A Geografia No Ensino Fundamental Trajetória Histórica E Preposições Pedagógicas
Artigos Científicos: A Geografia No Ensino Fundamental Trajetória Histórica E Preposições Pedagógicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: puff_sara • 11/9/2013 • 1.153 Palavras (5 Páginas) • 1.667 Visualizações
Introdução
Nos dias contemporâneos tem ocorrido uma renovação dos métodos utilizados na prática pedagógica do ensino da discilplina de Geografia especialmente no ensino fundamental, considerando a importância da busca da reflexão relacionada à realidade social vivida. Sendo esta matéria imprescindível para a formação de um cidadão crítico. Neste resumo elucidaremos a história da Geografia como disciplina escolar procurando compreender a sua configuração em distintos momentos e contextos da politica educacional brasileira.
A geografia Tradicional no Sistema do Ensino Fundamental
A partir das Leis Orgânicas do ensino primário e secundário que surgiu a geografia como disciplina escolar e neste início a geografia era tida como uma disciplina extremamente vinculada a conceitos prontos e incontestáveis e assim não constribuia em aspecto algum no quesito de transformação a partir do conhecimento. Deixando assim o aluno sem perspectiva de crítica e argumentação.
Em sala de aula esta disciplina era apenas resultado das teorias tradicionais de um estudo abordado sem nenhuma alteração há decadas, e não existia interação do aluno com o cotidiano vivido. A única e maior preocupação do ensino era somente conhecer decorando dados estatísticos, nomes de rios, países, capitais entre outros.
Esta visão pode ser considerada um tanto equivocada. Pois assim o aluno não consegue analisar a interferência constante que o homem desempenha no espaço geográfico, nem mesmo construir opiniões críticas sobre inúmeros assuntos que podem ser abordados em geografia.
O referencial tecnicista da educação – A Nova Geografia
Com o golpe militar houveram grandes mudanças no sistema educacional gerando reformas em meio a uma visão sistemica de educação. Em confronto com a geografia tradicional a partir da década de 60 as idéias foram alicerçadas no modelo tecnicista e assume o estudo se tornou crítico da sociedade e suas relações, principalmente na análise das classes. Foi uma época voltada para a formação de profissionais técnicos, o que implicaria em transformar a educação em um processo de produção para o trabalho. A disciplina de Geografia, que sofreu inúmeras distorções por acreditarem que ela não traria nenhum benefício para esta política.
A politica tecnocrática provocou grandes deformações no ensino escolar, inclusive na disciplina de Geografia, que sofreu inúmeras distorções por acreditarem que esta não teria nada a acrescentar a esta política. A partir disto fundiram-se as matérias história e geografia em estudos sociais.
O ensino de Geografia ficou mantido a partir da 7ª série, mas apenas como memorização de mapas, datas, rios, etc. A fim de reprimir a opinião dos cidadãos para que não houvesse construção de conhecimento e formação de opnião crítica para que não existisse abertura para possíveis resistências relacionadas ao regime militar.
A Redimensão do Processo Educacional – A Geografia Crítica
Em meados da década de 1970 em meio aos sinais de descontentamento e insatisfação houveram manifestações como forma de resistências às políticas impostas. Abrindo assim margens para uma nova fase de transformações.
Nas décadas de 80 e 90 a política educacional brasileira após várias críticas passa a ser repensada criando novos espaços de discussão e reflexão e organização de entidades e instituições científicas e culturais. A educação passa a ser vista de maneira reflexiva e compeendida como não apenas um elemento de reprodução, mas um elemento que propicie a transformação dessa sociedade.
Neste contexto principalmente da década de 80, as propostas de ensino tomam uma dimensão maior da ação pedagógica que culminaram com a elaboração das Propostas Curriculares, inclusive em Geografia, a qual passa a ter uma ação pedagógica redimensionada, onde o aluno é o alvo central do processo de construção do conhecimento, podendo conhecer a realidade em que vive através de proposições norteadoras.
O professor passa a ser uma ponte que liga o aluno ao conhecimento levando-o a refletir através da análise do espaço e tendo a geografia uma aliada na busca contínua do conhecimento e tranformações fornecidas através do próprio movimento da sociedade.
Assim o Ministério da educação
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