TIMES CONTEMPORÂNEA
Seminário: TIMES CONTEMPORÂNEA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Raafaa • 13/11/2013 • Seminário • 1.219 Palavras (5 Páginas) • 319 Visualizações
TEMPOS
MODERNOS,
TEMPOS DE
SOCIOLOGIA
Volume único
Ensino Médio
Capítulo 8: A s m u i t a s f a c es
d o p o d e r
coordenação H e l e n a B o m e n y
Doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Estado do Rio
de Janeiro.
Professora titular de Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Pesquisadora do CPDOC/FGV e professora da Escola Superior de Ciências
Sociais da FGV.
Coordenadora geral do Setor de Ensino de Graduação do CPDOC/FGV e
Coordenadora geral da Escola Superior de Ciências Sociais da FGV (2006-2010).
B i a n c a F r e i r e - M e d e i r os
Doutora em História e Teoria da Arte e da Arquitetura pela Binghamton
University/SUNY.
Pesquisadora do CPDOC/FGV e professora da Escola Superior de Ciências
Sociais da FGV.
1a edição, São Paulo, 2010
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Tempos modernos, tempos de sociologia / coordenação
Helena Bomeny, Bianca Freire-Medeiros. - Sáo Paulo : Editora do
Brasil, 2010.
ISBN 978-85-10-04823-1 (aluno)
978-85-10-04824-8 (professor)
Bibliografia
1. Sociologia (Ensino médio) I. Bomeny, Helena. II.
Freire-Medeiros, Bianca. III. Série.
10-01205 CDD-301
índices para catálogo sistemático:
1. Sociologia : Ensino médio 301
E D I T O R A d o B R A S I L
F U N D A Ç Ã O
GETÚLIO V A R G A S
8 A s m u i t a s f a c es
d o p o d e r
E m c e n a : A g a r o t a órfã
Carlitos e a Garota em cena do filme T e m p o s m o d e r n o s .
Há uma personagem de Tempos modernos que até agora
não foi apresentada aqui: é uma adolescente descalça,
vestida pobremente, que aparece pela primeira vez roubando
bananas no cais e distribuindo-as entre outras
crianças pobres. O entretítulo explica: "A Garota - uma
menina do cais que se recusa a passar fome". E a ação
começa: descobertas pelo dono da carga de bananas, as
crianças e a Garota fogem em disparada. Ela chega ofegante
a uma casa pobre onde estão duas meninas menores,
e somos informados, sempre pelo entretítulo, de que
as três são irmãs e órfãs de mãe. Dali a pouco chega o
pai, deprimido porque não consegue emprego. A Garota
distribui bananas, e todos comem alegremente.
Na segunda sequência da Garota, enquanto ela e as
irmãs catam pedaços de madeira no cais, certamente para
usá-los como lenha, trabalhadores desempregados protestam
em uma rua próxima. Ouvem-se tiros, a Garota se
aproxima e vê o pai morto, caído no chão. Sem mãe e sem
pai, agora as meninas passarão à responsabilidade do Estado.
Dois homens engravatados e um guarda vão à casinha
das órfãs, examinam papéis e encaminham as duas
pequenas para um abrigo de menores. Enquanto isso,
mais uma vez, a Garota escapa.
A p r e s e n t a n d o M i c h e l F o u c a u l t
O pensador que convidamos para assistir a essas cenas,
embora não fosse um sociólogo, marcou o campo das
ciências sociais com suas reflexões sobre a relação entre
verdade e poder. Seu nome é Michel Foucault.
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Michel Foucault, c. 1969.
M i c h e l F o u c a u l t
(Poitiers, França, 15 de outubro de
1926 - Paris, 26 de junho de 1984)
Michel Foucault foi um filósofo, hjstoriador, crítico e ativista político francês que desenvolveu
uma teoria e um método de pesquisa próprios, caracterizados por aproximar história
e filosofia. Seus trabalhos abordam temas diversos, como poder, conhecimento,
discurso, sexualidade, loucura.
Foucault foi influenciado pela filosofia da ciência francesa, pela psicologia e pelo
estruturalismo. Já sua atuação política foi influenciada sobretudo pela desilusão com o
comunismo e pelo movimento de maio de 1968 na França. Sua experiência pessoal com
tratamento psiquiátrico motivou-o a estudar a loucura. Interessava-se pela relação entre
poder, conhecimento científico e discurso, e pelas práticas a eles associadas na definição
da loucura e no tratamento destinado àqueles
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