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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E DELIMITAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PRETO NA BAHIA

Por:   •  2/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.860 Palavras (12 Páginas)  •  331 Visualizações

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E DELIMITAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PRETO NA BAHIA

Andrezza Vilas Boas[1] (andrezzadedeza@hotmail.com)

Hugo Aniceto Gomes1 (eaglle07@gmail.com)

Maria Luíza Abreu1 (mluizabreu.o@outlook.com)

Priscila Oliveira1 (prii_oliveira11@hotmail.com)

Rafael Bastos Nascimento1 (raffael.bastos@hotmail.com)

Orientador: Ossifleres Damasceno[2] (osdamasceno@uneb.br)

RESUMO: A bacia do Rio Preto é caracterizada como sendo uma microbacia do Rio São Francisco, a qual corta três cidades baianas: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Mansidão. Possui uma diversidade geológica e nos tipos de solos e apresenta índices pluviométricos entre 800 a 1600 mm anuais, definindo-se como um clima semiúmido. Nessa bacia se realiza atividades de grande importância econômica, como a pecuária e a agricultura, diante disso torna-se necessário uma caracterização da bacia para que a utilização dos recursos disponíveis aconteça de forma equilibrada. Logo teve-se como objetivo a delimitação e diagnóstico ambiental da bacia com a utilização dos dados do SRTM (Shutte Radar Topography Mission), dados de satélite Landsat 7, integrados e processados em ambiente SIG. Os resultados obtidos tiveram uma variedade na vegetação, já que há uma transição entre caatinga, cerrado, área de tensão ecológica e floresta estacional decidual, variando sua cobertura vegetal de 37,2 a 70,9%, visto que a região central se destacou com um dos maiores percentuais de vegetação em torno de 60%, a razão disso é por estar inclusa numa Área de Proteção Ambiental (APA), entretanto essa vegetação juntamente com os recursos hídricos vem sendo afetados por processos de degradação. De acordo com o que foi obtido, nota-se a necessidade de ações voltadas para a educação ambiental, além da criação de mais APAs para atingir ao 75% de cobertura vegetal.

Palavras chave: bacia Hidrográfica; vegetação; preservação.

  1. INTRODUÇÃO

A bacia hidrográfica do Rio São Francisco, se caracteriza com o rio principal possuindo um comprimento de aproximadamente 2.700 km, com uma vazão média anual de 2.980 m³/s, resultando em um volume médio anual de 94 bilhões de m³ lançados no Oceano Atlântico (DA SILVA; GALVÍNCIO; CARVALHO ALMEIDA, 2010).

A sua área de drenagem da bacia é de 640.000 km², equivalente a 7,5% do território nacional, sendo que 83% da área situa-se nos estados de Minas Gerais e Bahia, 16% nos estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, e o 1% no estado de Goiás e Distrito Federal. Divide-se em quatro regiões fisiográficas, sendo elas: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco, é subdividida em trinta e quatro subacias, e com a finalidade de caracteriza-la por trechos os principais rios, foi subdividida em 12.821 microbacias (DA SILVA; GALVÍNCIO; CARVALHO ALMEIDA, 2010).

Em torno de 53,8% da área dessa bacia está inserida no Polígono das secas, uma vez que, o curso principal do rio São Francisco tem suas nascentes na Serra da Canastra, em áreas no município de São Roque de Minas, no estado de Minas Gerais, e a foz, no Oceano Atlântico, entre os estados de Sergipe e Alagoas (DA SILVA; GALVÍNCIO; CARVALHO ALMEIDA, 2010).

A bacia é configurada por dois biomas, na qual, o Cerrado engloba metade da área, praticamente quase todo o estado de minas gerais e oeste e sul da Bahia, que por sua vez, a Caatinga prevalece no nordeste da Bahia, os que possuem condições mais severas de clima. E a floresta tropical presente na região do Alto São Francisco, é vista totalmente devastada pelas atividades agrícolas e pastagens. (CODEVASF[3], 2001).

Há na bacia acentuados contrastes socioeconômicos, incluindo marcantes áreas de riqueza e alta densidade demográfica e também por áreas de pobreza crítica e com uma população muito dispersa. Apresentando uma população total na bacia, no ano de 2000, 12.796.082 habitantes, destes 74,4% população urbana e 25,6% população rural (DA SILVA; GALVÍNCIO; CARVALHO ALMEIDA, 2010).

Dentre as subacias do São Francisco, a bacia hidrográfica do rio Grande, localizada no Oeste do estado da Bahia é considerada a principal, sendo a segunda em importância para a formação das vazões do Velho Chico. Seu fluxo segue a direção Sudoeste-Nordeste, recebendo a maior parte dos seus tributários pela margem esquerda, compreendendo o rio das Fêmeas, rio de Ondas, rio Branco e rio Preto (PEREIRA, 2004), sendo este último escolhido como o objeto desse estudo.

Localizado a região noroeste do estado da Bahia, no Médio São Francisco, o rio Preto é considerado um dos principais afluentes do rio Grande e ocupa aproximadamente 21.000 km², o que representa 27,6% da bacia do Rio Grande, 3,48% da área do estado da Bahia e 3,28% da área de drenagem da bacia do São Francisco (figura 1).

[pic 1]

Figura 1 – Localização da bacia do Rio Preto no contexto da bacia do Rio são Francisco

Suas coordenadas geográficas vão de 10º18’ a 11º40’S de latitude e de 43º36’ a 46º40’W de longitude, estando limitada ao norte pelo estado de Piauí; a oeste pelo estado de Tocantins; ao sul pela bacia do Rio de Janeiro e a leste pela bacia do Rio Buriti.

Seguindo a direção oeste-leste, o Rio Preto passa por cidades baianas como Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Mansidão, onde encontra seu local de deságue, próximo a Serra do Boqueirão, sua bacia ocupa toda a região setentrional da bacia do rio Grande (SILVA, 2012). Os principais afluentes do Rio Preto são: Rios do Ouro e Sapão mais próximos à nascente, e Rios Mansidão e Camboeiro mais próximos à foz (figura 2).

[pic 2]

Figura 2 – Hidrografia da Bacia do Rio Preto e sua localização no contexto da Bahia.

Ao longo do curso desses rios e dos seus tributários, pode-se observar uma diversidade geológica, composta pelas formações Sítio Novo, Granitóide Mansidão, Serra da Mamona, Canabravina, Coberturas Dentrito-Lateritícas, Depósitos Aluvionares, Grupo rio Preto e Formação Urucuia.

Quanto as unidades geormofológicas, são encontradas formações da Chapada Ocidental do São Francisco, as Depressões Periféricas/Interplanálticas, Região de Acumulação e a Serra Geral do Espinhaço. (SEI, 2011).

Há uma variedade quanto aos tipos de solo nessa bacia, consistindo em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico e eutrófico, Gleissolo Háplico, Neossolo Quartzarênico, Neossolo Litólico e Neossolo Litólico distrófico. Entre eles, predomina-se o Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, correspondente a 58,21% da área na bacia do rio Preto (CORDEIRO, 2016).

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