Construção da usina hidrelétrica de Belo-Monte, no estado do Pará

Devido à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no estado do Pará sobre o programa de aceleração do crescimento o (PAC), vem sendo discutida desde a década de 1970. Geraram varias polemicas nacionais, de acordo a “constituição e convenção 169 que garantem aos índios todo o direito, o governo não fez um anuncio prévio que respeite essa lei”. Assim, o meio do índio está sendo afetado com esse aceleramento, mas também ha algumas mudanças que são bem vindas como, por exemplo, ter acesso à internet, fator que contribuem bastante para o conhecimento até da sua própria tradição. Portanto, todo ser humano tem seus direitos e possui uma cultura diferenciada.

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No meio do processo, o governo federal mudou sua argumentação e passou a dizer que os índios do Xingu nem precisariam ser consultados, porque a hidrelétrica não alagará terras indígenas. Mas sabemos que apesar das vantagens que a usina proporcionará na região, vai interferir também no modo de vida deles, pois nasceram e cresceram nas margens do rio usufruindo de todo o que pode ser extraído, e com certeza seu fluxo depois da construção diminuirá. E além do mais, o índio é o primeiro habitante do Brasil, bem antes de 1500 não havia sequer um grão de terra que não fossem deles. Porém, não são apenas os indígenas prejudicados. Há uma série de comunidades de ribeirinhos, agricultores familiares que estão naquela região e que, se não forem deslocados, serão pressionados de alguma forma.

O economista Omar Alves Abbud, confronta entre os argumentos a favor e contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, revelando que a obra serve ao grande interesse nacional. Pois este crescimento para o Brasil é absolutamente necessário, além de ser uma energia limpa e renovável, é considerada a mais barata do mundo. Gerando empregos e renda para varias pessoas da região, proporcionando melhores condições de vida. Afinal de contas, trata-se da terceira maior Usina hidrelétrica do planeta com capacidade de 11.233 MW, sendo que na próxima década, 5% ao ano haverá necessidade de mais 60% de energia.

Apesar de este projeto trazer mudanças indesejáveis para sociedade indígena, possuem aquelas que são bem vindas e que não interfere no seu meio de viver; pescando, caçando e se divertindo. Com o auxilio da internet nessas aldeias, o aprendizado escolar é avançado, não precisando se deslocar de um lugar para outro, na qual dificultaria o conhecimento dessas tribos.

Segundo a antropóloga Vanessa Lea, existe esse preconceito de que índio com calça jeans ou celular não é mais índio. Claro que é. Simplesmente, eles querem compartilhar os benefícios da nossa sociedade e são fascinados por tecnologia, adoram andar com filmadoras para registrar as suas cerimônias. Isso não interfere na identidade do seu povo, e continuam sendo a mesma pessoa.

De acordo a noticia do G1, uma indiazinha de 12 anos manuseando um computador, dizia que no futuro desejava ser uma enfermeira, para então ajudar seus irmãos índios. Isso é muito vantajoso porque futuramente as tribos poderão ter uma profissão que atenda com mais rigor ao seu próprio povo.

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Deve-se levar em conta que, segundo o texto de Roberto da Matta. “Cultura é uma herança herdada”. Ela permite traduzir melhor a diferença entre nós e os outros, assim fazendo, resgatar a nossa humanidade no outro e a do outro em nós mesmos.

Para alguns, quem tem cultura, são as pessoas