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Segunda Meditação Descartes

Por:   •  24/11/2020  •  Resenha  •  398 Palavras (2 Páginas)  •  384 Visualizações

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Curso de Filosofia

Disciplina: Metafísica Período: Ano: 2020

Semestre: Professora: Thana Mara de Souza

Aluno: Lucca Rodor

Meditações Metafísicas / René Descartes – Meditação segunda

Descartes propõe no início da segunda meditação, a refazer seu caminho de volta da primeira meditação e tentar verificar se alguma verdade sobrevive a hipótese do gênio maligno, e encontrar outra saída. Pois bem, para Descartes, se este Deus enganador existir, que quer me enganar a todo tempo e que me faz não ter certeza de nada daquilo que eu penso, conclui que de alguma coisa ao menos eu posso ter certeza, que é de que eu sou e existo enquanto estiver pensando e duvidando de todas essas coisas, sendo essa a primeira verdade absoluta e indubitável. Isto seria o que chamamos de Cogito, a apreensão de um “eu” que é igual ao pensamento, a razão e a mente, e que seria nada menos que a base de todo e qualquer conhecimento. É pelo Cogito que chegamos a existência de Deus. Descartes então, não permanece na dúvida, usa ela apenas como um método para chegar a verdade indubitável. Depois de percorrer o caminho, descartes alcança esta primeira verdade inabalável seguindo as regras que sua própria razão colocou, enfatizando este papel da autonomia e liberdade da razão, pois é ela quem dita suas próprias regras. O conhecimento se inicia, portanto de uma operação da mente, sendo assim, toda e qualquer operação da mente é verdadeira, não aquilo que imagino e percebo, mas sim as operações da mente de modo que, mesmo que tudo que eu imagine e perceba seja errado, ao menos é verdade de que eu penso que imagino. No final desta meditação, Descartes tão acostumado a imaginar figuras e corpos tem dificuldade de abandonar esta ideia. A partir disso, ele estabelece o argumento da cera, como uma estratégia para ajudá-lo com a dificuldade de controlar sua imaginação, e por um instante ele libera sua imaginação como estratégia, com o objetivo de concluir que, o que existe não é este corpo de que imagino e sim um eu, que pensa, logo existe. Entende-se então que tudo que eu apreendia pelos sentidos, textura, cheiros, gostos, mesmo que tudo que eu penso e imagino não exista, é verdade de que eu existo e exerço uma operação da mente, imaginando qualquer objeto. Sendo esta, a primeira verdade absoluta indultável, a origem e o fundamento de todo e qualquer conhecimento.

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