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Ética no trabalho social

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Por:   •  5/11/2013  •  Relatório de pesquisa  •  4.924 Palavras (20 Páginas)  •  461 Visualizações

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ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL

INTRODUÇÃO

A origem da palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo de ser, caráter. No latim “mos”, quer dizer costume, de onde vem a palavra moral. Os dois indicam um tipo de comportamento propriamente humano, que é adquirido por hábito (ninguém nasce sabendo!), é uma questão de relações sociais e de cultura. Apesar de muitas vezes, no cotidiano, usarmos os termos como sinônimos na realidade não são. A moral é um conjunto de regras, normas e princípios que norteiam determinada sociedade, para Morin a moral tem dois tipos de alinhamento: o sentimento de responsabilidade e o sentimento de solidariedade. (2003, p.35), enquanto a ética é o estudo das diferentes morais, dos diferentes grupos sociais.

A ética é um ramo da filosofia que estuda o comportamento do homem, ela faz uma análise da moral nos diferentes períodos históricos e compara com a atualidade, buscando compreender as mudanças ocorridas nas regras sociais e suas conseqüências, levando a sociedade a refletir sobre essas mudanças.

"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta” (VALA, 1993, p.7). Ela é um agir de maneira correta, justa, harmônica, que não prejudique o outro, seja ele humano ou não. Ela não nos diz quando devemos fazer o bem, mas que devemos fazê-lo, pois, ele é um valor fundamental.

A tarefa da educação é transmitir os valores éticos para a sociedade, principalmente, para as crianças e jovens, tornando-os capazes de conhecer os elementos das relações e das situações sociais para intervir e transformá-las, no sentido de uma ampliação da liberdade, da comunicação e, também, da colaboração entre os homens. Na nossa atual conjuntura essa colaboração se faz cada vez mais necessária, milhares de pessoas sofrem e passam por privações por causa do desrespeito a dignidade humana e a coletividade, cada um fixa-se nas suas necessidades e desejos em detrimento do outro e das relações interpessoais.

Todos os temas referentes ao homem e ao meio ambiente são descutidos dentro da ética e atualmente a natureza tem tido grande destaque, pois, a degradação está alcançando índices alarmantes e somente com respeito e uso inteligente dos meios naturais é que poderemos reverter esse quadro de destruição.

Propomos uma reflexão que leve em conta as condições que fazem possível a vida, reconhecendo a biodiversidade não só em termos ecológicos e ambientais, mas pela trama dos elementos que a constituem e que fazem possível ver a vida como uma totalidade.

ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL NAS DÉCADAS DE 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e no INÍCIO DO SÉCULO XXI

O Serviço Social é uma profissão que intervem na realidade buscando a efetivação dos direitos sociais do coletivo, principalmente, dos mais excluídos pelo sistema. A profissão teve início no Brasil na década de 1930 e foi passando por diversos momentos, alguns até mesmo contraditórios.

As décadas de 1920 e 1930 são as bases para a implementação do Serviço Social no nosso país, o capitalismo monopolista está fortalecido e a exploração do homem já é marcante, a presença da Igreja Católica na fundação do Serviço Social também. As profissionais (pois, no início era uma profissão exclusivamente feminina) tinham que apresentar um comportamento moralmente correto para a época, participavam da Igreja, deveriam ter uma postura submissa em relação aos homens e aos capitalistas, que eram seus patrões, enfim, a profissão no início era tida como uma vocação, aquelas que tinham a vontade, o desejo de “ajudar o próximo”, que tivesse entre 18 e 40 anos, apresentassem um atestado de “moralidade”, serem de famílias “idôneas” entre outros requesitos poderiam inserir-se na profissão, que tinha um caráter humanista, de ajuda, filantrópico, para amenizar os conflitos sociais já gritantes na época.

Alguns acontecimentos mundiais e nacionais que favoreceram a implantação do Serviço Social no Brasil foram: a quebra da bolsa de valores de Nova Yorque, em 1929; New Deal, o plano de recuperação econômica de Franklin Roosevelt; surgimento dos movimentos totalitários como, facismo, nazismo, salazarismos, socialismo entre outros; ínicio da Segunda Guerra Mundial, em 1939. No Brasil, caida do Estado Oligárquico e instalação do Estado Burguês; golpe de Estado de Getúlio Vargas; Revolução Constitucionalista, em 1932; fim a política do café-com-leite; Estado Novo, em 1937. Todos esses acontecimentos geraram insegurança e desequilibrio na lógica capitalista o que desencadeou ainda mais desigualdades e problemas sociais. Para afastar a “ameaça” socialista, Getúlio Vargas apresentasse como o “Pai dos Pobres”, um governante preocupado com a coletividade, principalmente, os mais atingidos pelas desigualdades, mas na realidade seu governo foi ditatorial visando apenas a manutenção do capitalismo.

Em 1932, foi criado o CEAS (Centro de Estudos e Ação Social) que desempenhou uma importante função de qualificar os agentes para a realização da prática social. Em 1935, criação da ACB (Ação Católica Brasileira); Criação e ampliação de instituições sócio-assistenciais estatais, para-estatais e autárquicas para conter os problemas sociais e as revoltas populares.

Primeira escola de Serviço Social brasileira foi fundada em São Paulo, em 1936, no ano seguinte outra escola é aberta no Rio de Janeiro.

Na década de 1940, a profissão já está mais fortalecida, seguindo a corrente de pesamento positivista, de Augusto Comte, voltava o atendimento ao nível individual, os problemas sociais existiam porque as pessoas estavam desajustadas do sistema, então a profissão tinha a função de inserir ou reinserir esses indivíduos. Forte influência do Neotomismo e da Doutrina Social da Igreja, as encíclicas Rerum Novarum e Quadragesimus Annus estão muito presentes. A partir dessa década surgem novas escolas de Serviço Social, principalmente nas capitais.

Grandes acontecimentos marcaram está decada, entre eles estão: apogeu e o declínio do Holocausto (conflitos armados); término da Segunda Guerra Mundial, em 1945; ínicio da Guerra Fria; Criação da ONU (Organização das Nações Unidas), da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial; Plano Marshall, de recuperação econômica da Europa pós-guerra; desenvolvimento tecnológico; Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. O Brasil era ainda um país agrário,

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