Economia Brasileira

CAPITULO 1

1. Quais as diferenças entre as vias colonial, clássica e prussiana de constituição do capitalismo?

A via clássica é uma forma sustentada de realizar a industrialização beneficiando-se dos ganhos da era colonial. Já as vias colonial e prussiana são marcadas pela ausência de processos democrático-burguesas ou a existência de grandes propriedades de terras. No entanto, há diferenças substantivas entre as duas vias: enquanto a via prussiana representou uma passagem do feudalismo para o capitalismo, a via colonial não o fez, pois nasceu inserida no sistema já dominado pelo capital. Toca-se, portanto, na questão central da forma de propriedade fundiária implementada nas colônias, o latifúndio. Em outras palavras, a burguesia dos países de via colonial não realizou nem suas tarefas econômicas, nem as políticas, diferentemente da prussiana, que deixou apenas de realizar suas tarefas políticas.

2. Como podemos caracterizar a forma de inserção da economia brasileira no cenário colonial internacional?

Atraídos pelo mercado internacional, os ocupantes das terras buscavam enriquecer, para depois usufruir, na Metrópole, a sua nova condição. Seus interesses estavam voltados para o usufruto das vantagens potenciais. O sentido último das ações dos donos das novas terras era o comércio, pois, com sua realização, obtinha-se o lucro. Foi, portanto, por intermédio das colônias de exploração que o capital comercial se objetivou no Brasil.

3. Quais as diferenças mais marcantes entre colônias de exploração e de povoamento?

As colônias de povoamento caracteriza-se, como o próprio nome indica, pelo povoamento, pela busca de um lar, por pessoas que procuravam afastar-se de conflitos da Europa. E as colônias de exploração centravam-se na produção de gêneros interessantes para o mercado internacional: os artigos de luxo; existia essa possibilidade graças as condições naturais do ambiente.

4. Quais as principais características da empresa colonial?

A empresa colonial destina-se a atender às necessidades de lucros da metrópole e da sua burguesia. No Brasil colonial, a mão de obra usada foi a escrava; o investimento usado necessário à instalação de um engenho tornava a atividade impossível para o pequeno produtor; não era possível atrair mão de obra livre. Portugal já tinha experiência com mão de obra africana na África, antes de descobrir Brasil. E, a Igreja lucrava-se na compra do açúcar, do senhor de engenho, e lucrava-se com a venda de escravos, vender negros era uma forma de transferir riqueza da colônia para a metrópole.

5. Qual foi a influência exercida pelas ideias mercantilistas sobre a política econômica colonial?

A burguesia em seus anseios de classe social, foram induzidos a economia política do mercantilismo, por meio de uma legislação que era o reflexo dessa política: o Estado absolutista. Para a burguesia nascente, era indispensável a união dos territórios visando a homogeneização legal, linguística, monetária e dos costumes em geral, e a política econômica mercantilista sustentava o projeto do capitalismo comercial, que através da balança comercial e balanço de pagamentos