TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO SOBRE AS RELAÇÕES TRABALHISTAS DESDE O SEU SURGIMENTO ATÉ OS TEMPOS ATUAIS
Por: Isa T • 15/5/2020 • Artigo • 686 Palavras (3 Páginas) • 583 Visualizações
CENTRO PAULA SOUZA
ETEC MARTIN LUTHER KING
ISABELA TORRES BRITO
JOÃO VICTOR LIMA DA CRUZ
JOÃO VITOR DIAS TORRES
LUCAS SANTOS DA SILVA
THIAGO YUKIO YAMADA
VINÍCIUS ANJOS DE SÁ
TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO SOBRE AS RELAÇÕES TRABALHISTAS DESDE O SEU SURGIMENTO ATÉ OS TEMPOS ATUAIS
SÃO PAULO
2020
Para compreender a questão das relações empregatícias na sociedade não se deve analisar apenas o momento atual, mas sim, desde a sua origem. A forma como trabalho se relaciona com a vida das pessoas não foi a mesma no passar dos séculos e não permanecerá igual no futuro, sendo possível até prever de que maneira esse tema estará presente na sociedade futura.
Um dos principais teóricos sobre as relações trabalhistas é Karl Marx (1818-1883), cuja visão de mundo consistia na luta de classes, ou seja, em qualquer relação entre pessoas, há um oprimido e um opressor. Logo, nas indústrias, é possível constatar que o proletário sofria opressão do burguês. Por consequência, o primeiro era impedido de analisar sua própria situação, sendo alienado no processo produtivo.
Marx vivenciou o período conhecido como Revolução Industrial em que crianças e mulheres trabalharam de forma abusiva em condições insalubres, influenciando muito o pensamento marxista e colocando-o em uma posição revolucionária contra esse capitalismo desumano e opressor.
Por outro lado, depois da Reforma Protestante, o conceito de trabalho adquiriu uma nova visão mais similar a cultura judaico-cristã, a qual valoriza o trabalho, devido à forma em que Lutero traduziu uma parte do Novo Testamento colocando a palavra “beruf” em vez de “arbeit” (sendo respectivamente, do alemão para o português, profissão e trabalhar), trazendo ao ofício uma característica mais vocacional em vez de ser abordado como um castigo.
Entretanto, foi somente com Calvino que o emprego se tornou um sinal de graça que liberta o homem do sofrimento e dos pecados de preguiça, tornando-o agradável a Deus.
Dessa forma, com a assimilação de todos esses conceitos oriundos da Reforma Protestante e com a observação de que, na Alemanha do início do séc. XX, os capitalistas protestantes eram bem mais sucedidos que os outros, Max Weber afirma que “O trabalho dignifica o homem”.
Apesar da notável distinção entre os pensamentos de Karl Marx e Max Weber, identifica-se que, desde o Taylorismo até o Fordismo – modelo de produção apresentado no filme Tempos Modernos (1936) – ainda é possível perceber que o empregado era visto apenas como uma peça substituível em meio a todo um processo que buscava a lucratividade a qualquer custo.
Porém, a visão dos donos dos meios de produção mudou devido ao conhecimento trazido pela Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo do quão prejudicial aqueles abusos eram para sua própria produtividade e passaram a ver o funcionário de uma maneira diferente, sendo mais participativo e cooperativo no processo de produção.
Além disso, a partir do século XX, surgiram as primeiras leis trabalhistas, as quais instituíram jornadas de trabalho menores e com salários suficientes para sustentar uma família. Considerando que, aqui no Brasil, foi somente no governo Getúlio Vargas que elas foram instituídas por meio da criação da CLT em 1943.
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