Corrida Armamentista E Aeroespacial
Artigos Científicos: Corrida Armamentista E Aeroespacial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MilleMed • 23/4/2014 • 1.254 Palavras (6 Páginas) • 767 Visualizações
Em 1945 a Segunda Guerra Mundial chegava ao fim, dando início a hegemonia de dois países: Estados Unidos e União Soviética. Os Estados Unidos se fortaleceram com a vitória dos aliados na Primeira Guerra. Enfrentaram uma crise econômica em 1929 e, com os lucros obtidos na Segunda Guerra, consolidaram sua economia, desenvolvida em bases capitalistas. Já a União Soviética, após a vitória sobre a Alemanha, fortaleceu sua política socialista. O mundo se dividiu em dois grandes blocos e ambos se tornaram ameaças recíprocas. Estava instaurada a Guerra Fria, uma guerra sem combate físico (entre EUA e URSS) que mergulhou o mundo em uma grande tensão.
Durante a Guerra Fria (1945 – 1991), os blocos se prepararam para uma possível guerra. Investiram pesado em tecnologia, com destaque para a indústria bélica. Essa passagem ficou conhecida como “Corrida Armamentista”. Este termo foi amplamente utilizado no período histórico que conhecemos como Guerra Fria. Este confronto pela supremacia política e ideológica envolvendo as duas superpotências à época, Estados Unidos e União Soviética, ficou marcado pela ausência de uma luta aberta que fizesse uso de armas ou violência.
Isto não quer dizer que os armamentos estiveram em segundo plano. Ao contrário, a Guerra Fria incentivou como nunca a pesquisa, e o desenvolvimento de armas. Quase ao mesmo tempo em que um dos dois países lançava um novo armamento, seu adversário logo respondia à altura. Tal prática de constante atualização do arsenal das superpotências assumiu proporções absurdas com o tempo, dando origem a material bélico de uma capacidade de destruição muito maior a qual o planeta Terra poderia suportar. Essa constante "atualização" ficaria conhecida como corrida armamentista.
Estados Unidos e União Soviética dispunham de uma enorme variedade de armas, muitas delas desenvolvidas durante a Segunda Guerra, outras obtidas dos cientistas alemães e japoneses.
Novos tanques, aviões, submarinos, navios de guerra e mísseis balísticos constituíam as chamadas armas convencionais. Mas também haviam sido desenvolvidas novas gerações de armas não convencionais, como armas químicas, que praticamente não foram utilizadas em batalha. A Alemanha que desenvolveu a maior indústria de armas químicas do mundo, utilizou esses gases mortais em câmaras de gás nos campos de concentração. Algumas armas biológicas foram testadas, principalmente pelo Japão na China ocupada, mas a tecnologia da época ainda era muito pouco eficiente. O maior destaque ficou com uma nova arma não-convencional, mais poderosa que qualquer outra arma já testada até então: bomba atómica. Só os Estados Unidos tinham essa tecnologia, o que aumentava em muito seu poderio bélico e sua superioridade militar estratégica em relação aos soviéticos.
A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir tais bombas, o que conseguiu em 1949. Mas logo a seguir, os Estados Unidos testavam a primeira bomba de hidrogênio, centena de vezes mais poderosa. A União soviética levaria até 1953 para desenvolver a sua versão desta arma, dando início a uma nova geração de ogivas nucleares menores, mais leves e mais poderosas.
A União Soviética obteve a tecnologia para armas nucleares através de espionagem. Em 1953, nos Estados Unidos, o casal Julius e Ethel Rosenberg foi condenado a morte por transmitir à União Soviética segredos sobre a bomba atómica norte americana.
Essa corrida ao armamento era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse a frente na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.
A corrida atingiu proporções tais que, já na década de 1960, os Estados Unidos e a URSS tinham armas suficiente para vencer e destruir qualquer outro país do mundo. Uma quantidade tal de armas nucleares foi construída, que permitiria a qualquer uma das duas superpotências, sobreviver a um ataque nuclear maciço do adversário, e a seguir, utilizando apenas uma fração do que restasse do seu arsenal, pudesse destruir o mundo. Esta capacidade de sobreviver a um primeiro ataque nuclear, para a seguir retaliar o inimigo com um segundo ataque nuclear devastador, produziu medo suficiente nos líderes destes dois países para impedir uma Guerra Nuclear, sintetizado em conceitos como Destruição Mútua Assegurada ou "Equilíbrio do terror".
Os Estados Unidos, visando conter a expansão socialista, investiram bastante nos países da Europa Ocidental. Para se precaver de possíveis ameaças do inimigo, criaram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como membros, além dos EUA, países da Europa Ocidental e o Canadá. A União Soviética não ficou atrás: junto com os países da Europa Oriental fundou o Pacto de Varsóvia. A tensão aumentava.
Após a derrota da Alemanha, na Segunda Guerra, os EUA e a URSS capturaram os melhores engenheiros alemães para sua própria produção. Wernher Von Braun, cientista alemão responsável pela criação da bomba-foguete V-2, foi um dos capturados. Do outro lado, no dia
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