Resumo Do Livro "o Que é Mito" (Everardo Rocha)
Trabalho Escolar: Resumo Do Livro "o Que é Mito" (Everardo Rocha). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: junniorbgs • 21/9/2014 • 1.107 Palavras (5 Páginas) • 8.101 Visualizações
O mito foi uma forma que o ser humano encontrou de dar respostas às perguntas da vida, coisas que a ciência não consegue ou conseguia explicar, mas não se resume a apenas isso, a definição mito é muito complexa, e abrange múltiplos sentidos. O livro cita o mito como um complicado quebra cabeças, e uma peça fundamental desse quebra cabeças, é que o mito é uma narrativa, uma fala, mas o mito não é definido como uma narrativa ou uma fala qualquer, é na verdade uma narrativa especial, particular, que se distingue das outras narrativas humanas, se o mito fosse uma narrativa qualquer ele seria diluído e perderia sua essência. No dicionário, mito é definido como: “Fato, passagem dos tempos fabulosos; tradição que, sob forma de alegoria, deixa entrever um fato natural, histórico ou filosófico; (sentido figurado) coisa inacreditável, sem realidade”. O mito é transmitido através de uma linguagem que não é totalmente explicita nem objetiva, o mito é transmitido através de uma linguagem muito figurativa e simbólica, é muito comum ouvir se que o mito tratasse de uma mentira, quem fala de mito não fala a verdade, mas para se encontrar a verdade do mito, ele deve ser analisado em outro nível, outra lógica talvez. Existem três temas que navegam em torno do mito que são fundamentais para sua razão de ser, a origem, a verdade e a interpretação. Sendo que sua origem é incerta, seus autores são desconhecidos e sua localização no tempo é muito improvável, sendo assim existe varias formas do ser humano cria-lo e analisa-lo. Segundo o livro, a pergunta o que é mito provavelmente não tem resposta, pois relata que: “ O mito está na existência. Resiste a tudo, fazendo no fundo com que suas interpretações sejam, quase sempre, matéria-prima para novos mitos” sendo assim, se não se pode saber o que é mito, a pergunta se torna, quem é o mito. O livro cita um mito, o mito do fogo, dos índios Jês do Brasil central, este mito já foi alvo de varias interpretações, por alguns antropólogos. Dois pontos importantes no estudo do mito estão ligados à antropologia, o primeiro deles é o trabalho de campo, e o segundo é a analise estrutural. O trabalho de campo afetou diretamente o estudo dos mitos, resume-se ao antropólogo estudar diferentes sociedades, distintas da sua, convivendo com elas durante seu dia a dia. Com o trabalho de campo pode-se acompanhar o funcionamento do mito sendo ele usado e vivido. A analise estrutural ou estruturalismo foi posta em pratica por Levi-Strauss com o seu ponta pé inicial através de um artigo, datado de 1955. A também a visão naturalista dos mitos, dava se a adoração dos astros e fenômenos naturais, como por exemplo, o sol a lua o vento a chuva, provavelmente foi onde se iniciou a mitologia, juntamente com a humanidade primitiva, o mito também passou a ser a ser relatado por fatos históricos registrados na historia,
Outra hipótese de trabalho era o animismo, criada a partir de estudos de Sir Edward Bunnett Tylor, que se resumia a que Toda a natureza era susceptível de adquirir, para os "primitivos", um sentido de "animação" e "personificação". Encontrasse também o mito ritual, que se da através de que um ritual explica a origem e o sentido do mito. Em pesquisa de trabalho de campo o antropólogo Malinowski mostrou que o mito servia socialmente como explicação que saciava a ânsia de conhecimento, ora funcionava como satisfação de profundos desejos religiosos.
Ora era a função de salvaguarda da moralidade, ora a função de possuir regras práticas para guiar o homem.
O antropólogo Jung, interpreta o mito como um inconsciente coletivo da humanidade, várias sociedades ao redor da Terra. Povos separados no espaço, distantes no tempo, diferentes na cultura produziram imagens, figuras míticas e simbologias muito semelhantes. mito para Jung é uma questão de interiores da mente. Ali se origina, ali se manifesta. Reflete-se na exterioridade cultural, nasce na interioridade psíquica. Está expresso em muitos lugares e habita apenas aqui dentro.
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