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A Geografia Pragmática

Por:   •  4/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  952 Visualizações

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A geografia crítica é uma das partes que integra o movimento de renovação do pensamento geográfico. Se pondo em uma posição analítica, vem fazer frente à Geografia existente (seja a Tradicional ou a Pragmática).

A geografia critica traz uma postura frente à realidade, frente à ordem imposta, nela os autores se colocam em uma posição onde se torne possível acontecer de fato uma metamorfose da realidade social, tendo em mãos o próprio saber como arma para alcançar esse objetivo. Estes têm a análise geográfica como um fator de libertação do ser humano no meio social. Uma das partes que integra o movimento de renovação do pensamento geográfico, reúne um conjunto de ideias que chamamos de Geografia Crítica. Ela se põe em uma posição totalmente analítica que vem por sua vez fazer frente à Geografia existente.

A geografia critica traz uma postura frente à alidade da sociedade atual, analítica a o que é imposto, nela os autores agem de forma com que aconteça uma transformação da realidade social, usando o conhecimento adquirido como arma para esse fim. Tendo o estudo geográfico como um instrumento de liberdade para a sociedade.

Os autores da Geografia Crítica retratam com críticas, o empirismo exagerado da Geografia Tradicional, como uma que manteve suas análises presas ao mundo das aparências, e todas as outras decorrências da fundamentação positivista.

O início desse processo crítico vai ainda mais além, apontando o conteúdo de classe da Geografia Tradicional. Seus autores mostram o trabalho dos geógrafos, como articulado às razões do Estado. Desmistificam, especificando como o discurso geográfico desapareceu sem que se percebesse, com as contradições sociais. Assim atingem seu aspecto ideológico, que tem a organização do espaço como harmônica. Tiraram as máscaras sociais contidas, trazendo à tona os compromissos sociais do discurso geográfico, seu caráter classista.  As razões da crise foram buscadas fora da Geografia.

Em seu livro “A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra” O autor, Yves Lacoste fez uma das críticas mais radicais da Geografia Tradicional. Nele Lacoste argumenta como saber geográfico se apresenta em dois planos: “Geografia dos Estados-Maiores” e a “Geografia dos Professores”. A primeira sempre existiu ligada a prática do poder. A geografia dos professores, posteriormente chamada de tradicional. Esta, tem uma dupla função: camuflar a “Geografia dos Estados-Maiores”, colocando o conhecimento como algo sem a menos serventia; assim, esconder o valor estratégico de saber pensar o espaço, tornando-o banal, para as pessoas. Em seguida temos, a “Geografia dos Professores” ela por sua vez levanta dados para a “Geografia dos Estados-Maiores”, e, assim, fornece informações mais precisas, sobre os variados lugares da Terra, sem gerar suspeita, pois tratar-se de um conhecimento eminentemente apolítico, e, ainda mais, inútil.

A crítica de Lacoste traz a Geografia como instrumento de dominação da burguesia, tendo grande potencial prático e ideológico, pondo em vista o seu caráter de classe. Deste modo, o questionamento das teses tradicionais, efetuado pela Geografia Crítica, é muito mais abrangente. Incide nas responsabilidades sociais e nos posicionamentos políticos em jogo, e leva para propostas de renovação, que levam a ruptura com a Geografia Tradicional. Lacoste classifica o próprio trabalho como “guerrilha epistemológica”. Este é o meio revolucionário da renovação do pensamento geográfico, agrupa aqueles que propõem a Geografia como mais um elemento na superação da ordem capitalista.

    Lacoste define, de forma objetiva, a postura da Geografia Crítica. Esta assume totalmente um conteúdo político, “a Geografia é uma prática social em relação à superfície terrestre”.

Então a renovação geográfica passou a ser tratada em termos de teoria e prática, como um fator de revolução, nela não basta explicar o mundo, se tem por dever modifica-lo. Se torna evidente a distância alcançada por esta posição, em relação à renovação expressa pela Geografia Pragmática.

A Geografia de denúncia não se concretizou com total eficácia a Geografia Tradicional, posteriormente se tornando problemática, se por um lado, se tinha uma visão de militância para os geógrafos conscientes, por outro não resolvia com êxito as questões internas dessa disciplina, ficando esta como, um estudo da projeção do modo de produção no espaço terrestre. Limitava-se a um estudo superficial, sem possibilidade de se pensar a respeito da essência dos problemas.

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