Estresse No Trânsito
Pesquisas Acadêmicas: Estresse No Trânsito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mtoloysoldan • 20/11/2013 • 1.338 Palavras (6 Páginas) • 259 Visualizações
A profissão docente nos dias de hoje vem sendo submetida a situações de conflito em sua carreira onde há uma grande dificuldade para adaptar-se as diversas e rápidas mudanças que ocorrem no dia – a – dia. Essas mudanças podem desencadear nos profissionais sintomas relacionados ao estresse e, conseqüentemente, a Síndrome de Burnout.
Segundo Goulart Junior (2008, p. 848),
[...] o estresse representa um processo complexo do organismo, envolvendo aspectos bioquímicos, físicos e psicológico, que são desencadeados a partir da interpretação que o indivíduo dá aos estímulos externos e internos – os chamados estressores – causando desequilíbrio na homeostase interna que exige uma resposta de adaptação do organismo para a preservação de sua integridade e da própria vida.
Ao se deparar com os fatores estressores, como a falta de estrutura escolar, má qualidade de materiais pedagógicos, falta de interesse entre os alunos, dificuldade de deslocamento entre sua residência e o local de trabalho entre outros aspectos, o docente passa a não aceitar a situação a qual está sendo realizado o seu trabalho. Através desse problema inicia-se um processo de adaptação do seu estado psicológico para conseguir agir de forma a dar conta das responsabilidades dentro de uma realidade não esperada por ele.
De acordo com o modelo trifásico proposto por Selye em 1956 existe um processo para que haja a chamada “síndrome geral de adaptação” o qual compreende em três fases: fase de alarme, fase de resistência e a fase de exaustão. De acordo Goulart Junior (2008, p. 848),
[...] a fase de alarme se inicia quando a pessoa se defronta com um estressor. Nesse momento, o organismo se prepara para o que Cannon (1939) designou de "luta ou fuga", com a conseqüente quebra da homeostase. A aceleração do organismo mediante ação aumentada de determinadas funções é, muitas vezes, de grande importância para a preservação da vida, uma vez que leva o organismo a um estado de prontidão, de alerta, a fim de que ele possa atuar em situações de urgência, constituindo uma defesa automática do corpo. O problema surge quando a prontidão fisiológica não é necessária ou quando é excessiva; a fase de resistência ocorre quando, sendo o estressor de longa duração ou de grande intensidade, o organismo tenta restabelecer o equilíbrio interno de um modo reparador. O organismo se utiliza das reservas de energia adaptativa, na tentativa de se reequilibrar. Se a reserva de energia adaptativa for suficiente, a pessoa se recupera e sai do processo de estresse. Se, por outro lado, o estressor exige mais esforço de adaptação do que é possível para aquele indivíduo, então o organismo se enfraquece e torna-se vulnerável a doenças. [...] na fase de exaustão, se a resistência da pessoa não for suficiente para lidar com a fonte de estresse ou se houver concomitantemente a ocorrência de outros estressores.
Ao se passar por essas três fases o docente passa a ter a exaustão completa, momento o qual o seu corpo está em completo estado de desgaste tanto físico quanto psicológico estando mais predisposto a contrair doenças e conseqüentemente necessitando se afastar de sua profissão. De acordo com Zaragoza (1999, apud SALVARO, 2009, p. 74),
[...] o estresse é considerado como uma das principais causas de abandono da profissão docente, e esta é vista como uma profissão de risco físico e mental. O autor define as situações estressantes vivenciadas pelos docentes como “mal estar docente”, que lentamente pode afetar sua personalidade. Diversos estudos citados pelo autor buscam identificar os ciclos de estresse ao longo do ano escolar.
Com as condições pejorativas apresentadas pela carreira docente, o profissional ao longo de sua jornada necessita que o tempo passe cada vez mais rápido para livrar-se do momento em que está lecionando. Cada momento vivido em sua rotina começa a ser pensado como uma obrigação e não um prazer em estar fazendo aquilo naquele momento. Ao longo do seu dia cada ação que necessita ser realizada torna-se mais um problema em sua vida passando assim a ter apenas sentimentos negativos constituindo uma ameaça ao seu bem estar. De acordo com Lima (1998, apud SALVARO, 2009, p. 76),
[...] o estresse for levado de forma displicente ou alienada, por longo tempo, pode provocar no indivíduo reações crônicas, como as doenças coronarianas (infarto) e transtornos mentais”. Sabemos que os fatores estressantes, se persistirem, podem levar à Síndrome de Burnout, considerada [...] como um estresse de caráter persistente vinculado a situações de trabalho, resultante da constante e repetitiva pressão emocional.
A exposição do docente a longos períodos de insatisfação com o trabalho realizado pode acarretar a contração de doenças que irá prejudicar tanto no andamento da escola quanto no seu bem estar físico e psicológico. Umas das doenças que vem se tornando cada dia mais comum no magistério é a Síndrome de Burnout. Este mal está relacionado à exposição do professor por um longo período a fatores estressores bem como “às características individuais de cada trabalhador, passando pelo estilo de relacionamento social no ambiente de trabalho e pelo clima organizacional, até as condições gerais nas quais o trabalho e executado”
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