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Trabalho Filosofia (Metafísica ou Ontologia)

Por:   •  11/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  197 Visualizações

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FACULDADE SUL AMERICANA - FASAM

Curso Bacharelado em Direito

METAFÍSICA OU ONTOLOGIA

Goiânia - GO

2017

METAFÍSICA OU ONTOLOGIA

Trabalho apresentado em cumprimento das exigências da disciplina de Filosofia do curso de Direito da FASAM sob a orientação do Professor Cavalcante.

Goiânia - GO

2017

CAPÍTULO 7 – A METAFÍSICA

OU ONTOLOGIA

7.1. Metafísica de Aristóteles

Conceitualmente, “a metafísica apresenta-se como uma ciência relativa ao que ultrapassa o domínio da física e, consequentemente, como uma ciência do imaterial, formalmente distinta da filosofia da natureza”.

A Metafísica mantém uma estreita relação com a lógica e a Teoria do conhecimento, sendo a fronteira entre essas três “fatias” da Filosofia é tênue, requerendo uma interpenetração na análise dos temas.

A metafísica, em seu conjunto, está incrustada no mundo e presente nos diversos âmbitos do conhecimento (científico, técnico, moral, político, etc). É da Metafísica a tarefa de levar a realidade do nível “aparente” para o nível da “verdade em si”, dando a multiplicidade e pluralidade do real sentido absoluto e transcendente.

Etimologicamente, Metafísica é a conjunção de duas palavras: o grego meta (“estar além”) e Physis (natureza). Portanto, a Metafísica é a ciência que transpôs os limites do que é visível material. Além disso, ela é a ciência do imaterial.

O objeto de estudo da Metafísica é aquilo que é a coisa em si, um ens commune que comporta a essência e a existência; e, como ciência do ser, está nos seus limites a Teologia natural, mas não somente, pois a Idade Média fez uso dos princípios metafísicos para construção de uma sólida Teologia cristã.

Conceitualmente, porém, é salutar que o leitor compreenda que cada filosofo e em cada tempo e Escola, tem uma concepção do que se quer dizer por “Metafísica”.

7.2. Metafísica de Aristóteles

No âmbito do pensamento aristotélico, tem-se o conceito clássico “há uma ciência que investiga o ser enquanto ser”. Em sua origem filosófica, portanto, a ciência referida é a antologia: a ciência da investigação do ser ou “filosofia primeira”.

A teoria do ser enquanto ser tem “como objeto próprio o objeto de todas as ciências e como princípio próprio ser o princípio que condiciona todos os outros princípios”. E enquanto “filosofia primeira “consiste em perguntar não somente pelas causas, mas pelas causas primeiras relaciona-se com o mais universal. E o domínio desse conhecimento pertence aos “teóricos” e não “empíricos”.

Nesse contexto, Aristóteles foi o primeiro a perguntar pelas quatro causas. Os filósofos que o antecederam (Pré-Socráticos) apontaram somente para a causa material:

. Tales: “água”

. Homero | Hesíodo: “Oceanos e Tétis”.

. Anaxímenes e Diógenes: “ar”.

Sendo a filosofia uma ciência dedutiva dos primeiros princípios das ciências o filósofo passa a discorrer sobre as causas originais.

Causa formal: é a forma ou o modelo, isto é, essência necessária ou substância de uma coisa.

Essência: se contrapõe ao acidente a primeira é a é a qualidade daquilo que é; o segundo é definido pela sujeição a mudança.

Causa material ou substrato: aquilo de que uma coisa é feita e que permanece na coisa.

Causa eficiente: reside a origem da mudança. E a causa que dá origem ao movimento ou ao repouso.

Causa final: é onde está a finalidade e o bem.

Esse é o conteúdo da “filosofia primeira”; é o marco inicial da elaboração antológica.

A Metafísica de Aristóteles despertara o interesse de todos os séculos posteriores, ganhando a atenção de todos os que se dedicarão ao pensamento filosófico.

7.3. Idade Média: Deus, o primado Metafísico

A Idade Média, as teses antológicas ainda que conservem sua moldura filosófica, ganharão conteúdo revelacionado.

Analisa-se, aqui, a Metafísica agostiniana.

7.3.1. Santo Agostinho

A ontologia agostiniana faz um movimento do exterior das coisas á interioridade do espírito humano; e das verdades presentes neste, ao Princípio de toda verdade que é justamente Deus.

Submetendo a vida como um todo a análise do menos para o mais importante; do inferior para o superior, do mudável para o imutável, Agostinho, a exemplo de Platão, estabelece um escalonamento em cujo topo encontra-se Deus.

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