Componente Curricular: Prática de Ensino em Geografia III

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Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Departamento de Educação – Campus XI

Curso: Licenciatura em Geografia

Componente Curricular: Prática de Ensino em Geografia III

Professoras: Dra. Jussara Fraga Portugal

Narrativa Autobiográfica

Traduzindo-me em palavras: histórias de uma vida

 

 “A vida não é a que a gente viveu, mas a que a gente recorda e como recorda para contá-la.”

Márquez (2004, p. 3)^[1]

Narrador (a): Alan Barbosa Barros 

Meu nome é Alan Barbosa Barros. Nasci na cidade de Biritinga, no interior da Bahia, no dia 16 de julho de 1997. Meus pais se chamam José de Oliveira Barros e Lucília Barbosa Barros. Sou o filho mais novo e tenho mais duas irmãs, Simone (24 anos) e Aline (31 anos). Nos primeiros anos da minha vida fui criado pelas minhas irmãs, pois minha mãe trabalhava o dia todo, até hoje considero a minha irmã mais velha como uma “segunda mãe”.

Estudei em quatro escolas, todas no município de Biritinga e em todas fiz grandes e inesquecíveis amigos. Desde muito cedo minha mãe me incentivou nos estudos e me alfabetizou em casa, aos 5 anos ingressei na Escola Frutuoso Teixeira localizada na Fazenda Roça do Mato, por já saber ler e escrever avancei para a segunda série. Cursei a terceira e quarta série na Escola Nossa Senhora das Graças, situada na Fazenda Barrocão. Nesse período conheci Luana Souza e iniciava-se então uma grande amizade e parceria não só nos estudos, mas em grandes e marcantes momentos da minha vida, desde então ela me acompanhou em todo o meu percurso escolar e até hoje me acompanha na graduação, fazendo parte ativamente da minha trajetória.

Para cursar o ensino fundamental II fui transferido para o Colégio Municipal de Biritinga, na sede do município, de início sofri para me adaptar à nova escola e também sofri preconceito por ser oriundo da zona rural, mas com o tempo superei os desafios e me acomodei com a nova realidade. Paralelamente a esse período, minhas irmãs começaram a trabalhar no mercadinho da minha tia e eu sempre ficava lá brincando, passava os finais de semana inteiros na casa da minha tia, brincando com minhas primas e primos.

Me recordo das noites em que a família quase toda ficava reunida, a casa de vó ficava lotada da criançada, os mais velhos contando histórias para assombrar os mais novos, as tias preparando pipoca para todo mundo e os tios batendo papo sentados na varanda da casa. Depois os primos se reuniam e iam brincar de “esconde-esconde” e sempre escutávamos as reclamações de vó por termos pisado nas plantas dela, mas o bom é que a reclamação sempre era seguida de um beijo na testa.

Ao entrar na adolescência passei a conviver mais com meus pais, pois minhas irmãs saíram de casa, a mais velha casou-se e a mais nova foi morar na casa da minha avó. Nesse período fiz novas amizades, grandes amigos que todos os dias estavam na minha casa, saíamos para jogar bola, para caçar passarinhos, ou simplesmente para bater papo. Sempre aos domingos nos reuníamos para ir à capela, com o incentivo da minha mãe, pois a mesma é muito religiosa.