Resumo Karl Max
Por: thiagolfranco • 25/2/2022 • Resenha • 600 Palavras (3 Páginas) • 119 Visualizações
RESUMO
A obra de Karl Max consiste em uma crítica sobre a tentativa dos judeus conquistarem sua independência política e religiosa. Perdurando por séculos, do final de XVIII até o início do século XX, neste tempo havia leis discriminatórias aplicadas contra os judeus, inclusive com perseguições negando os direitos políticos do povo judeu.
Desta forma, o império Alemão com seu líder a Prúcia, apenas reconhecia os direitos dos cidadãos cristãos. Assim, Bauer afirmava em seu livro que os judeus da Alemanha apenas conseguiriam a emancipação política e religiosa se eles se emancipassem da teologia, ou seja, caso renunciassem sua religião. Afirmava ainda, que o sofrimento dos judeus provinha deles mesmos, caso não renunciassem sua religião.
Por sua vez, Marx alega que Bauer confunde os direitos do ser humano e este, confunde sua emancipação política com a humana. Em sua critica ao livro de Bauer, Marx procura elucidar que a emancipação trata-se da luta dos judeus por ter o reconhecimento religioso e político. Assim, Marx aponta que tal emancipação defendida pelos judeus é apenas política, sendo esta representa um grande passo a comunidade judaica, porém limitando-a.
Diferente de Bauer, Marx apoia a emancipação política dos judeus, compreendendo que esta não significa à renúncia a religião judaica, afirmando que a separação do ser religioso com o não religioso não é incompatível com a emancipação política, devido ao Estado ser laico e a religião, uma questão articular do indivíduo. Assim, o entendimento é que a emancipação política não deve emancipar o homem de sua religião e sim conferir-lhe o direito a liberdade religiosa.
Por sua vez, Bauer alega que a emancipação da religião é uma qualidade para a emancipação política, pois segundo seu entendimento, se não houvesse religião privilegiada, não teria mais nenhuma religião. Assim, os indivíduos em geral deveriam abdicar de sua religião para assim, serem emancipados.
Marx afirma que a questão do indivíduo ser judeu deve ser compreendida por meio da análise do Estado, em que o próprio judeu se encontra. Todavia, na Alemanha não existia um Estado político, sendo a questão judaica, puramente teológica e a oposição do judeu ao Estado, na verdade é a sua própria oposição ao cristianismo abraçado pelo Estado.
Assim, Marx menciona como exemplo os Estados Unidos, pois este realizou a emancipação política totalmente e comprovou que a religião pode existir em conjunto com a política em um Estado capitalista. Desta forma, a emancipação política demonstra sua limitação a partir do momento que esta permite se libertar da limitação humana que é a sua crença ou sua religião.
Marx então confirma a tese de que o homem pode levar uma vida dupla, na comunidade política, atuando como cidadão e na sociedade burguesa, como indivíduo particular. Assim, a dissolução da vida pública com a particular não é um fato alheio à emancipação política, sendo sua própria característica. Marx entende ainda que o Estado que não assume a religiosidade de seus entes, é um Estado incompleto. Assim, o Estado da Alemanha cristão é um Estado incompleto, pois este não pode se tornar democrático e continuar sendo cristão.
Por fim Marx defende a emancipação dos judeus, mas não em uma forma avançada, mas em um tempo próximo, com o acordo que esta situação de emancipação possui um formato elevado em que a sociedade daquela época poderia levar. Assim, Marx compreende que para a emancipação de todos, nos limites e contradições da sociedade capitalista, é necessário uma luta pela emancipação do ser humano pelo comunismo.
Dito isto, o conceito de emancipação humana é a liberdade plena do indivíduo, e não somente na liberdade política, mas uma liberdade nos moldes da sociedade comunista, ultrapassando com isto, os limites da sociedade capitalista.
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