Sociologia: conceitos básicos
Por: alvesmarianna • 15/4/2015 • Artigo • 2.605 Palavras (11 Páginas) • 283 Visualizações
Desigualdade Social
Origem
O origem da desigualdade social na humanidade está ligada diretamente a relação de poder, estabelecida desde o princípio dos tempos, popularmente conhecida como a “lei do mais forte”.
O homem primitivo fazia uso de suas aptidões para estabelecer domínio sobre os demais, gerando assim as primeiras relações de desigualdade social conhecidas no mundo. Uns detinham das melhores caças, melhores habitações e outros eram fadados a morrer de fome e viver em habitações pouco seguras.
Os primeiros e mais simples aspectos usados para estabelecer uma diferenciação e logo uma desigualdade entre as pessoas são os físicos e sociais. Com o surgimento das relações comerciais, esses tipos de desigualdade foram se tornando mais complexos e crescentes, principalmente com a consolidação do capitalismo. Logo, percebe-se um contexto de desigualdade social, gerada primordialmente pela diferenciação econômica entre pessoas e pessoas, classes e classes, sociedades e sociedades, etc.
Desigualdade Social na concepção de Rousseau
Jean-Jacques Rousseau divide a desigualdade social em sua obra, o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” em dois tipos: A física ou natural, que é estabelecida por fatores como força física, idade, condições de saúde e até mesmo a qualidade de espírito do indivíduo; e a desigualdade moral e política, uma espécie de senso comum entre a sociedade, que uma convenção autorizada e consentida pela maioria das pessoas.
Desigualdade Social na concepção de Karl Marx
Para ele, a desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de classes e que por haverem, nessas divisões, classes dominantes, estas se utilizavam da miséria gerada pela desigualdade social como instrumento de manter o domínio estabelecido sobre as classes dominadas, numa espécie de ciclo. Isso faz com que Marx chame a burguesia de “classe dominante”, e o proletariado de “classe dominada”. Para Marx, existe um movimento histórico de antagonismo entre a classe dominante e a classe explorada, chamado de luta de classes. Para Marx, a desigualdade pode ser superada. Mas não, o individuo não pode superá-la. Visto que, para Marx “a grande industria aglomera num mesmo local uma multidão de pessoas que não se conhecem [...] e as reúne num mesmo pensamento de resistência [contra a exploração patronal]”(1), a desigualdade, ou seja, a condição de explorado só pode ser superada com uma união da classe proletária em torno da luta revolucionaria, para Marx, é a classe quem derruba seus exploradores e supera sua condição de explorada, e não o individuo que, sozinho, a vence com seu “próprio esforço”.
(1) – “Luta de classes e luta política”, MARX, Karl. 1847
Em suma, o individuo não existe fora da classe (como ator social). “Somente na comunidade o individuo tem os meios de desenvolver em todas as direções suas aptidões”(2), diriaMarx.
Marx, apontava, ainda, uma solução para o problema, que seria a implantação do socialismo na sociedade como forma de luta contra as desigualdades, visto que o tipo de regime socialista adotava a igualdade na distribuição de todos os recursos. E era essa distribuição, controlada pelo Estado, e a população contribuindo, por sua vez, com a sua força de trabalho; porém, sem o acúmulo de capital, que geravam desigualdades.
(2) – “A Ideologia Alemã”, MARX, Karl. 1846.
instituições sociais
O que são instituições sociais?
- Instituição social é o conjunto de regras e procedimento padronizados, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que têm grande valor social.
- As principais instituições sociais são: a família,a instituição educativa,a instituição religiosa,a instituição jurídica, a instituição econômica e a instituição política.
O maior objetivo das instituições sociais dentro da sociologia é o de atender as necessidades sociais em uma grande sociedade. Diferindo procedimentos e regras que podem ser aplicadas a diversos grupos.
A estratificação social
Introdução
o A estratificação social no Brasil como em qualquer outra sociedade é inegável. Contudo, a enorme desigualdade social e a concentração de renda encontradas em nossa sociedade questionam a lógica da sociedade de classes, uma vez que, tal tipologia de estratificação é considerada mais adequada para a sociedade contemporânea, pois os segmentos médios seriam numericamente maiores.
Devido a essa questão da desigualdade, encontramos jovem com dificuldades de superar a falta de serviços básicos ao seu próprio desenvolvimento, como uma educação negligenciada e acesso à saúde precária. Além disso, são vitimas de preconceitos pelos outros estratos sociais e vistos como “invisíveis” quando não “incomodam” aos demais.
Essa situação de estar à margem da sociedade, a mercê da própria sorte, faz com que muitos desses jovens sofram com a violência, mas também, faz com que muitos se tornem uma parcela daqueles que praticam a violência.
Contudo é possível esclarecer de certa forma, como tal questão social ocorre a partir dos princípios básicos de socialização e estratificação.
Conceitos
oSocialização:
processo em que adquirimos de nossos semelhantes, a partir da interação, o conhecimento do conteúdo da cultura da nossa sociedade. O processo de socialização é feito dentro de grupos. Contudo, cada indivíduo possui como referência grupos particulares e pessoais, ou seja, é impossível dizer que os grupos de referência são os mesmos para toda uma sociedade.
oFolkway (Folk = gente; way = modos, maneiras):
“prescrevem as regras de conduta que são consideradas certas e são usualmente seguidas de maneira idêntica sem reflexão ou raciocínio” (ANDERSON; PARKER, 1977)
“...padronizaram-se e foram automaticamente transmitidos de geração em geração. Constituem as importantes normas ou regras que absorvemos e seguimos”. (ANDERSON; PARKER, 1977)
A conformidade a normas, regras e/ou pensamento uniforme é uma atitude esperada dos integrantes da sociedade, para que a ordem seja mantida e os valores dessa sociedade preservados.
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