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Caracterização morformétrica da bacia hidrográfica do rio Ipanema-PE/AL

Por:   •  10/11/2019  •  Projeto de pesquisa  •  2.272 Palavras (10 Páginas)  •  345 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE[pic 1]

CAMPUS GARANHUNS

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

José de Barros Silva Neto

Caracterização morformétrica da bacia hidrográfica do rio Ipanema-PE/AL

                                                                  Garanhuns – PE

2019

José de Barros Silva Neto

Caracterização morformétrica da bacia hidrográfica do rio Ipanema-PE/AL

Trabalho do Pré-projeto de Curso apresentado à Universidade de Pernambuco, Campus Garanhuns – PE como requisito final para a obtenção da nota da disciplina Elaboração de projeto de pesquisa.

Orientador: Prof. Dr. Daniel Dantas Moreira Gomes.

 

 

 

 

 

Garanhuns – PE

2019

INTRODUÇÃO

        Para compreender toda a importância de uma bacia hidrográfica tem que se entender o que é uma bacia, segundo Granell-Pérez, (2001). “A bacia hidrográfica ou a bacia de drenagem é constituída pelo conjunto de superfícies que, através de canais e tributários, drenam água de chuva, sedimentos e substâncias dissolvidas para um canal principal cuja vazão ou deflúvio converge numa saída única (foz do canal principal num outro rio, lago ou mar). ”

         Por isso a  importância de fazer vários estudos sobre ela desde da parte física, suas interações com o lugar e como é utilizada na sociedade, neste sentido  o estudo da análise morfométrica de uma bacia hidrográfica é de grande valor cientifico, por ser um ponto de partida para entender a rede hidrológica e toda a dinâmica ligada a ela desde a parte física até sua estrutura geomorfológica, com a obtenção de vários dados que são analisados, ocorrendo desta forma uma compreensão em escala local ou regional, e que podem servir para o planejamento e manejo delas.

Para Dantas, ET AL. (2014, Pág. 2), “Nesse sentido é importante considerar as características morfométricas da bacia hidrográfica, analisando-a de forma sistêmica e considerando-a de forma integrada, pois essas características refletem inúmeros processos de sua evolução e determina sua capacidade de suporte a ocupação, possibilitando o melhor aproveitamento dos recursos naturais e um diagnóstico adequado sobre os mesmos. ”

Desta forma não se pode fazer o estudo de forma separada do resto do ambiente, mas sempre relacionando a bacia hidrográfica com os vários aspectos que estão fazendo toda a dinâmica do funcionamento dos sistemas bióticos e abióticos, juntamente com os processos endógenos e exógenos que modelam o meio em que se encontra.

A palavra morfometria tem sua etimologia Morfo + Metro + Ia , ou seja, essa análise tem como princípio estudar as medida das formas físicas e dos fenômenos terrestres. No qual “a análise morfométrica corresponde a um conjunto de procedimentos que caracterizam aspectos geométricos e de composição dos sistemas ambientais, servindo como indicadores relacionados à forma, ao arranjo estrutural e a interação entre as vertentes e a rede de canais fluviais de uma bacia hidrográfica” (CHRISTOFOLETTI, 1999)

         Complementando essa ideia de Christofoletti, para Lima e Fontes (2015, Pág. 205),"Os estudos sobre a morfometria complementam os estudos sobre as bacias hidrográficas, sobretudo por apontarem diretrizes para planejamento e a gestão de sua área."  

Nesta perspectiva o presente trabalho tem como objetivo caracterizar a Bacia do rio Ipanema com os indicadores morfómetricos, no qual foram 14 indicadores, categorizados em analises linear, areal e hipsométrica e Declividade.

OBJETIVO GERAL

Fazer a caracterização da bacia hidrográfica, com analise morfométrica para compreender toda a dinâmica e características físicas do mesmo, e possibilitar um monitoramento e ser usada de forma racional e desta forma evitar problemas futuros.

OBJETIVO ESPECIFIVOS

Entender a contribuição da Hidrogeografia no conhecimento da estrutura e suas características da bacia hidrográfica do rio Ipanema-PE/AL.

Analisar a bacia hidrográfica a partir de sua localização para compreender a importância da mesma para a região que se encontra.

Buscar formas de monitoramento de uso racional da água para preservar do objeto e diminuir os impactos ocorrentes nela.

MATERIAIS E MÉTODOS 

O trabalho terá como início o levantamento do tema analise morfómetrica em teses, dissertações e artigos científicos, logo após as leituras ocorrerá a obtenção de cenas  do SRTM no site do TOPODATA, em que fornece as cenas com resolução de 30 m, fundamental para a proposta da pesquisa.

Logo após esta primeira e segunda etapa será utilizado o Software Arcgis 10.4 com a ferramenta ArcToolbox para fazer as analises morfómetricas possibilitando fazer a delimitação da bacia hidrográfica do rio Ipanema, e consequentemente todas as outras etapas no mesmo SIG que foi fator fundamental para obtenção dos dados e da elaboração dos mapas.

Depois da delimitação da bacia, ocorrerá as etapas de formação com a ferramenta Spatial Analyst Tools (Hidrologye e Conditional), desta forma obterá a área da bacia, perímetro, a sua forma, padrão de drenagem, a hierarquia de drenagem, direção dos rios, ordenamento dos cursos de drenagem, comprimento do rio principal, coeficiente de manutenção

Para fazer a análise morfómetrica da bacia do rio Ipanema será utilizados 14 indicadores:

  1. Área (A): Segundo Machado e torres (2012, Pág. 53), “A área da bacia, também designada como área de contribuição, corresponde a toda a área drenada pelo conjunto do sistema fluvial em projeção horizontal, inclusa entre seus divisores topográficos.
  2. Perímetro (P):  Segundo Machado e torres (2012, Pág. 53), “corresponde à extensão da linha que a limita, ou seja, corresponde ao comprimento dos limites estabelecidos pelos divisores de agua.
  3. Índice de Circularidade (Ic): Relação entre a área da bacia e a área do círculo de mesmo perímetro que ela, em que 0 significa mais estreita e alongada e 1 totalmente circular. Formula: Ic = A/Ac, Ic: Índice de Circularidade, A: área da bacia, Ac: círculo correspondente da bacia.
  4. Densidade de Drenagem (Dd): “informa o comprimento (em Km) de canal fluvial disponível para drenar cada unidade de área da bacia (km2)” segundo GRANELL-PÉREZ, 2001). Formula: Dd = La/A, Dd: Densidade de drenagem, La: comprimento total dos canais e A é a área da bacia hidrográfica.

Tabela 1: Classes de interpretação para valores da Dd Fonte: Beltrame (1994, p.84)

Classes de valores (Km/Km2)                                            Interpretação

Menor que 7,5                                                            Baixa densidade de drenagem

Entre 7,5 e 10,0                                                          Média densidade de drenagem

Maior que 10,0                                                           Alta densidade de drenagem

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