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A Representação Espacial em Geografia

Por:   •  2/2/2017  •  Resenha  •  1.042 Palavras (5 Páginas)  •  1.235 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Instituto de Geo-ciências

Representação Espacial em Geografia

Luiza Rodrigues Jovino da Silva

INTRODUÇÃO

A partir de um conjunto de atividades didáticas, o respectivo trabalho tem como proposta ampliar e aprofundar um debate educacional sobre mudanças e produções [a]no território [b]com alunos do 3º e 4º ciclos do ensino fundamental (6º ao 9º ano) da Escola Municipal Jardim Montanhês, em Ibirité – MG.

O objetivo central é analisar, conforme materiais e métodos da Geografia – principalmente a linguagem gráfica, utilizando mapas, croquis, fotografias, perfis topográficos e imagem de satélite – e recortes espaço-temporais, as transformações do uso do solo em Ibirité de 1994 aos dias atuais, construindo uma percepção individual e coletiva dos alunos a respeito dos processos de construção do espaço geográfico e da paisagem da região escolhida.

A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E O ENSINO DE GEOGRAFIA SEGUNDO OS PCN

A Geografia, na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, procura não ser apenas centrada na descrição empírica das paisagens, tampouco pautada exclusivamente pela explicação política e econômica do mundo. Seu estudo consiste em trabalhar tanto as relações socioculturais da paisagem como os elementos físicos e biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações na constituição dos lugares e territórios.

É preciso que os alunos adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais atua este campo do conhecimento, de modo que possam não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar o conhecimento geográfico.

No caso específico do 3º e 4º ciclo do ensino fundamental, a Geografia consiste em aprimorar e incentivar a autonomia em relação às capacidades de observação, compreensão, comparação e representação dos espaços geográficos e suas paisagens. O desenvolvimento dessas capacidades auxilia uma análise mais ampla sobre as relações entre sociedade e natureza - sendo a observação e a caracterização dos elementos presentes na paisagem o ponto de partida -, suas implicações na construção do espaço, as múltiplas transformações desse espaço e suas causas, por exemplo, atividades sociais, econômicas, culturais ou questões políticas.

A paisagem revela uma dinâmica que combina tempo e ações, portanto, uma maneira interessante de iniciar a leitura da paisagem é mediante uma pesquisa prévia dos elementos que a constituem. Essa pesquisa pode ocorrer na sistematização das observações que os alunos já fizeram, apoiada na linguagem gráfica, como materiais fotográficos, mapas, croquis. Por esse levantamento inicial, o professor e os alunos podem problematizar, formular questões e levantar hipóteses que impliquem investigações mais aprofundadas e que produza uma comparação das diferentes leituras de um mesmo objeto, gerando confronto de ideias. É importante comparar uma mesma paisagem em tempos diferentes e descobrir como e por que mudou.

Dos Eixos apresentados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o que mais se aproxima da produção aqui apresentada é o Eixo 4: A CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO NA APROXIMAÇÃO DOS LUGARES E DO MUNDO, pois apresenta uma abordagem de estudo a partir da linguagem gráfica, mais especificamente, a cartografia.

A Geografia trabalha com uma pluralidade de métodos e de recursos didáticos e técnicos que permitem, em seus estudos e pesquisas, a aproximação com seu objeto de estudo. Nela, além das informações e análises que se podem obter por meio do uso da linguagem verbal, escrita ou oral, há, também, a possibilidade por meio da linguagem gráfica.

O nível de aprofundamento pretendido nos estudos, ou no ensino desses fenômenos que caracterizam os lugares (paisagens), exigirá o trabalho com a linguagem gráfica por meio da produção e leitura de mapas, por exemplo. Não se pode perder de vista que a função social da linguagem gráfica é a de comunicação de informações sobre o espaço, ou seja, deve haver situação comunicativa, para que a atividade seja significativa e ocorra aprendizagem. Na cartografia, por exemplo, algumas noções são básicas em sua alfabetização, tais como: coordenadas geográficas, alfabeto cartográfico (ponto, linha e área), a construção da noção de legenda, a proporção e a escala. Sugere-se também uma ampla utilização dos mapas de diferentes tipos para questionar, analisar, comparar, organizar, correlacionar dados que permitam compreender e explicar as diferentes paisagens e lugares.

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