As Regioes De Goias

A região do Araguaia recebe milhares de turistas anualmente durante o mês de julho, quando as aguas baixam e formam lindíssimas praias. Também as regiões da Chapada dos Veadeiros e das aguas quentes recebem muitos turistas.

Já o Sudoeste Goiano não recebe tanto turista assim, mas é conhecido como a região de maior produção de grãos de Goiás, e por causa da aglomeração de pessoas. O nordeste Goiano, no entanto, tem sido mostrado constantemente nas manchetes dos jornais como a região mais pobre do estado de Goiás.

A palavra região assume a forma de substantivo. Assim ela existe e por isso e reconhecida, localizada e descrita pela imprensa, pelas comunidades locais, pelas prefeituras, pelos órgãos de planejamento, pelos sucessivos governos e pela sociedade como um todo. Desse modo, todos nós conhecemos e somos capazes de atribuir características (pobre, rica, violenta, seca, verde, povoada, etc.) a uma ou outra região.

Muitas vezes a região é utilizada para reproduzir imagens distorcidas e preconceituosas a partir do discurso metonímico, ou seja, aquele que pega um traço, uma especificidade qualquer como a violência, a pobreza ou a riqueza e generaliza, como se fosse sua identidade, representando de forma homogênea toda a diversidade da região.

Se falamos em região é porque há, sob diferentes aspectos diferenciação territorial. Isso quer dizer que o território não é plano e muito menos homogêneo.

Pela sua diversidade social, econômica e ambiental, nosso estado é constituído de diversas regiões, assim se configurando, de maneiras diferentes, ao longo de sua historia. Quando falamos em região estamos pensando em uma porção do território caracterizada por alguns aspectos que lhe atribuem individualidade em relação aos demais espaços.

Também temos regiões econômicas, marcadas por uma atividade que lhes dá destaque diante do restante do estado ou país. A região de Goiânia é individualizada pelo peso demográfico, pela atividade econômica e pela importância politica em relação ao restante do estado.

A regionalização, de forma simples, pode ser entendida como processo de recorte propriamente dito. Regionalizamos o espaço de acordo com os critérios que consideramos ser a região.

Uma adequação dos limites administrativos dos municípios e estados aos critérios naturais. Em muitos casos, a própria divisão dos municípios segue, por exemplo, os cursos dos rios.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem sido desde a década de 1940 o órgão responsável pela regionalização do Brasil. Para isso o IBGE teve de construir uma base de dados estatísticos (econômicos e populacionais) que pudessem servir como instrumento de planejamento e administração.

A regionalização também teve um papel importante no ensino, na medida em que o Brasil passou a ser ensinado a partir de suas regiões oficiais e não dos estados como unidades isoladas.

Atualmente o estado de Goiás é regionalizado, segundo critérios do IBGE, em 5 mesorregiões e 18 microrregiões geográficas. As regiões do IBGE seguem os limites administrativos municipais, o que facilita o trabalho com os dados e indicadores socioeconômicos. É assim em todos estados do Brasil. Os estados brasileiros são divididos em mesorregiões geográficas, que são por sua vez, subdivididas em microrregiões geográficas. Em todo o Brasil existem 137 mesorregiões e 558 microrregiões, formadas a partir da agregação dos 5.507 municípios brasileiros.

Os nomes das regiões revelam as características e os fatores que tiveram influencia na sua conceituação. A regionalização da década de 1970, notamos que não havia sequer uma região em Goiás com o nome de município, mas sim marcadas por fatores naturais, como Serra do Caiapó, Alto Araguaia.

As mudanças ocorridas na regionalização e na própria denominação se verificam com as transformações econômicas e sociais das ultimas décadas.

Mas o IBGE não é o único a regionalizar Goiás. O governo do estado, por intermédio