SOCIOLOGIA RURAL
Por: Vitória Mendonça • 4/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.042 Palavras (5 Páginas) • 210 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA RURAL
DOCENTE: ALCIGÉRIO PEREIRA DE QUEIROZ
DISCENTE: VITÓRIA RÉGIA MENDONÇA DE MEDEIROS
III AVALIAÇÃO – PARTE 1
DEZEMBRO DE 2020
MOSSORÓ, RN
No período neolítico os nômades procuravam meios de sobrevivência, viviam da caça, preparação de terras e do plantio. Posteriormente descobriram o fogo, possibilitando novas técnicas para maior produção de alimentos. Foram eles que deram início a urbanização, caracterizada pela divisão do trabalho. Desde então as transformações no Brasil se deram a partir dos avanços tecnológicos, do processo de industrialização, e reestruturação produtiva produzindo e armazenando alimentos. Houve o processo de mecanização, e essas reorganizações produzidas pelo homem permitiram as construções do cenário do campo a da cidade, dando-lhes diferentes formas de paisagens, consolidando as relações sociais entre rural e urbano.
Com base no documentário e na aula expositiva, percebe-se que, assim como na antiguidade do período neolítico, há o trabalho conjunto de homens e mulheres, a esposa sempre ao lado do marido, os filhos dando continuidade ao trabalho, porém cada um exerce sua função para o desenvolvimento produtivo. Possuem cuidados com as terras, produzem o próprio alimento, vão em busca de conhecimento para favorecem o campo e aquilo que é produzido, esse trabalho agrícola permite a sustentação do meio urbano populacional através do alimento, fruto da produção agropecuária (Carne, leite) e do fornecimento de materiais para o meio industrial, como a pele animal, para o melhoramento e a fabricação de produtos.
Em todos os relatos, os familiares designam o início do trabalho como algo árduo, sem muitos recursos e com muitas dificuldades, com o passar do tempo as tecnologias, o meio cientifico e informacional permitiram o desenvolvimento, e maior rentabilidade. Os animais de carroça que serviam como transporte para que as pessoas se deslocassem até a cidade, foram abolidos, e deram espaços aos automóveis, esses mesmos animais que eram utilizados para o auxílio na plantação foram substituídos pelas maquinas, que por consequência houve a diminuição da mão de obra, aumento a produtividade em um curto espaço de tempo, como diz o Sr. Luis Macedo, residente no Sitio Baixa da Pedra Branca em Dormentes/Pernambuco.
Com as informações e a aquisição de conhecimento pelo avanço da tecnologia houve a expansão de técnicas, que permitem a modernização do espaço rural, o fácil acesso ao transporte, permitindo que os filhos dos produtores possam estudar. Mas pode-se perceber que essas técnicas surgem de forma desigual, diferenciando uma região da outra por diversas características. No semí árido região caracterizada pela seca, os produtores realizam a estocagem de alimentos dos animais para o período de estiagem, a água é mais escassa, já na região Sul, não é necessário o procedimento de armazenamento da alimentação animal, a água é mais abundante, o ambiente mais rico de pastagens, por ser a região mais produtora do país. Observa-se o acesso que tem o Sr. João Amantino às redes de conhecimento, a formação, ao acesso a mecanização. Derivado de uma família de pais agricultores, pode-se relacionar à evolução do meio rural, onde a sociedade agrícola passa a ser uma sociedade industrial e de redes.
Como exposto em aula, as diferenças entre regiões permitem múltiplas funções, Sr. João Amantino residente na fazenda São João em Passos Fundos/RS, além de trabalhar com a produção leiteira, também cuida da preparação de solos férteis, com o auxílio de maquinas, tendo como objetivo melhorar a natureza, associando o meio mineral, animal e vegetal. Em outras ocasiões, como no relato do Sr. Selvino Ortiz junto ao seu filho Marcos Otiz, a produção do campo não foi o suficiente para suprir os valores das despesas, por isso, houve o êxodo rural, os filhos do Sr. Selvino precisou migrar para a zona urbana em busca de conhecimento, ao adquirirem retornaram para o campo trazendo novas perspectivas à produção. Afinal, como afirma o Sr. Dirceu Reis em seu relato, não é possível que todas as pessoas migrem do campo, pois é ele o responsável por abastecer as cidades através da produção.
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