Classificações do relevo
Por: karol2316 • 18/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.433 Palavras (6 Páginas) • 610 Visualizações
AS CLASSIFICAÇÕES DAS FORMAS DO RELEVO BRASILEIRO.
Introdução:
O relevo são as formas da superfície da terra, e pode ser influenciado por agentes internos ou externos. Ou seja, é o conjunto de formas da crosta terrestre, que se manifesta desde o fundo dos oceanos até a superfície da terra.
O relevo brasileiro foi classificado de três formas por geógrafos sendo eles: Aroldo de Azevedo, Aziz N. Ab`Saber e Jurandir L. S. Ross. Para Aroldo de Azevedo o relevo brasileiro se classifica basicamente no estudo das formas, levando em conta as cotas altimétricas isto é, a fisionomia, unindo ao tipo de estrutura geológica a qual a região se localiza. Critério geomorfológico.
Aziz N. Ab`Saber, classifica o relevo brasileiro com o critério geomorfoclimático, ou seja, que explica a formação do relevo pela ação dos climas sobre as rochas.
Para Jurandir L. S. Ross o relevo se classifica através dos critérios, morfoestrural, morfoclimático e morfoescultural. Ou seja pela estrutura geológica, pela ação do clima e por agentes externos.
Desenvolvimento:
Aroldo de Azevedo criou a primeira classificação do relevo brasileiro em 1949. Ele utilizou o critério geomorfológico pra classificar o relevo. Estabeleceu um limite de 200 metros para determinar o que seria planalto em relação ao que seria uma planície. Considerando as cotas altimétricas, definida por ele, ele conceituou que:
● Os planaltos são terrenos levemente acidentados, com mais de 200 metros de altitude.
● As planícies são superfícies planas com altitudes inferiores a 200 metros.
Devido a esses critérios ficou comum a denominação como planaltos cristalinos, formados por rochas magmáticas ou metamórficas, e planaltos sedimentares, formados por rochas sedimentares.
Dessa forma criou o seguinte mapa para descrever o relevo brasileiro: [pic 1]
A classificação criada por Aroldo Azevedo, é a mais antiga e está bastante desatualizada, mas continua sendo utilizada pelos seguintes motivos: A preocupação com o tratamento coerente as unidades de relevo, dando mais atenção a terminologia geomorfológica; A identificação de áreas individualizadas e a simplicidade e originalidade da seu trabalho.
A classificação segundo Aziz N. Ab`Saber é baseada apenas na ação de agentes internos e externos, que atuam sobre os elementos da natureza, como: clima, solo, hidrografia, vegetação e etc. Principalmente a ação do clima sobre as rochas e tectonismo como um agente interno. Segundo essa classificação o relevo brasileiro resulta principalmente da ação das forças internas da terra e da sucessão de ciclos climáticos.
Aziz observou a evolução do clima para realizar a classificação do relevo brasileiro, para isso envolveu também o estudo dos paleoclimas.
Classificou da seguinte maneira:
● Planaltos é a superfície aplainada, onde o processo erosivo estaria predominando sobre e sedimentar.
● Planície é o contrario dos planaltos, ou seja, onde processo sedimentar predomina sobre o erosivo, independente das cotas altimétricas.
Nessa divisão o relevo brasileiro passou a ser dividido em 10 unidades, sendo 7 planaltos e 3 planícies, ou seja 75% planaltos e 25% planícies. Como demonstra o mapa a seguir desenvolvido por Aziz:
[pic 2]
As principais diferenças ocorridas nas unidades dos planaltos em relação a classificação anterior feita por Aroldo de Azevedo, são:
- Houve uma redistribuição das áreas territorial do planalto central, parte deles foram sedidos para compor as novas áreas de relevo, como: Planalto do Maranhão Piauí; Planaltos leste e sudeste.
- Renomenclatura e redistribuição do planalto Atlântico que foi dividido em duas novas unidades: Planalto Nordestino e Planalto Leste e Sudeste.
- Nessa classificação o Planalto- Uruguaio- Sul- Rio- Grandense é uma planalto pois perde sedimentos, na classificação anterior de Aroldo era a planície do Pampa pois está abaixo de 200 metros.
E as principais mudanças ocorridas nas unidades das planícies são:
- A planície costeira que passa a se chamar planícies e terras baixas costeiras.
- E a planície amazônica que passa a se chamar planícies e terras baixas amazônicas
- A planície dos pampas deixa de existir e se torna o planalto Uruguaio- Sul- Rio- Grandense.
O termo planícies se refere as várzeas dos rios, onde a sedimentação é intensa, e as terras baixas aos baixos planaltos ou platôs de estrutura geológica sedimentar.
Jurandir L. S. Ross classificou os relevos brasileiros associando informações sobre o processo de erosão e sedimentação dominantes (critérios geomorfoclimáticos), informações da base geológico-estrutural do terreno com o nível altimétrico (critério geomorfológico). Segundo os seguintes critérios:
- Critério morfoestrutural: estrutura geológica, segundo as características morfoestruturais ele classificou o relevo em três níveis: considera a altimetria da superfície, considera a estruturação das macro-unidades: base geológica e classifica em planalto, planície ou depressão.
- Critério morfoclimático: ação do clima, considera o processo de inteperísticos.
- Critério morfoescultural: agentes externos, considera o processo de erosão.
A classificação do relevo brasileiro feita por Jurandir Ross, nas décadas de 80 e 90, foi feita com base em imagens de radar. Ele propôs a criação de uma terceira macro-unidade além dos planaltos e planícies, as depressões, e as unidades de relevo foram para quase 30 unidades.
Os planaltos são superfícies acima dos 300 metros de altitude que sofrem desgaste erosivo. Contem formas de relevo irregulares como morros serras e chapadas.
Planícies, uma superfície plana com altitude inferior a 100 metros, formada pelo acumulo de sedimentos de origem marinha, fluvial e lacustre.
Depressões: superfícies entre 100 e 500 metros de altitudes sendo mais planas que os planaltos e mais rebaixadas que as áreas ao entorno, e sofre desgaste erosivo e apresentar elevações residuais como inselbergs e planaltos residuais.
Jurandir Ross apresenta o seguinte mapa para demonstrar sua classificação:
[pic 3]
As mudanças ocorridas foram:
● Planaltos: são formas de relevo elevadas com altitudes superiores a 300 metros, marcadas por escapas onde o processo de desgaste é superior ao acúmulo de sedimentos. Pode ser encontrado em qualquer estrutura geológica. Nas bacias sedimentares eles se classificam pela formação de escarpas nas regiões de fronteiras com as depressões. Quanto a estrutura geológica, podemos considerar alguns tipos gerais de planaltos:
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