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Rrelatório Quimica

Por:   •  23/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.313 Palavras (6 Páginas)  •  296 Visualizações

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Universidade Federal do Oeste da Bahia

Campus Multidisciplinar de Luís Eduardo Magalhães

Disciplina: Filosofia e História das Ciências

Professora: Vanessa Magalhães da Silva

Semestre: 2014.2

Aluno(a): Jéssica Lorrane Pereira de Matos

Curso: Engenharia de Produção

Descoberta

“Descoberta”. In: FRENCH, Steven. Ciência: conceitos-chave em Filosofia. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 16-30.

Introdução

  •  “A descoberta – de algum fato, de alguma explicação para um fenômeno, de alguma teoria ou hipótese – é vista como estando no centro da pratica cientifica.” (p. 16).
  • Podemos nos perguntar, de onde vem o resultado das teorias, hipóteses ou qualquer modelo de uma teoria comprovada, esse resultado vem de um conjunto de questões.

Visão comum: O momento eureca

  •  “As descobertas cientificas são geralmente caracterizadas como algo que ocorre de repente, em um dramático momento criativo da imaginação, um lampejo de visão ou uma experiência do tipo "aha!".” (p.16).
  • Um grande exemplo da forma involuntária que surge uma descoberta é o exemplo de Arquimedes. O rei havia recebido uma coroa de presente e não tinha certeza se essa coroa era realmente ouro puro ou teria outras misturas, Arquimedes, um dia, estava tomando banho, quando sentou numa banheira associou a questão de que se a coroa fosse realmente ouro ela não afundaria como uma que não fosse somente ouro, diz a história que Arquimedes saiu correndo nu, gritando “Eureca” que significa descobri.
  • A descoberta se dar em um momento que estamos relaxados, pode ser durante o banho, durante uma atividade cotidiana ou até mesmo no meio da madrugada.

A visão “Romântica” da criatividade

  • Segundo Immanuel Kant , filosofo alemão, a enunciação da “visão romântica” se dar de da seguinte maneira: “ (1) gênio e um talento para produzir algo a que nenhuma regra definida por ser dada; não e uma mera aptidão para o que pode ser aprendido através de uma regra. Portanto, originalidade precisa ser sua primeira propriedade. (2) Contudo,  em função de que ele também pode produzir contrassensos originais, seus produtos precisam ser modelos, i.e. exemplares; e consequentemente eles não podem surgir da imitação, mas precisam servir como padrão ou regra para o julgamento dos outros. (3) Ele não pode descrever ou indicar cientificamente como acarreta seus produtos, mas nos da a regra, assim como a natureza o faz. Portanto, o autor de um produto - cuja origem deve-se a seu gênio - não sabe como chegou as suas Ideias; ele não tem o poder de criar a mesma situação como quiser ou de acordo com um plano, nem de comunica-la a outros em preceitos que os tomassem capazes de produzir produtos similares” (p.19).
  • “Essa "visão comum" da descoberta e então usada para dar suporte a uma distinção importante, que aparentemente nos ajuda a entender a prática cientifica. Trata-se da distinção entre o contexto no qual a descoberta acontece e o contexto no qual se dá a justificação ou o impacto da evidencia” (p.19).

Contexto da descoberta versus contexto da justificativa

  • É necessário “separar aqueles aspectos da prática cientifica que são irracionais e criativos daqueles que são racionais e, possivelmente, governados por regras. Os primeiros são aqueles subsumidos pelo que e conhecido como o "contexto da descoberta"; os últimos estão subsumidos pelo "contexto da justificação“ (p.19).

O contexto da descoberta

  • “Uma vez que a descoberta é “criativa” e irracional, ela não está aberta a investigação pelos filósofos que estão interessados no que é racional a respeito da ciência” (p.19).
  • A descoberta não envolve nenhuma regra, ou conjunto de “passo-a-passo”, ela envolve talento ou genialidade.
  • “há evidências de que os momentos particularmente criativos ocorrem em certas condições: de calma e relaxamento” (p.19).
  • “o contexto da descoberta cobre aqueles aspectos da pratica cientifica quando a descoberta acontece - os momentos eureca, os picos criativos, os lampejos de visão (...) já que a filosofia está preocupada com o que e racional” (p.19 e 20).

