ESTUDO SOBRE AS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA E UMIDADE DO AR NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA: UFMG
Por: bcadar • 27/10/2016 • Relatório de pesquisa • 3.923 Palavras (16 Páginas) • 430 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Instituto de Geociências
ESTUDO SOBRE AS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA E UMIDADE DO AR NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA:
Brenda Cadar ,Cristiane de Almeida Barbosa,Franklin Henrique Ferreira Marcelino,Luana Stephanie Aparecida Gomes Costa,Thaís Angélica Marques dos Santos.
Belo Horizonte,2013.
Introdução
A climatologia é algo essencial para nós, seres humanos, e também para o planeta. Ela não vai apenas dizer se amanhã chove, faz calor, cai neve ou se daqui um mês haverá um período chuvoso intenso na cidade. Nos mostra mais que isso, elevando o nosso conhecimento em níveis distantes, chegando à história da formação da Terra. O que aconteceu há milhões de anos atrás na África? O que ocasionou o clima da América do Sul? Porque a Antártida é gélida? Esses são só alguns questionamentos que nos possibilitam uma abertura muito extensa do tema “climatologia”, do seu estudo em geral. Mas antes, vamos enredá-la.
Essa ciência possui excepcional importância para o estudo ambiental, pois sua dinâmica climática é responsável pelos processos geomorfológicos de formação dos solos, crescimento e desenvolvimento de plantas, em que todo sistema ambiente funciona em termos de calor e umidade.
Em sua órbita ao redor do Sol, o planeta Terra passa por diferentes exposições à radiação solar ao longo dos 365 dias do ano, o que define as estações primavera, verão, outono e inverno. As características das estações do ano, em termos de temperaturas e chuvas, dependem de alguns fatores adicionais como a distância até o equador, a distâncias aos oceanos e a altitude do local. O conjunto desses fatores define o que se chama clima[1].
A previsão do tempo é a estimativa do que se espera que ocorra em termos de temperatura e de precipitação pluvial em um curto período. Nesse sentido o tempo está constantemente mudando: em certo dia pode fazer sol pela manhã, mas chover pela noite ou podemos ter uma semana chuvosa e outra ensolarada. Já a sucessão dos tipos de tempo registrados por um determinado período é o clima.
A atmosfera, no entanto, é extremamente complexa e desafia as definições mais simples. O tempo que sentimos no dia a dia, as chuvas, o calor, o frio, estão associados à passagens de frentes frias e quentes, ciclones e anticiclones, ondas atmosféricas, tempestades das mais variadas, entre tantos outros fenômenos.
O fluxo de energia que envolve a superfície – atmosfera pode ser analisada em diferentes escalas. Para uma melhor compreensão dos diferentes climas do Planeta,os estudos em climatologia são estruturados a fim de evidenciar os elementos climáticos e os fatores geográficos do clima.Os elementos construtivos do clima são: a temperatura,a umidade e a pressão atmosférica,que interagem na formação dos diferentes climas da Terra.Todavia,esses elementos,em suas diferentes manifestações,variam espacial e temporalmente em decorrência da influência dos fatores geográficos do clima,que são: a latitude,a altitude,a maritimidade, a continentalidade, a vegetação e as atividades humanas. A circulação e a dinâmica atmosférica superpõem-se aos elementos e fatores climáticos e imprimem ao ar permanente movimentação.
A relação superfície – atmosfera é um subsistema, integrado a um sistema maior, que tem como componentes principais, o Sol e a Terra. Segundo Tricart (1977), um sistema é um conjunto de fenômenos que se processam mediante fluxos de matéria e energia. Este subsistema que integra o sistema clima sofre transformações ao alterar um de seus componentes, em uma escala temporal
relativamente curta. A superfície é um dos principais componentes do subsistema terra – atmosfera, pois grande parte da energia solar que entra neste subsistema é interceptada por ela, que absorve as radiações emitidas em ondas curtas pelo Sol, e as transformam em energias de ondas longas, no espectro eletromagnético, absorvidas pelos gases atmosféricos e aquecendo-os.
Os fenômenos climáticos produzidos na Troposfera resultam dos processos de transferência, transformação e armazenamento de energia e matéria que ocorrem no ambiente formado pela interface superfície-atmosfera e que corresponde ao SSA. Os processos de condução, convecção, advecção, condensação e radiação desempenham importante papel no fluxo de energia do SSA, sendo os responsáveis pelo aquecimento do ar na camada da Troposfera.
A atmosfera absorve, reflete, difunde e reirradia a energia solar. A troposfera em altos níveis é altamente refletora, devido ao albedo das nuvens. Nos baixos
níveis, na interface com a superfície, as fontes de radiação provêm da superfície, vindas deste fluxo de energia que é a principal fonte de calor no sistema terra-atmosfera.
A superfície úmida se aquece pelo processo de liberação e/ou absorção de energia na mudança de fase do vapor d’água (calor latente), enquanto as secas se aquecem ou emitem calor através do processo de condução (calor sensível). Estas diferentes formas de aquecimento podem interferir no tempo de resposta do aquecimento da atmosfera dado o aquecimento da superfície. As secas tendem a aquecer o ar mais rapidamente que as superfícies escuras e úmidas, tornando o ar mais quente, nos períodos iniciais do dia, o que leva a sensação térmica humana a um maior desconforto, pois o aumento da temperatura implica na sensação de calor por mais tempo, até o período em que a superfície torna-se menos aquecida, quando o fluxo de calor inverte sua direção, da atmosfera para a superfície.
A escala climática diz respeito à dimensão ,ou ordem de grandeza ,espacial (extensão) e temporal (duração),segundo a qual os fenômenos climáticos são estudados. mecanismos atmosféricos determinam os climas de toda uma zona planetária, como é o caso da intensa radiação solar (insolação) nas baixas latitudes da zona intertropical .As ilhas de calor urbanas e o clima das áreas agrícolas, por outro lado, não são diretamente determinadas por esses mesmos mecanismos, ainda que eles tenham importante influência na sua configuração.
O clima pode ser estudado por meio de dimensão espacial e de sua dimensão temporal ,sendo as duas dimensões, de forma geral, empregadas conjuntamente nos mais variados estudos .As escalas espaciais ganham maior destaque na abordagem geográfica do clima, sendo as mais conhecidas as escalas macroclimática, mesoclimática e microclimática; as escalas temporais mais utilizadas são as escalas geológica, histórica e contemporânea.
A noção de escala em Climatologia implica uma ordem hierárquica das grandezas climáticas, tanto espacias quanto temporais. Dessa maneira, o micro clima está inserido no mesoclima ,que por sua vez, está inserido no macroclima; este somente existe com base nas grandezas inferiores. Sendo assim, na dimensão cronológica, a escala contemporânea está imbricada na histórica ,que o está na geológica e vice-versa.
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