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Sofocles

Por:   •  30/5/2015  •  Artigo  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  263 Visualizações

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O LÚDICO: NOVOS OLHARES NO PROCESSO DE ENSINAR E DE APRENDER NA SALA DE AULA

Este  pré projeto de pesquisa constitui um dos elementos a serem apresentados à banca examinadora de seleção do  Programa de Pós-graduação  do Mestrado em Tecnologia do CEFET-MG, área de concentração Educação Tecnológica.

Belo Horizonte, novembro 2014.


  1. TEMA

O LÚDICO: NOVOS OLHARES NO PROCESSO DE ENSINAR E DE APRENDER NA SALA DE AULA

                Este pré-projeto tem como escopo o estudo e a investigação sobre o uso de ferramentas que estimulem a criatividade na apropriação do conhecimento em sala de aula. O pressuposto para este trabalho é que a criatividade possibilita uma liberdade de opções, de escolhas mais significativas e prazerosas no seu próprio desenvolvimento. Como Psicóloga e Artista Plástica, a experiência tem  mostrado que usar teconologias criativas que envolvam a imaginação e o lúdico facilitam o processo de ensinar e aprender de forma mais leve e efetiva.

No ensino superior,  o ambiente de sala de aula tornou-se um lugar de aprisionamento e reprodução da  fábrica, onde nem sempre se previlegia o novo, o inesperado , o lúdico. De certa forma, estes  aspectos contradizem o discurso de inovação cobrado pelas empresas na atualidade. Este estado de coisas gera inquietação na relação professor-aluno numa transferência de acusações sem saída.

Observa-se que vários são os atravessamentos que contribuem para isso,  entre eles pode-se citar: as   mudanças impostas pelas novas tecnologias de informação e de telecomunicações , o cenário de grande quantidade de informações disponíveis, a velocidade do tempo, dos processos de aprendizados, a fluidez do mundo do trabalho em que este aluno deverá se inserir com “sucesso”.  Tudo isto somado  as exigências de um mundo capitalista que transforma as escolas em empresas, onde o processo de educação vira um produto a ser consumido e, na   maioria das vezes, destituído de um significado de aprender para ser, aprender para se tornar um cidadão critíco , estético e político. Parte-se do pressuposto de que se aprende na escola os papeis a serem exercidos na sociedade, seja como cidadão ou como profissional.

Esse  pré-projeto, portanto, tem como  pretensão a busca de fundamentação e respostas para as inquietações que afligem o dia-a-dia da sala de aula, num cenário complexo de ensino superior. Busca respostas teóricas para analisar a subjetividade do estudante, sua situação no processo ensino-aprendizagem, a  univerdade contemporânea  e as relações sociais.

 A sala de aula ainda é um espaço privilegiado, que permite ao professor construir e desenvolver estratégias que poderão causar micro-revoluções em contraposiçao a conformação desse sujeito à ditadura do mercado.

II - JUSTIFICATIVA

A pesquisa deste tema se justifica pelas seguintes razões:

  • pela relevância do tema na sociedade atual e, de forma especial, na formação do estudante universitário-trabalhador;
  • por trabalhar em instituições particulares de ensino e perceber as dificuldades no processo de ensinar e aprender;
  • pelo interesse em construir uma carreira pautada em novas tecnologias;
  • pela minha prática de trabalho dar-se  simultaneamente em educação , em consultório e com  artes plásticas, facilitando o senso de observação das transformações do sujeito;
  • pela perspectiva de, ao final, poder apontar subsídios à metodologia de aperfeiçoamento do ensino superior;
  • finalmente, pela motivação e empenho pessoal com a possibilidade de ampliação e aprofundamento da temática.

III –REFERENCIAL TEÓRICO

A sala de aula é um lugar de complexidade. Compreende-la requer um olhar aprofundado nas relações sociais, nas estruturas internas para se aprender e nas transformações subjetivas do processo. Neste sentido, Marx, Piaget, Vygostsky ,Gilles Deleuze e Felix Guattari  são   pontos de partida teóricos para compreensão desta complexidade . 

Para muitos, continua ainda atual a análise de MARX (1969) sobre o trabalho e  sua relação com o capitalismo. Este pensador foi quem melhor refletiu sobre o assunto e até para contestá-lo é preciso conhecê-lo a fundo. Para Marx (1969), o trabalho é uma condição natural eterna da existência humana. A teoria marxiana parece  ser é a única capaz de pensar o capitalismo dentro de uma perspectiva histórica e dialética, afetando o processo de aprender.

O interacionismo de Jean Piaget e Vygostsky, tambem são considerações teóricas importantes para a compreensão desta problematica.  Considerar  que o conhecimento não existem nem no sujeito nem no objeto, mas nas relaçoes ocorridas entre ambos (SANTAROSA 2006). A aprendizagem e o desenvolvimento acontecem na medida em que o sujeito age sobre o objeto e na medida que possui estruturas previamente construídas ou em processo de construção. Para Santos (1999), a relação que o indivíduo estabelece  com saber no cotidiano, as relações sociais que estruturam estas situações e dinâmica psíquica na constituição deste indivíduo como singular são uma relação de sentido, portanto de valor.

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