Síntese do livro de Thomas Kuhn
Por: tatag • 28/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.368 Palavras (6 Páginas) • 397 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊCIAS DA SAÚDE
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE
Aluna: Tainá Amorim Gois
Orientadores: Pedro Miguel e Vânia Sampaio
Turma T02 2014.2
SÍNTESE DO LIVRO: A ESRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS, DE THOMAS KUHN.
SANTO ANTÔNIO DE JESUS
2015
CAPITULO 1 – A ROTA PARA A CIÊNCIA NORMAL
Neste capítulo Kuhn define ciência normal como uma “pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas”. Para o autor, a ciência normal está estreitamente relacionada com o termo de paradigma, visto paradigma como realizações científicas universalmente reconhecidas.
A rota para a ciência normal pode ser exemplificada pela seguinte visão esquemática:
Fase Pré-paradigmática → Paradigma → Ciência Normal
A fase pré-paradigmática faz parte da construção da ciência normal, esta se caracteriza por pesquisa de cunho individual e desacordos entre pesquisadores. A transição da fase pré-paradigmática para a ciência normal se dá a partir do surgimento de um paradigma. Para Kuhn a aquisição de um paradigma é um sinal de maturidade no desenvolvimento de qualquer campo científico.
CAPÍTULO 2 - A NATUREZA DA CIÊNCIA NORMAL
Segundo Kuhn, a ciência normal está dirigida para a articulação daqueles fenômenos e teorias já fornecidos pelo paradigma. Um paradigma recebe esse status não por ser totalmente bem sucedido em um problema, mas por resolver melhor determinado problema que os seus competidores.
Ao concentrar a atenção numa faixa de problemas, o paradigma força os cientistas a investigar alguma parcela da natureza com profundidade. No decorrer deste capítulo, Kuhn fala que existem três focos normais para a investigação cientifica dos fatos, são eles: determinação dos fatos relevantes, combinação dos fatos com a teoria do paradigma e articulação da teoria empreendida por um trabalho empírico. Esses três fatos definem a maneira como um paradigma pode ser conduzido. Abandonar o paradigma é deixar de praticar a ciência que este define.
CAPÍTULO 3 – A CIÊNCIA NORMAL COMO RESOLUÇÕES DE QUEBRA CABEÇAS
Nessa obra literária, a ciência normal também pode ser considerada uma atividade de resoluções de quebra-cabeças, sendo quebra-cabeças aquela categoria particular de problemas que servem para testar nossa habilidade na resolução dos mesmos.
Segundo o autor, “resolver um problema da pesquisa normal é alcançar o antecipado de uma nova maneira. O indivíduo que é bem sucedido nessa tarefa, prova que é um perito na resolução de quebra-cabeças”. (pg. 59).
“Uma das razões pelas quais a ciência normal parece progredir tão rapidamente é a de que seus praticantes concentram-se em problemas que somente sua falta de engenho pode impedir de resolver”. (pg. 60).
CAPÍTULO 5 – A ANOMALIA E A EMERGÊNCIA DAS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS
Neste capítulo, Kuhn fala que “a ciência normal não propõe descobrir novidades no terreno dos fatos ou da teoria” (pg. 77). “Mas que fenômenos novos e insuspeitados são periodicamente descobertos pela ciência” (pg. 77). Esses fenômenos vão induzir a mudança e essas mudanças levam às descobertas, visto descoberta como o reconhecimento de que novidades surgiram.
A descoberta científica começa com a consciência da anomalia. A anomalia ocorre quando a ciência normal não consegue cumprir seu objetivo. Segue-se então uma exploração da área onde ocorreu a anomalia. Esse trabalho se encerra com a mudança ou ajuste de um paradigma, de maneira que o anômalo se torna previsto.
CAPÍTULO 6 – AS CRISES E A EMERGÊNCIA DAS TEORIAS CIENTÍFICAS
Quando na ciência normal há presença de anomalias e fracassos constantes dos quebra-cabeças em produzir resultados esperados, instala-se então uma insegurança profissional. Essa insegurança e a consciência comum de que algo está saindo errado e necessita de mudanças é chamada de crise. Para Kuhn, as crises são essenciais, pois se caracteriza como uma “pré-condição necessária para a emergência de novas teorias”.
É no período de crise que há espaços para novas teorias que em seguida pode se firmar como paradigma. O processo de crise é longo e possui resistências para a mudança de paradigmas, posto que os cientistas tentam de todas as formas responderem os problemas com o paradigma vigente até o ultimo momento, quando eles fracassam nessa tentativa, inicia-se o processo de emergência de uma teoria que substitua a atual. Essa resistência supracitada é vista como algo positivo para Kuhn, pois ela promove a competição segura de novas teorias, até que se forme um novo paradigma.
CAPÍTULO 7 – A RESPOSTA À CRISE
A partir da concepção de crise citada no capítulo anterior, podemos agora discutir quais seriam as respostas dos cientistas uma vez que essa crise é instalada.
Kuhn afirma que os cientistas tentam buscar respostas que permitam dentro do paradigma dominante explicar as anomalias. Neste período de busca surgem diversos focos do problema e de sua possível trilha para o encontro de soluções aceitáveis. O fim de uma crise pode ser representado de três maneiras, uma delas é quando a ciência resolve a crise dentro do próprio paradigma, podendo este paradigma ser alterado em sua forma sem ser necessariamente cancelado. Outra forma seria quando o cientista tem a consciência de que o problema existe, contudo não consegue resolvê-lo no paradigma vigente, assim o deixa em “stand by” para futuras análises com o surgimento de novos instrumentos. Por fim, o final de uma crise pode se dar a partir do surgimento de um novo paradigma. A transição de um paradigma para outro se caracteriza como uma revolução científica.
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