Cartografia E Relevo
Exames: Cartografia E Relevo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: olivi.mo99 • 29/11/2014 • 1.442 Palavras (6 Páginas) • 540 Visualizações
Para a prática da ciência cartográfica é de fundamental importância a utilização de recursos técnicos, e o principal deles é a projeção cartográfica. A projeção cartográfica é definida como um traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.
A representação da superfície terrestre em mapas, nunca será isenta de distorções. Nesse sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor científico à cartografia.
No entanto, nenhuma das projeções evitará a totalidade das deformações, elas irão valorizar alguns aspectos da superfície representada e fazer com que essas distorções sejam conhecidas. Entre as principais projeções cartográficas estão:
- Projeção Cilíndrica: o plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
- Projeção Cônica: a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos são linhas retas convergentes para os polos. Nessa projeção, as distorções aumentam conforme se afasta do paralelo de contato com o cone. A projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre.
- Projeção Plana ou Azimutal: a superfície terrestre é representada sobre um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos, retos que se irradiam do polo. As deformações aumentam com o distanciamento do ponto de tangência. É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.
- Projeção Senoidal: executada por Mercator, Sanson e Flamsteed, tem os paralelos horizontais e equidistantes. Trata-se de um tipo de projeção que procura manter as dimensões superficiais reais, deformando a fisionomia. Esta deformação intensifica-se na periferia do mapa.
- Projeção de Mercator ou Projeção Cilíndrica Conforme: conserva a forma dos continentes, direções e os ângulos verdadeiros. Muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica.
- Projeção de Peters ou Projeção Cilíndrica Equivalente: não mantém as formas, direções e ângulos, conserva a proporcionalidade das áreas, preservando as superfícies representadas.
- Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse, proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos.
- Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa, e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem como os ângulos azimutais.
- Projeção de Robinson: é uma representação global da Terra. Os meridianos são linhas curvas (elipses) e os paralelos são linhas retas.
Em cartografia, as curvas de nível são representações do relevo produzidas através da utilização de linhas imaginárias (chamadas de linhasaltimétricas, quando na superfície, e linhas batimétricas, quando abaixo do nível do mar). Elas possuem o mérito de representar em uma superfície plana os desníveis e a declividade topográfica.
O emprego da técnica de curvas de nível é recomendado em áreas com escala grande, ou seja, em áreas pequenas, em que o nível de detalhamento costuma ser maior. Assim, podemos ter a área de uma vertente sendo representada separando-se as altitudes ordenadamente, de forma que cada altitude representa
Repare no mapa acima que, quanto mais afastadas as curvas de nível, menor é a declividade, isto é, menos íngreme é o terreno. Ao contrário, quanto mais próximas as curvas, maior é a declividade do local.
Outra consideração necessária é o fato de que todos os pontos localizados sobre uma mesma linha possuem uma igual altitude, sendo essa uma das maiores importâncias dessa técnica de representação cartográfica. O valor dessa altitude é sempre tomado em relação ao nível do mar e é representado pela numeração descrita logo acima da curva, geralmente em metros.
As curvas de nível tendem a ser paralelas entre si e raramente se cruzam, o que só ocorre quando há algum tipo de acidente geográfico incomum, como um barranco, ou seja, quando elas se tocam, é porque uma determinada altitude encontra-se sobre a outra.
Além dessas propriedades, é possível notar que as curvas de nível jamais se bifurcam
Produzir mapas topográficos em curvas de nível, principalmente de áreas um pouco maiores, requer muito trabalho na coleta de dados, como o das altitudes, envolvendo uma rigorosa precisão matemática. No entanto, com os avanços tecnológicos no campo da cartografia, tanto com a aerofotogrametria quanto com as projeções de satélites, muitas vezes esse tipo de mapa é produzido quase que automaticamente, o que facilita estudos geológicos e geomorfológicos sobre a superfície terrestre.
As Escalas representam, de forma gráfica, um mapa e a realidade do espaço geográfico real, com isso os mapas podem utilizar duas escalas, numérica ou gráfica.
- Escala numérica: É representada em forma de fração 1/10.000 ou razão 1:10.000, isso significa que o valor do numerador é o do mapa e o denominador é o valor referente ao espaço real.
Ex: 1:10.000, cada 1 cm no papel (mapa) corresponde a 10.000 cm no espaço real.
- Escala Gráfica: Representa de forma gráfica a escala numérica. Cada unidade da escala, ou seja, 1 cm representa 50 km no espaço real.
Assim como os mapas servem para localização e orientação, existem outros instrumentos, vamos analisar especificamente a Rosa dos ventos, conhecida como Pontos cardeais, colaterais, subcolaterais e intermediários.
Pontos cardeais
Norte (N)
Sul (S)
Leste (L)
Oeste (O)
Pontos Colaterais
Noroeste (NO)
Nordeste
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