Émile Durkheim: Sua obra e contexto histórico escrito por Ottamar Teske
Pesquisas Acadêmicas: Émile Durkheim: Sua obra e contexto histórico escrito por Ottamar Teske. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nanbox4 • 8/11/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.537 Palavras (7 Páginas) • 653 Visualizações
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi anunciada ao público em 26 de agosto de 1789, na França. "Ela está intimamente relacionada com a Revolução Francesa
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Émile Durkheim: Sua obra e contexto histórico escrito por Ottamar Teske
TESKE, Ottmar (Coord). Sociologia: textos e contextos. Canoas: Ed da ULBRA,1999
Émile Durkheim
O texto Émile Durkheim: Sua obra e contexto histórico escrito por Ottamar
Teske trata sobre este pensador clássico que foi responsável por marcar a etapa mais decisiva na consolidação acadêmica da sociologia, contribuindo para emancipá-la das demais ciências e definindo com precisão o objeto, o método e a aplicação desta nova ciência.
Nascido na França, descente de rabinos, Durkheim, diferenciou-se se sua família, logo na adolescência, ao se tornar agnóstico, voltando-se a religião apenas pelo lado acadêmico. Contrariado com a formação religiosa e com a educação que recebeu, passou a se interessar pela sociologia científica, objetivando aprender os métodos científicos e os princípios morais que guiavam a vida social. Em seu país de origem, implantou o primeiro curso de ciência social em uma universidade, visando deter a degeneração moral que percebia na sociedade francesa. Publicou a tese A divisão do trabalho social e As regras do método sociológico.
Ao descrever a vida e os princípios desse pensador, o autor enfatiza a característica de não-conservador de Durkheim e afirma que diferente do pensamento de Karl Marx, para ele o socialismo representava um movimento que tinha como objetivo regenerar a moralidade na sociedade por meio de uma metodologia cientifica, sem interessar-se nem um pouco pelos procedimentos políticos e econômicos enfatizados por Karl Marx. Teske também, dá bastante atenção aos pressupostos básicos da teoria funcionalista de Durkheim e apresenta o objeto da sociologia definido pelo pensador: Fato Social. Que é conceituado por ele mesmo como toda maneira de agir, pensar e sentir, fixada ou não susceptível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então, que é geral no âmbito de uma sociedade, tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente de suas manifestações individuais. Portanto, para que um acontecimento seja considerado fato social o autor faz menção a três características necessárias:
-Ser exterior ao indivíduo, isto é, ser provindo da sociedade e não dos indivíduos, existindo independentemente da vontade do ser humano.
-Exercer uma coerção social sobre os indivíduos, ou seja, Ter um poder imperativo sobre as pessoas no seu modo de agir, de modo que estas devem apenas respeitar-las e não modificar-las.
-Ser geral, isto é, deve se repetir com a grande maioria dos indivíduos. O texto exemplifica esse conceito ao falar da nossa própria sociedade, na questão de que se um indivíduo não respeita as regras pré-estabelecidas (tais com moda, costumes, idioma, religião), este acaba sendo muitas vezes, rejeitado, independente da sua concordância com estas decisões já existentes.
Para analisar o social, Durkheim inspirou-se no positivismo, isto é, analisou a sociedade de forma objetiva, olhando o fato como se fosse um objeto, descrevendo o seu funcionamento de forma imparcial, neutra. Através dessa análise, procurou provar que os fatos sociais independem daquilo que pensa ou faz cada indivíduo em particular, provando assim, que os mesmos têm existência própria.Através dessa afirmação o autor do texto, observa que apesar das pessoas terem suas vontades próprias (consciência individual), existe implicitamente no interior de cada grupo um comportamento padrão, independe do que cada ser particular. Através disso, surge-se a idéia de consciência coletiva, que conforme Durkheim é definida como o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria.
Em sua obra A divisão social do trabalho, Durkheim abordou a solidariedade de modo a tentar compreender esta questão da consciência coletiva, de como ela consegue garantir a harmonia dentro da sociedade. Essa análise das relações entre os indivíduos e o grupo o qual eles vivem, objetivou analisar e entender as razões da solidariedade entre as pessoas, de onde vem esta coesão e como se conserva. A partir daí, surge-se a caracterização de solidariedade mecânica e solidariedadeorgânica. A primeira provém da sociedade précapitalista, que se mantém unida devido aos seus membros possuírem características iguais, de modo que nenhum individuo se diferencie. A coesão ocorre devido à uniformidade. Já a segunda é caracterizada pela divisão do trabalho, onde cada um possuifunções diferentes, forçando a necessidade de integração das pessoas. Analisando essas duas definições, o autor afirma que a solidariedade orgânica atinge o seu auge nas sociedades modernas, pois estas favorecem a especialização dos indivíduos e grupos, integrando-os em uma cadeia de dependência mutua.
A partir desses conceitos, Teske desencadeia oseu texto falando da anomia, definido por ele mesmo como a ausência de regras claramente definidas que regulem o comportamento dos indivíduos na sociedade, ou seja, anomia é um momento de desregularização, não há lei nem regras, os indivíduos sentem-se perdidos, sem valores de comportamentos para seguirem. Para Durkheim desse momento totalmente sem rumo, surge-se o suicídio anômio, que se produz devido ao enfraquecimento da moral coletiva e da ausência de uma legislação forte que regre as paixões causadas pela sociedade moderna.
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