Trabalhar de acordo com karl marx
Projeto de pesquisa: Trabalhar de acordo com karl marx. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucasdmorais • 26/8/2014 • Projeto de pesquisa • 2.140 Palavras (9 Páginas) • 437 Visualizações
Trabalho segundo karl marx
O trabalho sempre ocupou papel fundamental em todas as comunidades sociais, visto estar intimamente ligado à própria essência humana e, ainda, por ser um dos meio que o homem tem de identificar-se como sujeito, capaz de criar e modificar o contexto social no qual está inserido. Com o surgimento das máquinas, os pequenos agricultores e demais trabalhadores foram levados a abandonar suas terras e trabalhar para aqueles que detinham meios de produção, o que iniciou um processo de dominação destes sobre aqueles. Traçando uma análise acerca do trabalho e de sua importância para o homem, Karl Marx o identificou como instrumento de opressão utilizado por burgueses para alcançar o domínio das classes inferiores e, ainda, percebeu que era preciso romper com o ciclo imposto pelo capitalismo, para evitar que o trabalho se tornasse mercadoria.
INTRODUÇÃO
O trabalho sempre foi percebido como punição, pena, prática degradada ou inferiorizada. Os nobres não exerciam trabalhos braçais justamente porque entendiam que era uma prática inferior, destinado aos menos afortunados.
Passadas as civilizações e havendo muita discordância quanto ao entendimento do conceito e real função do trabalho, destaca-se o período historicamente conhecido como Revolução Industrial.
É nesse período que Karl Marx, intelectual e revolucionário alemão fundador da doutrina comunista moderna, desenvolve suas ideias críticas acerca do capitalismo e da utilização do trabalho como mecanismo de opressão das massas.
Em razão do surgimento da máquina a vapor, especificamente, começou uma ruptura quanto ao processo produtivo. A agricultura, a manufatura, etc., passaram a ter novo modo de produção. As máquinas foram substituindo a força produtiva do homem, de forma que os agricultores e demais trabalhadores foram obrigados a abandonar seus métodos primitivos de trabalho, para render-se ao método de produção ditado pelo capitalismo.
Neste sentido, muitos trabalhadores largaram os campos em busca de “oportunidades”. Muitas pessoas ficaram desempregadas e centenas passaram a viver em condições subumanas.
Detendo nas mãos os meios de produção, os empregadores começaram a explorar a mão de obra dos trabalhadores que se submetiam às humilhações e demais condições degradantes, como riscos de inundações, explosões, intoxicações, cumprimento de muitas horas além das oito horas.
Neste contexto, Karl Marx criticou radicalmente o capitalismo, pois, afirmava principalmente que o trabalho estava sendo utilizado pelos burgueses para oprimir os miseráveis trabalhadores que, por não ter outra opção, rendiam-se ao sistema de produção capitalista.
O trabalho no sistema capitalista, não se trata somente de mera produção de mercadorias,
mas, refere-se a um processo que absorve trabalho não pago e que faz das matérias-primas e dos meios de trabalho, mecanismos para absorção de trabalho não pago.
Neste sentido, o sistema de produção capitalista visa explorar o trabalhador, retirando dele sua força produtiva e tornando-o dependente do sistema. Ocorre discretamente um corte da capacidade produtiva por conta própria dos trabalhadores, pois, estes não conseguem produzir como as indústrias e, portanto, tornam-se dependentes delas.
Conforme define Ulrich Beck, “a importância do trabalho assalariado para a vida das pessoas na sociedade industrial já não se fundamenta, ou pelo menos, não substancialmente, no próprio trabalho”. (BECK, 2010, p. 203).
Como já dito, as pessoas perderam, em grande parte, o senso de exercer um ofício por ele mesmo. Ao invés de buscarem a satisfação e realização pessoal, encontravam-se alienadas, produzindo para um sistema que estava constantemente exigindo mais, ou seja, para sobreviver produziam e, produzindo estavam cada vez mais absortas pelo processo de produção capitalista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lamentavelmente, no decorrer da história, o trabalho sempre foi visto como castigo, fardo, ou punição. Entretanto, para Karl Marx, o trabalho sempre foi visto como elemento de realização do próprio homem, ou seja, elemento essencial para que o mesmo fosse identificado como sujeito social.
Sabe-se que com o surgimento das máquinas, o trabalho teve sua função alterada, pois, não mais servia à subsistência das famílias ou, ainda, para a autoafirmação do homem como sujeito social, mas, tão somente, passou a ser utilizado como mecanismo de exploração e opressão das massas de trabalhadores que, por não deterem poder econômico, nem tampouco e, especialmente, meios de produção, passaram a ser totalmente dependentes deste sistema produtivo.
Assim, visando uma melhor compreensão acerca do tema, levando-se em conta os principais aspectos da teoria marxista, percebe-se que o trabalho de fato foi utilizado como instrumento de dominação e alienação dos trabalhadores e isto se deu de tal forma que estes últimos nem podiam distinguir o que produziam, pois, por terem se tornado peças do processo produtivo, não mais discerniam o próprio valor e capacidade de criação e modificação do contexto social por meio do trabalho .Certamente, muito se avançou após este período de dominação, entretanto, o homem ainda deve muito caminhar para compreender com plenitude sua capacidade de criação e de mudança do contexto social ao seu redor, por meio do emprego de sua força produtiva, seja ela física ou mental. É preciso interromper essa marcha que se vai em direção ao colapso: de um lado máquinas controladas por um grupo mínimo de pessoas e de outro lado a maioria da humanidade desempregada, “vegetando no limite mais abjeto de sobrevivência”, ocasião em que se poderia somente a metáfora proposta pelo próprio Marx, qual seja, “a natureza nos ensina o que acontece quando há um osso e dois cães.
Capitalismo segundo Karl marx.
Filósofo e economista, o judeu-alemão, Karl Marx foi um dos maiores pensadores do século XIX. Marx tinha uma visão otimista dos destinos da humanidade, acreditando ser possível que na batalha final, os operários venceriam os capitalistas por serem maioria na sociedade.
Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O Capital. Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).
O Capital foi a suprema conquista de Marx, o centro da obra de sua vida. Seu objeto era, como Marx colocou
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