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A Globalização E Os Blocos Economicos

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Por:   •  23/11/2013  •  3.528 Palavras (15 Páginas)  •  480 Visualizações

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Na entrada ao terceiro milênio, o mundo está vivendo uma verdadeira revolução financeira e industrial.

Para empresas, bancos e homens de negócios, os continentes tornaram-se um só. As fronteiras, apesar de ainda constarem nos Atlas, estão sendo cada vez menos sentidas no mapa-múndi dessa nova realidade empresarial.

Empresas e mercadorias deixaram de ter sede ou pátria.

Bem no meio dessa revolução, que alterou radicalmente as técnicas de produção e a relação do homem com o trabalho, está o Brasil, país contraditório, onde setores arcaicos, como o têxtil e o calçadista, convivem com indústrias de tecnologia de ponta e robôs.

É a essa revolução que se dá o nome de globalização.

É um fenômeno irreversível, implacável, que veio para ficar e contra o qual não adianta lutar. Seus efeitos imediatos são predatórios. Mas, ao mesmo tempo, a globalização é capaz de levar aos países e às pessoas benefícios ainda não totalmente dimensionados, como o acesso a uma miríade de informações e a produtos das regiões mais distantes da Terra.

No processo de globalização, os países começaram a perceber que as negociações comerciais se tornariam mais eficientes se houvesse uma aproximação setorial de suas economias. Dessa forma, iniciou-se a formação de grupos de países, no princípio regionais (devido à proximidade de suas fronteiras), originando-se, assim, os atuais blocos econômicos mundiais.

A grande tendência atual da globalização da economia reflete-se, principalmente, numa tentativa de liberalização de barreiras alfandegárias e fiscais ao comércio internacional.

No final dos anos 80 e início dos 90, assiste-se a um grande processo de liberalização comercial, especialmente dos países em desenvolvimento, com o crescimento dos acordos e dos mecanismos de integração regional, tendo como principais exemplos o fortalecimento da Comunidade Econômica Européia, a criação do NAFTA na América do Norte, a Área de Livre Comércio Asiática e o Mercosul. Essa liberalização surge em função do próprio acirramento da concorrência internacional.

Estes acordos regionais são formalizados pela necessidade de ampliação do espaço econômico das empresas a fim de viabilizar a operação e a continuidade das inovações, constituindo-se em um processo intermediário dentro da tendência de globalização.

Os blocos não são unidades fechadas e interagem entre si mantendo relações comerciais interblocos, como no acordo comercial entre Mercosul e União Européia.

2.1.1 Blocos Econômicos nas Américas

NAFTA - North American Free Trade Agreement

ALADI - Associação Latino-Americana de Integração

MERCOSUL - Mercado Comum do Sul

CAN - Comunidade Andina (Antigo Pacto Andino)

CARICOM - Comunidade e Mercado Comum do Caribe

MCCA - Mercado Comum Centro Americano

ALCA - Associação de Livre Comércio das Américas

2.1.2. Bloco Econômico da Europa

UE - União Européia

2.1.3. Blocos Econômicos Asiáticos

ASEAN - Associação das Nações do Sudeste Asiático

APEC - Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico

CEI - Comunidade dos Estados Independentes

Tigres Asiáticos

2.1.4. Bloco Econômico da África

SADC - Southern African Development Community

NAFTA - NORTH AMERICAN FREE TRADE AGREEMENT

Como os Estados Unidos não tinham mais concorrência com a União Soviética e com o objetivo de desenvolverem suas empresas para que sobrevivessem, nasceu, em 1992, o NAFTA - North American Free Trade Agreement (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), reunindo os Estados Unidos, Canadá e México para consolidar um comércio regional já intenso. Com isso, este se tornou o segundo maior bloco econômico do mundo, tanto em termos populacionais (391 milhões de habitantes que compreendem consumidores de poder aquisitivo elevado), quanto em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) total (US$ 7,5 trilhões), perdendo apenas para a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC).

Prevê-se, como objetivo, que daqui a quinze anos (a partir de 1995) serão eliminadas, gradativamente, todas as barreiras tarifárias e alfandegárias existentes entre esses três países, fazendo com que dinheiro e mercadorias circulem livremente em toda esta área de acordo.

O NAFTA prevê uma conciliação visando a formação de uma zona de livre comércio para a atuação e proliferação das empresas em um espaço protegido. Contudo, não cria, até o presente momento, uma zona de livre circulação de mercadorias. Ele é um mercado desigual, pois o México, ao contrário dos Estados Unidos e do Canadá, apresenta um grande desnível social. Porém, as indústrias norte-americanas têm investido no país em busca da mão-de-obra mexicana, mais barata, e de incentivos fiscais dados pelo governo.

ALADI - ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO

Seguindo a tendência global de economia de bloco, lastreada no crescimento industrial ocorrido após a Segunda Guerra Mundial, foi formada, em fevereiro de 1960, a Associação Latino-Americana de Livre Comércio - ALALC. A ALALC nasceu do Tratado de Montevidéu, o qual foi assinados por Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, México, Paraguai e Peru. A ele aderiram, posteriormente, Colômbia, Equador, Bolívia e Venezuela.

A ALALC objetivava a eliminação, até 1980, do maior número possível de restrições comerciais existentes entre os países membros.

Vencido o prazo estimado, esta foi secundada pela Associação Latino-Americana de Integração - ALADI, criada pelo Tratado de Montevidéu, em 12 de agosto de 1980.

Este último tratado, que permanece inalterado até hoje, e em vigor, une a América Latina, inclusive o México, no desejo comum de promover um processo convergente, que conduza a um mercado comum regional. Porém, com a formação

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