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ANALFABETISMO FUNCIONAL

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Por:   •  21/5/2014  •  1.363 Palavras (6 Páginas)  •  727 Visualizações

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Roseli Beatriz Lucas Pandorf RA: 1405438

ANALFABETISMO FUNCIONAL

São Leopoldo, maio 2014.

SUMÁRIO

1 Introdução.......................................................................................... 2

2 Texto: Analfabetismo funcional......................................................... 3

3 Análises.............................................................................................. 4

4 O que é analfabetismo funcional........................................................ 4

5 Por que isso ocorre e como resolver essa situação?........................... 4

INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz a baila um assunto muito sério decorrente dos problemas educacionais em nosso país que é o ANALFABETISMO FUNCIONAL. A contextualização ocorrerá a partir de um texto escolhido pelo grupo de Geografia, cuja autoria é do renomado escritor Celso Antunes.

Analfabetismo funcional

Caio acabou de completar dez anos. “Já está completamente alfabetizado!” Garante orgulhoso, seu pai. Um dia, resolvo aferir. Chamo-o a minha sala onde sobre a mesa quatro revistas de atualidades se esparramam. Passo então a tarefa: - Caio, por favor, leia em voz alta para mim o nome das revistas!

- Ah, isso é fácil.

Olha atentamente para cada capa e depois de algum tempo, soletra: VE-JÁ, É-PO-CA, CA-R-TA, ISTO E. Esquece o acento na última, mas olha orgulhoso para mim.

- Parabéns, Cássio. Vejo que você já sabe ler o nome dessas revistas. Diga, agora, o que significam esses nomes?

Não entendeu a pergunta. Insisti:

- Por quê são nomes de revistas? Não poderiam, por exemplo, serem nomes de uma borracharia, uma lanchonete, um salão de barbeiros? Achou que sim, sua alfabetização não permitia atribuir significação ao nome. Sempre brincando, provoquei:

- Caio, faça de contas que esses nomes ficam proibidos de serem usados, mas os redatores querem um nome semelhante! Que nomes dariam? Não entendeu a pergunta, não sabia o que era “redator”, não imaginava que “semelhante” seria o mesmo que “igual”.

Reformulei a questão, já sem esperança. Meu pessimismo se confirmou ainda que eu não o demonstrasse. Para Caio, aglutinar sílabas era possível, mas representava tarefa irreal associar a palavra ao seu significado, quanto mais a possíveis sinônimos. Insisti:

- Vamos fazer uma brincadeira, Caio. Vou apresentar vários nomes e gostaria que você escolhesse o que melhor poderia ser utilizado, caso a palavra “Época” fosse um palavrão. Vamos lá: “Olhe”, “Fase”, “Perceba”, “Portanto”, “Período”, “Tempo”...

- Já escolhi. Achei legal “Perceba”...

- Bem, Caio. Gosto não se discute, mas porque “Perceba”? Essa palavra não ficaria melhor como nome de uma das outras duas revistas?

- Claro. É um nome legal...

- Caio, se por acaso você tivesse um são de beleza, acha que o nome “Perceba”, ficaria bem?

Caio não entendeu minha pergunta e, ao sentir que já começava a se chatear mudei de assunto. Perguntei sobre as coisas que gosta e indaguei sobre sua escola. Respondeu sorrindo:

- Já estou no quarto ano. Sabia que sou o melhor aluno da classe. A menor nota que eu já tirei foi um oito, em História! Completou.

Autor: Celso Antunes

Análises

O QUE É ANALFABETISMO FUNCIONAL?

A UNESCO define analfabeto funcional como toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como lê e escreve frases simples, efetua cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar ideias no papel por meio da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas.

O INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional), do Instituto Paulo Montenegro, órgão ligado ao IBOPE, define assim:

“(...) é considerada alfabetizada funcionalmente a pessoa capaz de utilizar a leitura e escrita e habilidades matemáticas para fazer frente às demandas de seu contexto social e utilizá-las para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida.”

No Brasil, o índice de analfabetismo funcional é medido entre as pessoas com mais de 20 anos que não completaram quatro anos de estudo formal. O conceito, porém, é variável entre países. Calcula-se que no Brasil 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente. Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos, sem qualquer habilidade de leitura ou escrita. Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo.

POR QUE ISSO OCORRE E COMO RESOLVER ESSA SITUAÇÃO?

O processo que leva uma pessoa a ser um analfabeto funcional ainda é um tanto desconhecido. Alguns pesquisadores

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