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Resenha Paulo Freire e o Sonho

Por:   •  29/4/2019  •  Resenha  •  530 Palavras (3 Páginas)  •  235 Visualizações

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Elementos Filosóficos da Educação

Texto: Freire a respeito dos temores e riscos da transformação

Um profissional comprometido é aquele que une os conceitos de atuação e reflexão. Refletir a prática docente constantemente e atuar de forma a fazer com que os estudantes sejam seres críticos é, a princípio, fundamental no processo de ensino-aprendizagem. A busca intensiva da humanização dos alunos deve ser um princípio fundamental. É preciso fazer com que eles pensem coletivamente, sejam solidários e pensem no bem-estar social. Toda atuação reflexiva levará à transformação, e isto deve ser a nossa práxis, ou seja, praticar aquilo que sonhamos e idealizamos sem receio das adversidades.

Quanto aos temores, não podemos ter medo de colocar em prática uma pedagogia que levará à transformação. Uma sociedade só é transformada através da educação, e se nós, futuros professores, nos comprometermos em levantar a bandeira do ensino transformador, toda a sociedade será amplamente beneficiada. Não poderemos fazer uso de “táticas autoritárias para materializar sonhos democráticos”. Precisamos nos impor, evitar a neutralidade, pois neutro é aquele que não se posiciona, que está inerte à realidade, que está alienado e não reflete o contexto geral no qual está inserido.

Hoje, evidentemente, é a pedagogia tradicional que ainda impera na grande maioria das escolas públicas brasileiras. Trata-se de uma metodologia centrada no professor, cabendo ao estudante apenas a assimilação uma quantidade enorme de conteúdo. Os conteúdos didáticos e a relação entre alunos e professores possuem muito pouca relação com o cotidiano dos sujeitos no ensino, e nem sequer é levado em consideração o contexto sociocultural no qual os mesmos estão inseridos. Quem dita as regras é o sistema de ensino e os alunos são obrigados a aprender a qualquer custo. É preciso que evitemos a metodologia tradicional, e a inserção de novas metodologias poderá amenizar o problema antes citado. No caso da física por exemplo, o uso de simulações computacionais e até experimentos científicos fariam com que os estudantes assimilassem melhor os conceitos estudados, fixassem a matéria em suas memórias de longo prazo e, por que não, desenvolveriam um maior interesse por ciências de uma maneira geral.    

A teoria e o ensino, juntas, precisam ter como princípio a abrangência do cotidiano (dia-a-dia) dos participantes neste processo. Há muito distanciamento e falta de conexão com a realidade. Isto é culpa, também, desta falsa neutralidade imposta pelo sistema de ensino. O conhecimento acaba sendo produzido por terceiros e o professor apenas o transmite. O estudante apenas decora ou absorve uma enorme quantidade de conhecimento. Há uma terceirização do ensino. O método tradicional é rotineiro, e os professores são desestimulados quando tentam exercer uma didática diferente. A educação é uma grande ferramenta de transformação social, mas o método tradicional é pobre didaticamente, e para os estudantes, acaba por ser um processo que não estimula o pensamento, não permitindo relações dialógicas produtivas, ou seja, trata-se de uma relação de dominação e intimidação. O resultado é pouca criatividade e nenhum conhecimento critico verdadeiro.

Buscar a transformação é fundamental, e perder possibilidades profissionais por conta do medo gerado pelo novo desafio é, na minha opinião, um imenso prejuízo, irreparável a qualquer profissional. Em suma, lutar é a primazia da busca de nossos sonhos.

 

 

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