Eram Os Deuses Astronautas?
Artigo: Eram Os Deuses Astronautas?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: BFelix • 16/5/2014 • 9.765 Palavras (40 Páginas) • 325 Visualizações
Eram os Deuses Astronautas?
Erich von Däniken
APRESENTAÇÃO
(JOÃO RIBAS DA COSTA)
Jung e seus discípulos parecem acreditar que certas recordações cósmicas tem sido transmitidas de geração em geração e influenciam, até hoje, os sonhos dos homens.
Por outras palavras: em maior ou menor grau, cada ser humano leva consigo a memória da espécie. Quase totalmente inibida, manifesta se parcial e esporadicamente em sonhos, revelando se mais ativa, e de maneira muito especial, em determinadas pessoas.
Nessa ordem de idéias, seriam exemplos de tais indivíduos excepcionais e privilegiados homens como Platão, Leonardo Da Vinci, Dante, Swift ou Vítor Hugo. As revelações de Platão sobre a discutida Atlântida; as estupendas realizações de Da Vinci, que o colocaram muito à frente de sua época; a minuciosa descrição do Cruzeiro do Sul, feita por Dante 200 anos antes que os navegadores da Renascença vissem, pela primeira vez, aquela constelação; a enumeração dos satélites de Marte, a especificação de suas dimensões e de suas órbitas peculiaríssimas, 150 anos antes que Asaph Haíl os descobrisse; os combates e outras peripécias de gigantes, que integram La Légende des Siécles... tudo isso não seria produto genial de vivíssima imaginação mas apenas aproveitamento de memórias atávicas, particularmente claras, de um passado cujos registros na maior parte se perderam.
Mas, por todo o globo terrestre, avultam vestígios muito mais concretos do que simples sonhos, e que gritantemente nos afirmam a realidade de um maravilhoso passado a recordar. São monumentos e realizações que a História conhecida absolutamente não explica e, muito menos, justifica: a origem e a finalidade de Stonehenge; as características incríveis da Pirâmide de Quéops, e os insondáveis propósitos de seus construtores; os misteriosos balizamentos de 250 metros de altura, entalhados, em altas penedias do Pacifico oriental; os maravilhosos calendários maias; objetos de platina ou alumínio, velhos de milhares de anos, que não poderiam ter sido fabricados sem certas técnicas só agora disponíveis; relatos, inscrições, relevos em pedra, cuja substância e significado somente o progresso das últimas décadas permite interpretar... E tantos outros mistérios que desnecessário seria enumerar porque deles estão cheias as páginas deste interessantíssimo livro.
Tem se a nítida impressão de que, da longa História Humana, só se conhece uma parte muito curta, a mais recente... o último volume: os primeiros se perderam, ou não chegaram a ser escritos, o que é improvável. Para dizer a verdade, não se trata apenas de uma impressão, mas de certeza, pois se sabe, por outras fontes, cientificamente aceitas, que o Homo sapiens existe há dezenas de milhares de anos, dos quais a História só registra, e muito insatisfatoriamente, os últimos seis milênios.
O passado desconhecido sempre despertou intensa curiosidade, mas, também, acalorados debates. Já Aristóteles, contemporâneo de Platão, mas muito mais moço que ele, considerava puro mito a decantada Atlântida. Isto não impediu que o relato chegasse até nós, como não arrefeceu a discussão do assunto no correr do tempo. Há atualmente mais de 2.000 livros e 25.000 folhetos ou artigos dedicados exclusivamente a essa suposta, ou real, civilização perdida.
A investigação pré-histórica é hoje mais empenhada e mais dinâmica do que em qualquer outra época, porque as notáveis realizações da tecnologia moderna curiosamente vêm fornecendo pistas cada vez mais nítidas do caminho a palmilhar na interpretação dos estranhos registros que nossos antepassados perpetuaram na rocha viva.
O livro "Eram os Deuses Astronautas?" não pretende certamente substituir os volumes iniciais perdidos da História Universal. Mas é uma provocação irresistível ao debate. É um corajoso desafio aos especialistas dos vários ramos da Ciência, no sentido de que enfrentem juntos, de uma vez por todas, as inumeráveis provas de que muito aconteceu na Antigüidade e a História não registra, e lhes encontrem a verdadeira significação, seja ela qual for. Só assim poderemos, afinal, saber ao certo o que fomos e o que realizamos no passado longínquo. Saberemos, então, como, quando, em que e por que fracassamos em certo momento, a ponto de destruir, aparentemente da noite para o dia, todo o arcabouço da civilização sobre a Terra.
Ao fazê-lo, não estaremos apenas satisfazendo uma natural curiosidade. Mais que isso, redescobriremos, talvez, imenso patrimônio científico, possivelmente uma diferente estrutura mental, e até, - quem sabe? - maravilhosas técnicas, mais simples, mais eficientes e menos dispendiosas que as atuais. E - last but not least - talvez encontremos, nas convulsões fatais desse passado agora morto, as lições de que tanto precisamos, para mais seguramente evitar catástrofes semelhantes no futuro.
A iniciativa de editar e apresentar este livro no Brasil certamente não implica uma tomada de posição, mas consubstancia o propósito de contribuir para participação muito mais ampla neste apaixonante debate.
Pode se recusar a tese do autor: é direito que assiste a qualquer um. Mas, em matéria de tal relevância - pois é a História passada e futura de nossa espécie que está em jogo - não basta rejeitar as hipóteses dos que têm a capacidade e a coragem de as formular: cumpre, também, pesquisar, imaginar e defender sucessivamente novas hipóteses que se afigurem melhores... até que um dia se consiga encontrar a Verdade.
Nesta obra, von Däniken cita algumas passagens da Bíblia que considera relacionadas com sua tese. Entretanto,não as erige em argumentos comprobatórios, no que aliás faz muito bem, porque os Livros Sagrados não são, nem jamais pretenderam ser, fontes de informações científicas.
Na abertura do Capitulo IV, o autor diz textualmente que "a Bíblia certamente tem razão". Este é o ponto de vista de von Däniken que o leitor deverá ter em mente, ao longo do livro, especialmente diante de citações ou comentários que o autor, por amor à brevidade, não desenvolve mais profundamente.
Algumas de suas considerações, na aparência irreverentes, em realidade não o pretendem ser, e de fato não são. As mais autorizadas escolas modernas de exegese - como, por exemplo, L'École Biblique de Jérusalem, dirigida por eminentes exegetas católicos - admitem, sem hesitação, que o livro do Gênese, assim como os demais do Pentateuco, não pode ser totalmente atribuído a Moisés. Neles se pode seguir mais ou menos claramente o fio de quatro tradições diferentes - a javista, a eloísta, a deuteronomista e a sacerdotal
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