Análise sobre o filme Lemon Tree
Por: Cauê Corrêa • 20/9/2015 • Dissertação • 924 Palavras (4 Páginas) • 2.002 Visualizações
COLÉGIO EQUIPE Cauê Sekiguchi LEMON TREE |
Trabalho de análise do filme a partir de questões passadas em sala de aula. |
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Trabalho apresentado ao Colégio . Equipe como requisito parcial para elaboração do curso de Geografia.
Professor Antonio Carlos
Cauê Corrêa
Nº 4, 3ºano A
Lemon Tree é um filme de 2008 do cineasta israelense Eran Riklis baseado em fatos reais. Nele há uma discussão sobre a eterna guerra travada entre israelenses e mulçumanos, a partir de conflitos religiosos e territoriais.
O longa conta a história de Salma Zidame, uma viúva palestina que reside na fronteira entre Israel e a Cisjordânia, cujo sustento é oriundo do cultivo do pomar de limoeiros que herdou de seu pai. Sua vida muda drasticamente a partir do momento em que o Ministro da Defesa de Israel, Israel Navon, passa a ser seu vizinho. O ponto é que, segundo o serviço de segurança do Ministro, os limoeiros devem ser cortados, por formarem um local apto a tornar-se esconderijo de terroristas, ameaçando a segurança de Navon e sua família.
Entre os temas propostos pelo filme, estão a destruição dos limoeiros e a construção do Muro da Cisjordânia. O primeiro não é apenas um conflito estritamente relacionado ao valor sentimental que a plantação tem para Salma, nem apenas pela remuneração – até porque, uma indenização seria dada à ela –, mas de certa forma, retrata a sangrenta guerra entre os judeus e os árabes, que teve origem após o estado de Israel ser criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para que os judeus pudessem viver tranquilamente. Entretanto, isto foi feito em um local já habitado pelos árabes, gerando desapropriação e perda de identidade dos árabes com aquelas terras. Porém, no filme, todo esse conflito é representado de forma suave, através de processos jurídicos, além de descrever o preconceito muito presente entre as duas etnias. Está metáfora fica muito clara, por exemplo, na frase preferida por Zaid Daud, advogado da viúva: “Vencemos e toda nação palestina vencerá”.
Já o muro, é uma construção por parte do Estado de Israel, e tem como finalidade protegê-lo de ações terroristas dos palestinos e separar os dois estados, mas aparentemente é apenas uma justificativa para poder delimitar o território palestino.
Uma possível analogia a ser feita é a do muro – divisor de duas culturas divergentes, duas histórias, duas religiões – e a relação entre Salma Zidame e Mira Navon, esposa de Israel Navon, pois mesmo que exista uma curiosidade mútua em se conhecerem, isto não ocorre devido à esta diferença cultural e religiosa. Mesmo assim, ambas continuam com suas fortes características, e no final das contas, o que cada uma quer é vivem em paz, na sua vida e na sua crença – mesmo que com dilemas em sua religião, como Salma que, mesmo contra os princípios religiosos, anda ao lado de seu advogado após a morte do seu marido – e buscar sua felicidade, seja em um limoeiro herdado de seu pai, seja em uma vida repleta de luxo.
Mesmo em culturas tão diferentes, em ambos os lados do muro, há uma mulher charmosa, vaidosa, com problemas com os filhos, solitária – uma por ainda conviver com a perda de seu marido, e a outra por ter um marido tão atarefado – e com pouca voz na sociedade por ser do sexo feminino; as semelhanças são diversas. As duas culturas, assim como as mulheres, de certa forma buscam apenas o bem para seu povo, e isso se dá muito na briga por território, sempre conservando sua religião.
É possível então, entender as mulheres como reflexo do seu respectivo lado do muro. A viúva representa a Palestina; é oprimida e o que a pertence é tirado dela pelo lado mais poderoso, ou seja, o israelense, representado pela mulher do ministro.
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