GEOESPHEOLOGY D.A. GRUTA PINHIRINHO I, KAMPO LARGO-PR
Artigo: GEOESPHEOLOGY D.A. GRUTA PINHIRINHO I, KAMPO LARGO-PR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ramon_Zapata • 21/1/2015 • Artigo • 425 Palavras (2 Páginas) • 385 Visualizações
GEOESPELOLOGIA DA GRUTA PINHEIRINHO I, CAMPO LARGO-PR
O Estado do Paraná possui cerca de 302 cavidades registradas na base de dados do Cadastro Nacional de Cavernas do Brasil (CBC), desta relação são poucas as cavidades que apresentam pesquisas voltadas a geoespeleologia. Sobretudo no primeiro planalto paranaense, em que esta situada a maioria das cavidades registradas no Estado. Com base nessas informações, o GEEP-Açungui propôs realizar estudos e levantamentos de campo para obter dados que possam gerar hipóteses sobre a espeleogênese das maiores cavidades formadas em rochas carbonáticas pré-cambrianas do Estado do Paraná. O presente trabalho traz informações acerca do levantamento geoespeleológico realizado na gruta Pinheirinho I (PR_23), situada no município de Campo Largo (PR) e inserida em rochas carbonáticas da Província Espeleológica do Vale do Ribeira (Grupo Açungui). O levantamento de campo possibilitou a descrição da formação geológica e análise estrutural por meio de medidas de acamamento, falhas, fraturas e de um dique de diabásio aflorante no interior da cavidade. A formação rochosa é composta por camadas centimétricas de material argilo-siltoso intercalada com níveis de carbonato. As descontinuidades observadas e o dique apresentam trends para NW-SE, já o acamamento possui direção NE-SW com mergulho subvertical. Na gruta também foram observadas vênulas de carbonato preenchendo sistemas de fraturas abertas, sendo aqui denominadas de “stockworks”. Além das feições estruturais, ao longo da caverna foram observados níveis métricos de sedimentação recente, compostos por argila-arenosa e horizontes centimétricos constituídos por cascalhos de diversas granulometrias. Por fim foram analisados e mapeados os diversos espeleotemas presentes na gruta, como por exemplo, estalactites, estalagmites, helemites, cortinas, canudos, travertinos e pérolas. A caverna apresenta um desenvolvimento linear com pouca diferença de desnível até o primeiro sifão, após esse local, a cavidade se desenvolve em cota superior a galeria de entrada. Por meio dos dados obtidos na primeira etapa de campo, conclui-se que a gênese da caverna tem relação direta com a vergência das camadas do conjunto rochoso, associada à dissolução das rochas carbonáticas e rebaixamento do nível freático. O alto ângulo de mergulho das camadas rochosas possibilitou a ocorrência de tombamentos de blocos resultantes do alívio de tensões atuantes no sistema cárstico. Os depósitos argilo-arenosos são resultantes da baixa velocidade de percolação da água nas fraturas da rocha, propiciando, assim, a deposição de argila e areia fina em determinados salões da gruta. Os espeleotemas presentes não são recorrentes em toda extensão da cavidade, porém estão associados às poucas descontinuidades abertas existentes no sistema cárstico, que possibilitam conexão da água da chuva que percola do solo para a cavidade.
PALAVRAS-CHAVE: GEOESPELEOLOGIA, GRUTA PINHEIRINHO I, PARANÁ.
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