou cristão, que passa a questionar tudo, mas nunca questiona o que ele acredita. Hipatia afirma que não pode se converter ao cristianismo, ela opta pela neutralidade e o amor a filosofia porque a visão de mundo dela é puramente filosófica e não há espaço para religião. Entretanto a política e a religião estavam acopladas nesta época, tornando a situação delicada até para o prefeito Orestes. A tensão entre cristão e judeus cresceu demais. Os cristãos passaram a dominar o território, Orestes era pagão e se tornou cristão. Quem não fosse cristão seria morto. Hipatia foi taxada de bruxa e atéia e por isso pagou caro.

É notável como fator histórico, que o filme mostra um cristianismo que não tem uma filosofia como tem os gregos e romanos. Isso é possível ver com clareza no filme, o local onde ocorre, e as doutrinas dominantes. A história é no Egito e lá vemos deuses pagãos, o povo romano com suas tradições inclusive gregas, e conflito entre judeus e cristão e as suas tensões.

O Cristianismo, mostrado no filme, não possui uma filosofia autentica, na verdade ele é uma cooptação da filosofia Greco-romana e egípcia.

Cirilo foi o grande propagador da proposta cristão na história. Ele claramente propôs a conversão obrigatória. Quem não fosse cristão automaticamente deveria ser apedrejado, inclusive armou ciladas a Orestes, o prefeito cristão.

O filme retrata os vários aspectos inerentes à situação da sociedade de Alexandria na época, ressaltando a divisão e formação das classes sociais, o papel da mulher na sociedade, a forma de governo aplicada. A trama principal aborda uma perspectiva sobre as múltiplas religiões da cidade e seus conflitos, sobretudo o conflito entre a religião Cristã e os pagãos que são representados pelos estudiosos, que tinham como sede a Biblioteca de Alexandria. O filme aborda este conflito em uma época em que o conhecimento acerca de várias situações e coisas era envolvido por muito misticismo, tendo em vista a falta de explicação para tais eventos. A ascensão do Cristianismo sobre as demais religiões mostra como a fé foi utilizada como justificativa para guerras e como o Estado teve que recorrer a ela para manter o controle social, sacrificando a busca do conhecimento, com destruição do trabalho científico, como forma de garantir o governo frente ao risco de intolerância das massas enfurecidas.

O filme acaba por ser tendencioso quando expõe o Cristianismo como o principal algoz na trama, sendo que seria válido um aprofundamento da questão a respeito do uso que o império romano fez da religião, a seu favor. Além disso, há alguns aspectos tratados no filme que devem ser citados como negativos do ponto de vista ético são: o papel ocupado pela mulher naquela sociedade, a intolerância religiosa, o uso da fé como justificativa para guerra, o início da criação dos santos cristãos a partir dos mártires, o atraso na evolução científica provocado pela destruição da biblioteca de Alexandria, a intolerância religiosa, bem como a perseguição aos cientistas sob pretexto religiosos.

Essa obra tem uma grande relação com a expressão

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