Sobre felicidade

Felicidade: estado inalcançável ou resultado de um modo de ser e ver a vida?

        Na concepção mais simples de felicidade a sintetizamos como um estado de contentamento. Podendo ser vista dentro de duas perspectivas; fruto de uma bem-aventurança ou um estado de espírito – algo imutável.

        Vários aspectos influenciam na realização pessoal que desencadeará a felicidade, dentre esses, podemos citar a modernidade. Com a Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XX, o modo de produção em massa ascendeu, fazendo alterações não só no cenário econômico, mas também social. Tornando a aquisição de bens um sinônimo de felicidade, de forma que o indivíduo nunca se sinta totalmente satisfeito, necessitando sempre de algo mais.

        A felicidade adquirida por uma bem-aventurança pode ser considerada variável de indivíduo para indivíduo. Por exemplo, para um sujeito que esteja com fome, a felicidade pode ser associada a um prato apetitoso. Já a que é considerada um estado de espírito, independe de coisas materiais ou de outras pessoas, sendo assim algo exclusivo do indivíduo, que não pode ser retirado.

        A felicidade não é igual para todos, mas apresenta algo em comum em ambos os casos; está associada a um momento de êxtase. Para alguns indivíduos momentos que geram êxtase estão apenas atrelados à alegria, ou seja, são sentimentos fugazes, como afirmava Aristóteles.

         Momentânea ou não a felicidade é um direito universal, de forma que todos os indivíduos possuem igualmente a mesma capacidade de ser feliz. Tendo sua busca realizada na intersubjetividade, ou seja, na relação com os outros. Transformando o convívio social em matéria-prima da felicidade.

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