O Contexto da justificação

  • Segundo Karl Popper: (...) o trabalho do cientista consiste em apresentar e testar teorias. O estágio inicial, o ato de conceber ou inventar a teoria, não parece a mim nem exigir uma análise lógica nem ser suscetível de uma. A questão de como acontece que uma nova ideia ocorre a um homem - seja um tema musical, um conflito dramático, ou uma teoria cientifica - pode ser de grande interesse a psicologia empírica, mas e irrelevante a analise lógica do conhecimento científico(... ) Minha visão do assunto(...) é que não ha tal coisa como um método lógico de ter novas ideias ou uma reconstrução lógica desse processo. Minha visão pode ser expressa com as palavras de que toda descoberta contem "um elemento irracional" ou uma "intuição criativa" (p.20).

A explicação hipotético-dedutiva

  • Existe também, uma explicação mais generalizada do método cientifico, ela é conhecida como a explicação ao “hipotético-dedutivo” ou o “método das hipóteses”.
  • “hipotético indica que hipóteses são geradas por picos criativos, momentos eureca, visões distorcidas pelas drogas ou por qualquer outra coisa; dedutiva indica que consequências experimentais são deduzidas a partir da hipótese e são submetidas ao teste experimental. Por "deduzidas" aqui se quer dar a entender o procedimento de acordo com as regras da dedução lógica, tal como elas são explicitadas em todos os bons livros de lógica. Se essas implicações resultam corretas, diz-se que a hipótese esta confirmada; se não, ela esta falsificada” (p.20).
  • “A explicação hipotética - dedutiva e uma visão bem - conhecida e muito discutida de como a ciência funciona. Ela combina com a visão romântica da descoberta ao insistir que a ciência funciona fazendo avançar hipóteses de algum modo criativo e, então, justificando essas hipóteses ao testar as suas consequências experimentais. Não obstante, ela foi submetida as seguintes criticas:1. pode haver mais a ser dito sobre a descoberta do que ela somente envolver um "pico criativo"; 2. Pode haver mais a respeito do teste experimental do que somente a dedução direta” (p.21).

É a criatividade um mito?

  • Segundo Feyerabend: “A visão "romântica" ter sido considerada perniciosa e enganadora. “A visão presunçosa de que alguns seres humanos, tendo um dom divino de criatividade, podem reconstruir a criação para que ela se adapte as suas fantasias sem consultar a natureza e sem perguntar aos demais levou não só a enormes problemas sociais, ecológicos e pessoais, mas também tem credenciais duvidosas, cientificamente falando. Deveríamos reexamina-Ia, fazendo uso completo de formas de vida menos beligerantes que ela substituiu.” (p.21).
  • Ao observarmos um número de fenômenos, utilizamos uma base e chegamos a uma hipótese, o método pelo qual, chegamos a essa hipótese é chamado de indução.

A explicação indutiva - uma lógica da descoberta?

  • Em um dia comum, podemos levantar um número de casos sobre determinado assunto, para assim levantarmos hipóteses.
  • Pode ocorrer tipos de variações sobre essas informações, como a informação singular e a universal.
  • “Uma afirmação "singular" é uma afirmação sobre algo, digamos um evento, que acontece num lugar particular e num tempo particular “(p.25).
  • “Uma afirmação "universal", por outro lado, expressa algo que cobre todos os lugares e todos os tempos” (p.25).
  • “Hipóteses cientificas, é em particular estas que expressam leis, são tipicamente consideradas universais”. (p 25).
  • “a indução faz é levar-nos de um numero de afirmações singulares para uma afirmação universal” (p.25).
  • “a conclusão de um argumento indutivo pode ser falsa” (p.26).
  • “se as premissas são verdadeiras, então a conclusão precisa ser verdadeira” (p. 27).
  • “As afirmações de observação, lembremos, são todas singulares, enquanto a conclusão é universal, pois vai além do conjunto de afirmações singulares, não importando quão grande seja o conjunto, de modo que sempre restara a possibilidade de que ela se mostre falsa” (p.27).
  • “embora a conclusão de um argumento indutivo não seja verdadeira, dadas observações suficientes e de uma variedade suficiente, podemos dizer que ele é provavelmente verdadeiro” (p. 27).
  • “a descoberta na ciência acontece ao se fazer observações e ao se usar a indução de alguma maneira” (p.28).
  • “a ciência está baseada em "fatos", sendo que "baseado em" nesse contexto quer dizer "descoberto por meio de" ou algo parecido” (p.28).

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