Fisioterapia
Por: allets • 9/4/2015 • Exam • 6.343 Palavras (26 Páginas) • 240 Visualizações
INTRODUÇÃO
A proposta do presente trabalho se sujeita a analisar a fisioterapia geriátrica que é voltada para o público idoso e dividida em duas partes. A primeira com o sentido de prevenção, buscando melhora na qualidade de vida. E a segunda parte é voltada para o tratamento de possíveis lesões, sejam elas ortopédicas e respiratórias ou até mesmo neurológicas.
Para desenvolver esta pesquisa foram utilizados livros e alguns artigos acadêmicos encontrados na internet. Com opiniões de profissionais da área e alguns aperfeiçoamentos chegou-se a hipótese problemática.
Os principais objetivos da fisioterapia geriátrica preventiva é melhorar a qualidade de vida do idoso e afastar as incapacidades que podem limitá-lo, por conta do envelhecimento natural que acaba afetando suas funcionalidades.
O envelhecimento apesar de temido é inevitável, uma etapa da vida em que os reflexos de doenças e enfermidades passam a ser mais incisivos sobre a saúde dos pacientes, traz também consequências como a perda da sensibilidade, do controle sobre os movimentos e suas aplicações em atividades diárias básicas como alimentar-se e vestir-se. Mas a ciência e a tecnologia sempre buscam novos meios para recuperar ou melhorar os movimentos naturais.
Um método muito utilizado é a fisioterapia geriátrica, um campo de atuação que busca a prevenção, reabilitação e a manutenção das funcionalidades do idoso, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
A fisioterapia geriátrica engloba tanto idosos sem queixas aparentes, mas que querem trabalhar o corpo com orientação profissional adequada para terem uma melhora e manutenção da saúde física, como idosos que já possuem limitações, seja em um quadro de dor ou limitação já instalada, como dificuldade de locomoção. Ou seja, pode atuar de forma preventiva, terapêutica e reabilitação.
Os problemas gerados pelo envelhecimento podem causar reflexos sérios, que necessitam de tratamento especifico, e é assim que se destaca a aplicação da fisioterapia geriátrica. Proporcionar ao paciente uma melhora notável em sua capacidade de locomoção, bem como a coordenação dessas funções e o conforto na realização de atividades do seu dia a dia.
A fisioterapia é a ciência da saúde que busca promover, reabilitar, aperfeiçoar, prevenir ou adaptar as condições físicas do paciente para as suas atividades de vida diária. É a prevenção do início dos sintomas e da progressão das deficiências, das limitações funcionais e das incapacidades que podem resultar de doenças, distúrbios, afecções ou lesões. Um tratamento por diferentes meios físicos, com o objetivo de restaurar ao máximo a capacidade funcional.
Esta ciência tem origem desde os primórdios da humanidade onde se têm relatos sobre o uso de agentes (calor, água, eletricidade), massagens e exercícios como uma tentativa física de curar e/ou amenizar as disfunções que o corpo sofria ao longo da história.
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Os recursos da natureza como o sol, o calor, a água e o próprio movimento humano, incluindo músculos, articulações e respiração foram, desde a antiguidade, utilizadas terapeuticamente. Conta-se que a descoberta dos princípios terapêuticos da eletricidade, que mais recentemente deu origem a eletroterapia, vem da época em que os homens viviam em cavernas, e um deles, com dores crônicas no calcanhar, ao banhar-se em um rio, encostou acidentalmente seu pé em uma enguia elétrica e obteve uma melhora dos sintomas.
A história da Fisioterapia acompanha a História Geral nos principais períodos: Antiguidade, Idade Média, Renascimento e período da Industrialização.
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Na Antiguidade, período compreendido entre 4.000 a.C. e 395 d.C. havia uma forte preocupação com as pessoas que apresentavam as chamadas “diferenças incômodas". A princípio o uso da ginástica era empregado somente com fins terapêuticos, ou seja, eram utilizados no tratamento de disfunções orgânicas já instaladas. Além do uso da eletroterapia através de peixes elétricos, a ginástica também era usada para combater as doenças denominadas na época de “diferenças incômodas”. Para tal, essa terapia que envolvia o movimento corporal ficava exclusivamente nas mãos dos sacerdotes e somente era empregada depois de estudada, racionalizada e planejada.
Pode-se afirmar que, na antiguidade, havia ausência de estudos ou aplicações e o trabalho era dirigido diretamente para o tratamento de doenças visíveis ou incômodas.
Chaves (1980) propôs níveis de aplicação a saúde. O nível 1 correspondia a promoção da saúde, ao 2 proteção específica, 3 o diagnóstico e o tratamento pronto, ao 4 a limitação do dano e ao 5 a reabilitação. As ações contidas nos níveis 1 e 2 eram voltadas para ‘’medicina preventiva’’, já a 3, 4 e 5 para a ‘’medicina curativa’’. Mas os níveis 1 e 2 que se tratavam de uma medicina voltada para a prevenção parece não ter sido alvo interessante dos indivíduos que se dedicavam ao estudo que atendessem a saúde da população.
Na idade média (período aproximadamente compreendido entre os séculos IV e XV), foi onde ocorreu uma interrupção no avanço dos estudos e da atuação na área da Saúde. O corpo humano passou a ser considerado algo inferior, em decorrência da influência religiosa da época. Assim, o exercício estava inibido em sua forma anterior de aplicação, a curativa. Passou-se, então a usá-lo para outros fins: a nobreza e o clero tinham objetivo de aumentar a potência física para deixar os exércitos mais fortes, aumentado assim as conquistas territoriais. Enquanto, para burgueses e lavradores os exercícios serviam cada vez mais, como diversão e lazer. A doença, antes tratada com ginásticas e agentes físico passou a ser considerada doença do espírito, algo para ser exorcizado.
No Renascimento (período compreendido entre os séculos XV e XVI), volta a aparecer alguma preocupação com o corpo. Os estudos, abandonados na Idade Média, foram retomados e a preocupação com o corpo saudável também. Mercurialis apresentou princípios para uma ginástica médica que compreendia regularidade nos exercícios para conservar um estado saudável já existente, exercícios para indivíduos enfermos, sedentários e para convalescentes. Através desses princípios nota-se uma preocupação com o tratamento e os cuidados com o organismo lesado e também com a manutenção das condições normais já existentes em organismos sãos, mantendo ou retomando sua beleza.
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