Revisão do trabalho "Justiça: o que fazer certo?"
Resenha: Revisão do trabalho "Justiça: o que fazer certo?". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: taislindy • 26/9/2014 • Resenha • 1.954 Palavras (8 Páginas) • 264 Visualizações
NIDADE DE ENSINO DE DIREITO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFEMM
DISCIPLINA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO I
PROFESSOR: TÚLIO LOUCHARD PICININI
ALUNOS: ANNA CAROLINE DE OLIVEIRA SILVA
EVALDO
LEANDRO
LEONARDO DE OLIVEIRA SILVA
THIAGO
TIAGO
1) DADOS SOBRE A OBRA E O AUTOR
SANDEL, Michael J. Justiça O que é fazer a coisa certa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. Michael J. Sandel nasceu em Minneapolis em 1953, e é um dos mais importantes filósofos de sua geração. É professor da Harvard, onde leciona filosofia política desde 1980. Leciona também o curso “Justiça”, e é deste curso que deriva várias obras do autor. O curso é um dos mais procurados e influentes da Universidade, e fez de Sandel famoso em várias partes do mundo. É membro da Academia das Artes e Ciências. É professor convidado na Sorbonne, em Paris. Ele sempre se dedicou a trabalhos sobre política, ética e justiça. A obra “Justiça: o que é fazer a coisa certa?”, se destacou por tratar de um tema acadêmico de forma acessível a todos.
2) RESUMO
O livro Justiça - O que é fazer a coisa certa de autoria de Michael J. Sandel tem como objetivo a discussão de diversas teorias de justiça, desenvolvidas por alguns filósofos como Immanuel Kant, John Rawls, Aristóteles e de ideologias como o utilitarismo e o ideal libertário. Tais teoriassão abordadas ao longo das apresentações dos capítulos com argumentos e questionamentos, onde Michael desconstrói essas idéias e apresenta as contradições e as falhas de cada uma delas. Diante disso, o autor utiliza exemplos cotidianos e polêmicos como o suicídio assistido, canibalismo consensual, sexo casual e desigualdade econômica para retratar essas formulações. Além disso, conceitos como liberdade, moral, virtude, verdade e acordo são usados por Michael para explicar as formulações dos filósofos fazendo uma conexão desses conceitos com a justiça, que por sua vez, é tratada pelo autor não como um ideal somente político, mas também como uma das ferramentas para a construção do bem estar social. Contudo, o autor não conclui qual é a melhor teoria de justiça, uma vez que conduz o leitor ao entendimento de algumas idéias do senso comum. Sandel auxilia o leitor na percepção de que o certo e o errado só existem a partir de determinados
3) ANÁLISE CRÍTICA
Observa-se que o livro surgiu a partir do sucesso e interesse dos cursos ministrados pelo autor Michael J Sandel, na Universidade de Harvard, despertando atenção de inúmeros alunos em razão de sua capacidade de discutir e elaborar raciocínios intrigantes, inteligentes e, sobretudo refletir sobre uma ideia moral a respeito de princípios que a maioria das pessoas abraça como justos e que, diante de situações hipotéticas defundos absolutamente reais irão levar os leitores a vislumbrar a possibilidade de atuação justa, colocando em evidência o entendimento da moral na vida cotidiana e política de cada um.
O autor enfatiza com argumentos sólidos como resolver problemas intrigantes com maior justiça possível, quebrando paradigmas e conceito, levando o leitor a posicionar-se, inclusive utilizando situações empáticas, provocando uma intensa e profunda discussão sobre a justiça da moral vigente.
Assim, vale reforçar o que diz o autor:
Essas questões não dizem respeito apenas à maneira como os indivíduos devem tratar uns aos outros. Elas também dizem respeito a como a Lei deve ser e como a sociedade deve se organizar. São questões sobre justiça. (SANDEL: 2011, p.14)
Apesar do autor não “fechar” qualquer assunto, pois, observa-se um método de desenvolvimento reflexivo direcionado e similar à chamada “ironia Socratiana” a originária maiêutica, observa-se que o trabalho é calçado em três argumentos teóricos basilares, norteando as opiniões morais e sobre o certo e o errado, o justo ou não fazer. Justiça sempre será o aumento do bem estar social, o respeito a individualidade e liberdade de escolha e o desenvolvimento da virtude com foco específico no bem da sociedade.
Sandel vai partilhando uma idéia de liberdade de consciência e respeito pelos valores, verificando em profundidade o contraditório. À baila, analise de temasintrigantes e amplamente discutidos como: aborto, eutanásia, cota, vendas de órgãos, casamento homoafetivo, etc. Trazendo uma análise das variantes de cada
caso, trazendo situações problemas sempre calçados na idéia de fazer crescer o bem estar.
Nesse sentido, projetar o bem estar e a prosperidade ao máximo de pessoas possível, ancorado na justiça, em determinadas situações vai requerer um desenvolvimento do senso comunitário e até de sacrifício do individual em detrimento do coletivo.
A exemplo, narra-se o caso do “Bonde Desgovernado” onde a situação problema está focada em sacrificar uma pessoa para salvar outras cinco. A questão evidenciada e que certamente fará a diferença é a maneira como isso deve ser feito e a responsabilidade e intenção de quem tomará a decisão, como enfatiza o autor que “Talvez a diferença moral não resida no efeito sobre as vítimas – ambas terminariam mortas - , e sim na intenção da pessoa que toma a decisão”. (p.32).
Se para o autor importa a maximização do bem estar social, no caso em questão, parece haver conflitos entre esses mesmos princípios já que, de um lado é necessário resguardar o bem maior tutelado pela justiça, a vida, e de outro implica sacrificar alguém em detrimento dos demais, como evidencia a obra.
Alguns dilemas morais têm origem em princípios morais conflitantes. Por exemplo, um princípio que vem à tona na história do Bonde diz que devemos salvar o máximo devidas possível, mas outro diz que é errado matar um inocente, mesmo que seja por uma boa causa. Expostos a uma situação na qual salvar um número maior de vida implica matar uma pessoa inocentem enfrentamos um dilema moral. (SANDEL: 2011, p.33).
Pode-se observar que realmente o texto apresenta um aparente conflito, aliás, isso é verificado até mesmo nos jargões, adágios empíricos, mas de sabedoria popular, dizem uns: “quem vai na frente acaba por beber água limpa” e outros “a pressa é inimiga da perfeição”. Parecem raciocínios
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